quinta-feira, 31 de março de 2011

UMES, UBES e UNE apoiando a causa LGBT



Em carta feita pelo Diretor LGBT da UNE, Denilson Junior, e Alessandro Melchior do CONJUVE a UBES e a UNE se mostram a favor das principais lutas LGBT's.




A União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (UBES) e a União Nacional dos Estudantes (UNE) têm, entre suas diretrizes de atuação, a missão de contribuir para a construção de uma educação pública e de qualidade. Nesse sentido, a UBES e a UNE sempre defenderam que uma educação pública de qualidade, é aquela que, entre outras características, respeita e valoriza a diversidade.

segunda-feira, 28 de março de 2011

Maringá ganhará Livraria do Povo



O vereador Manoel Sobrinho (PCdoB) é autor do projeto de lei
ordinária número 11.750/2010, que altera a redação da lei número 6.519/2004, que autoriza a criação da Livraria do Povo, com o objetivo de fornecer material escolar, livros didáticos e jogos educativos, a preço de custo, à população de baixa renda.


A aquisição de material ofertado na livraria dependerá da comprovação da renda exigida, a família deverá ter renda igual ou inferior a três salários mínimos, e da matrícula do estudante interessado em estabelecimento da rede municipal de ensino.

O preço de custo incluirá as despesas administrativas e financeiras geradas em razão da manutenção da livraria, de forma a isentar a administração municipal de quaisquer ônus.

A lei deverá entrar em vigor em 90 dias depois de regulamentada pelo prefeito. 

sexta-feira, 25 de março de 2011

Estudante Secundarista das escolas de Maringá, já ouviram falar da UBES?

História
A União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (UBES) representa os alunos dos Ensinos Fundamental, Médio, Técnico, Profissionalizante e Pré-Vestibular de Brasil. Reúne em torno de si todos os grêmios das escolas públicas e particulares, além das entidades estaduais e municipais secundaristas. Desde 1948, a UBES defende a juventude, a educação e uma nação livre e soberana, ao lado dos principais movimentos sociais. Os estudantes secundaristas participaram de diversos momentos da história do país, como na época da ditadura militar, no governo Collor com os cara pintadas, durante o governo FHC contra o neoliberalismo no Brasil e na América Latina. Qualquer estudante pode fazer parte desta história e se unir à UBES. Basta procurar o movimento estudantil na sua escola.





 RESUMO HISTÓRICO

Poesia do dia...


Elegia 1938 (Poema da obra Sentimento do mundo), de Carlos Drummond de Andrade


Trabalhas sem alegria para um mundo caduco, 
onde as formas e as ações no encerram nenhum exemplo.
Praticas laboriosamente os gestos universais, 
sentes calor e frio, falta de dinheiro, fome e desejo sexual. 

Heróis enchem os parques da cidade em que te arrastas,
e preconizam a virtude, a renúncia, o sangue-frio, a concepção. 
À noite, se neblina, abrem guarda-chuvas de bronze 
ou se recolhem aos volumes de sinistras bibliotecas. 

Amas a noite pelo poder de aniquilamento que encerra 
e sabes que, dormindo, os problemas de dispensam de morrer. 
Mas o terrível despertar prova a existência da Grande Máquina 
e te repõe, pequenino, em face de indecifráveis palmeiras. 

Caminhas entre mortos e com eles conversas 
sobre coisas do tempo futuro e negócios do espírito. 
A literatura estragou tuas melhores horas de amor. 
Ao telefone perdeste muito, muitíssimo tempo de semear. 

Coração orgulhoso, tens pressa de confessar tua derrota
e adiar para outro século a felicidade coletiva. 
Aceitas a chuva, a guerra, o desemprego e a injusta distribuição 
porque não podes, sozinho, dinamitar a ilha de Manhattan. 

UNE pelo Brasil

Tem que ser 10...

UEM nos UNE - Por que a educação tem que ser 10?

Hoje, dia 25 de Março de 2011, alguns estudantes da UEM panfletaram a respeito das reivindicações da União Nacional dos Estudantes quanto a decisão da presidente de vetar os 50% do fundo do pré-sal que seriam destinados a educação.
A fim de reverter esse situação e exigir também que 10% do PIB seja destinado a educação, estudantes do País inteiro se movimentam a fim de conscientizar os estudantes a respeito dessa causa que nos UNE.

Veja na íntegra o material que está sendo distribuído pelos estudantes na Universidade Estadual de Maringá.


