quinta-feira, 3 de março de 2011

Portaria constitui comissão organizadora da 2ª Conferência de Juventude

Qui, 24/02/11 14h08
Número de representantes responsáveis pelo desenvolvimento da infra-estrutura para a realização do evento é o dobro da 1ª Conferência.
Conselho Nacional de Juventude(Conjuve) comemorou nesta quarta-feira (23) a publicação da Portaria nº 27 da Secretaria-Geral da Presidência da República. O documento constitui a comissão organizadora da 2ª Conferência Nacional de Juventude o que, na prática, é o primeiro passo para a realização do maior evento de participação democrática da juventude brasileira.

São atribuições da comissão deliberar, organizar, implementar e desenvolver todas as atividades da Conferência. Entre as tarefas estão aprovar o texto-base para os debates e definir a metodologia e sistematização que deve orientar todo o processo, além de cuidar de toda a sistematização das propostas, organizar a infra-estrutura do encontro e produzir todos os relatórios de avaliação e balanço.

A Comissão será presidida pela Secretaria Nacional de Juventude e terá 33 membros, sendo 18 representantes do Poder Público e 15 representantes da sociedade civil – mais que o dobro de representantes na comissão organizadora da 1ª Conferência –, indicados pelo Conjuve. Na Internet, Gabriel Medina, presidente do Conjuve, agradeceu ao ministro Gilberto Carvalho. Ele destacou o empenho e protagonismo do Conjuve  na construção desse processo e reafirmou a disposição de todo o grupo para que essa seja uma Conferência ainda mais ampla e participativa que a primeira, realizada em 2008.

Leia a Portaria na íntegra:

Portaria parte I

Portaria parte II
Por Ana Cristina Santos, do Conjuve.


As perspectivas do Conjuve para 2011

Sex, 18/02/11 10h11
Gabriel Medina, presidente do Conselho, aponta as principais demandas da juventude e dá detalhes da 2ª Conferência Nacional.

A juventude terá mais espaço para se manifestar e protagonizar as ações de governo em 2011. Essa é a expectativa doConselho Nacional de Juventude(Conjuve) e de seu presidente, Gabriel Medina. Em entrevista à TV PT, Medina elencou os grandes problemas que influenciam a vida dos jovens brasileiros e ressaltou que a principal agenda deste ano é a realização da 2ª Conferência Nacional de Juventude.

Sobre o encontro, Medina deu detalhes do calendário que está sendo discutido com o governo. A intenção é promover as Conferências Municipais entre maio e junho, seguidas das Estaduais, em agosto e setembro.  Já o evento nacional deverá ser realizado em novembro. De acordo com Medina, “além de apontar as prioridades da juventude ao governo Dilma, queremos inovar nas formas de participação, desde a internet até as conferências territoriais. O principal intuito é fazer da Conferência um grande impulso para a juventude se mobilizar e participar da administração pública”.

O presidente do Conjuve falou ainda da relação entre o órgão e o governo federal, afirmando que as demandas da juventude não podem ficar restritas a ações pontuais nas secretarias relacionadas ao setor. “A pauta da juventude precisa ser absorvida pelos outros ministérios para que ela seja um setor estratégico no governo Dilma”, disse.

Das questões que devem ser tratadas com urgência, Medina destacou a ampliação do acesso e a implantação de melhorias no ensino público. “A escola deveria ser mais conectada com o cotidiano do jovem, pois hoje ela está muito defasada no sentido de gerar uma perspectiva de trajetória de vida. É necessário lembrar também que apenas 14% dos jovens na América Latina estão na universidade”. Outro ponto a ser explorado pelo Conjuve neste ano é a entrada no mercado de trabalho. Segundo Medina, o processo se dá de forma muito precária por conta dos baixos salários e da alta rotatividade, além de ser geralmente informal.

A violência contra o jovem é mais uma demanda que deverá merecer atenção. Na opinião de Medina, é preciso concentrar esforços para reduzir os índices de homicídios, principalmente os causados por armas de fogo. Esse problema, segundo ele, tem relação direta com as drogas. “Na minha opinião, o enfrentamento à violência não deve criminalizar o usuário, mas que atinja o traficante, aquele que usa a juventude para movimentar seu negócio”.