Movimento UEM nos UNE

Na busca por transformar o sonho em realidade visando uma UEM para todos.

quarta-feira, 23 de março de 2011

Na véspera de completar seus 89 anos, o PCdoB vai ocupar cadeia de rádio e TV em todo o país. Será nesta quinta-feira, dia 24, em um programa em que os milhões de brasileiros verão o vermelho dos comunistas se misturar com o verde e amarelo da bandeira nacional. O programa será veiculado às 20h30 na TV e às 20 horas no rádio. Nos dias seguintes, até 2 de abril, irão ao ar as inserções de 30 segundos.


terça-feira, 22 de março de 2011

UNE convoca "guerrilha virtual" em defesa dos 10% do PIB para a Educação

A União Nacional dos Estudantes (UNE) organiza na próxima quinta-feira (24) uma “campanha virtual” em defesa do investimento de 10% do PIB para o financiamento da educação

Com a chamada #EducacaoTemQueSer10 a União Nacional dos Estudantes (UNE) convoca para essa semana série de manifestações em todo o Brasil que irão ocorrer entre os dias 21 e 25 de março. A tradicional jornada nacional de lutas da entidade, que acontece anualmente, desta vez traz na pauta de reivindicação a defesa incondicional dos 10% do PIB e 50% do fundo social do Pré-sal para a educação. Em cada estado haverá a incorporação de pautas regionais aos protestos, como a melhoria do transporte público local e maiores investimentos em educação nos estados.

Com objetivo de chamar a atenção da sociedade sobre a importância de mais investimentos para a educação, estudantes convocam uma “guerrilha virtual”. As principais armas dos estudantes serão as redes sociais, a exemplo do twitter, orkut, facebook e tantas outras hoje disponíveis na web.

A idéia é que toda juventude brasileira envie mensagens para as caixas de correio e “perfis” dos parlamentares defendendo 10% do PIB e 50% do fundo social do Pré-sal sejam investidos na educação.

Para o presidente da UNE, Augusto Chagas, o Brasil vive momento único de oportunidades em diversas áreas e precisa se convencer de que é “necessário e urgente priorizar a educação em todas as suas etapas”. Chagas convoca: “Por isso, vamos às ruas nessa jornada para tornar público o debate deste Plano Nacional de Educação que é tão decisivo. Precisamos, ainda, criar um ambiente de mobilização na web que contamine diversos setores da sociedade para a nossa luta”.

#EducacaoTemQueSer10
Para participar basta publicar mensagens de apoio a campanha seguidas da tag #EducacaoTemQueSer10. As mensagens podem ser enviadas a veículos de imprensa, parlamentares e diversos atores dos movimentos sociais, fazendo com que cada um deles receba diversas ao longo do dia. É muito importante que, além de retwitar, postar a mensagem novamente, dando o volume necessário de citações.
Da Redação

Debate na USP abre jornada nacional de lutas 2011

Série de manifestaçãoes terá continuidade durante toda a semana com passeatas em São Paulo, Rio, Brasília e diversas cidades
Aconteceu na tarde desta segunda-feira (21), no tradicional pátio do Largo São Francisco, Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo (USP), a abertura oficial da Jornada Nacional de Lutas de 2011 da UNE, UBES e ANPG. Jovens de todo país, como acontece já há vários anos no mês de março, foram convocados a sair às ruas, em atos e manifestações, chamando a atenção da sociedade e do governo sobre as reivindicações do movimento estudantil para os próximos anos.
A luta pelos investimentos na área da educação e as metas do Plano Nacional de Educação (PNE), 10% do PIB e 50% do fundo do pré-sal para a Educação, deram o tom do debate que contou com a presença do presidente da entidade, Augusto Chagas; o diretor da União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (UBES), Rarikan Heven; o presidente da União Estadual dos Estudantes de São Paulo (UEE-SP), Carlos Siqueira; e a representante do Centro Acadêmico XI de Agosto, Maia Aguilera.
Chagas explicou aos estudantes presentes que, nesta edição da Jornada de Lutas, o PNE irá centralizar os debates, especialmente no que se refere ao financiamento. Com o slogan "Por um PNE que esteja a serviço do Brasil", a mobilização estudantil "vai exigir que 10% do PIB nacional sejam investidos em Educação, assim como 50% do Fundo Social do Pré-sal", afirmou o presidente da UNE.
"O Brasil todo já está mobilizado. Vamos mostrar a ampla capilaridade do movimento estudantil pelo país, que está disposto a lutar pela transformação da Educação", complementou Carlos, da UEE. Ele também mencionou a importância de ampliar essa divulgação e envolver mais estudantes nesta batalha.
PNE: a luta das entidades pela educação de qualidade para todos

UNE, UBES e ANPG convocam jornada nacional de lutas de 21 a 25 de março

Com objetivo de chamar a atenção da sociedade sobre a importância de mais investimentos para a educação, estudantes organizarão intervenções em todo o país. Uma grande marcha dia 24 (quinta) em Brasília levará 10 mil ao planalto central. UNE, UBES e ANPG querem audiência com a presidente Dilma para entregar pauta de reivindicações .






Identidade comunista, caráter revolucionário, socialismo

Ao completar, em 25 de março de 2011, seu octogésimo nono aniversário, o Partido Comunista do Brasil desencadeia os preparativos para celebrar os 90 anos de sua fundação e de atuação ininterrupta na história do país. O Comitê Central, reunido nos últimos dias 19 e 20 aprovou o documento: Rumo aos 90 anos: História que alimenta os combates do presente. Acompanhe a íntegra.


Filho das lutas dos trabalhadores nasceu empunhando a bandeira do socialismo a qual soube irmanar com as jornadas pelos direitos do povo e pelo desenvolvimento soberano e democrático do Brasil. Este conteúdo de sua trajetória é o que explica sua longevidade e seu contínuo rejuvenescimento. É o que o faz um partido jovem sendo o mais antigo.

sexta-feira, 18 de março de 2011

Cynara Menezes: Quem tem medo da verdade?

Nunca antes na história viram-se jornais tão zelosos do sagrado direito do cidadão de se informar. Mas quem agora, dentre estes baluartes da democracia, será capaz de se posicionar ao lado da presidenta Dilma Rousseff em favor da instalação da Comissão da Verdade, que pretende apurar os crimes cometidos durante a ditadura? Ou isto não é direito à informação?

Autoridades japonesas confirmam aumento de temperatura em usina

As autoridades do Japão confirmaram nesta sexta-feira (18/03) à Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) que houve aumento da temperatura nos tanques de combustível na Usina de Fukushima Daiichi. Segundo os peritos, a elevação de temperatura foi registrada nas unidades 5 e 6. A elevação de temperatura gera ameaças de radiação para toda a região em torno da usina, segundo especialistas.

Deputados convocam ato para lançar Frente de Regulação da Mídia

Deputados e representantes de movimentos sociais engajados na criação da Frente Parlamentar pela Liberdade de Expressão e pelo Direito à Informação querem transformar o lançamento da iniciativa num ato de grande dimensão política. O lançamento está previsto para o próximo dia 19 de abril, no auditório Nereu Ramos, da Câmara Federal.

Caio Toledo: A Comuna de Paris, uma fulguração na história - comemoração ao 18 de Março

Transcorre neste 18 de março o 140° aniversário do triunfo da insurreição que deu início em Paris à primeira revolução operária da história mundial. A Comuna de Paris durou 72 dias. Saudando os comunardos, Marx disse que ousaram "tomar o céu de assalto". O Portal Vermelho homenageia o heróico episódio revolucionário com artigo do historiador marxista Caio Navarro deToledo*

quinta-feira, 17 de março de 2011

Posse dos Conselheiros Tutelares eleitos em Maringá

No dia 16 de Março de 2011 aconteceu a posse dos Conselheiros Tutelares eleitos, entre eles, Carlos Bonfim, candidato de número 29 ao qual recebeu apoio da UJS entre outros.

segunda-feira, 14 de março de 2011

Carta ao Prefeito de Maringá escrita pelo movimento em defesa do transporte público de qualidade para todos ao qual a UJS/PCdoB participa.

FÓRUM MARINGAENSE PELO DIREITO ÀS CIDADES
MOVIMENTO EM DEFESA DO TRANSPORTE PÚBLICO DE QUALIDADE PARA TODOS.


CARTA AO PREFEITO DE MARINGÁ

Movimento Reivindica Cancelamento do Edital de Concessão do Transporte Coletivo de Maringá e Convocação imediata de Audiência Pública

O Plano Diretor de Maringá incorporou diretrizes do Estatuto da Cidade que garantem o cumprimento da sua função social por meio de uma gestão democrática participativa. Com base nessas garantias asseguradas pela lei, o MOVIMENTO EM DEFESA DO TRANSPORTE PÚBLICO DE QUALIDADE PARA TODOS solicita ao prefeito municipal, Sr. Silvio Barros II, que cancele o edital de licitação de concessão do Serviço Público de Transporte Coletivo de Passageiros do Município de Maringá.


Devolução, pela prefeitura de Maringá, dos envelopes as empresas que se candidataram para disputar o edital de licitação do transporte público de Maringá.


Estava marcada para hoje a abertura dos envelopes das empresas que concorriam o edital de licitação para o transporte público de Maringá, edital esse que favorecia a atual empresa de transporte público desta cidade, TCCC.


sábado, 12 de março de 2011

Processo de licitação para o transporte público de Maringá é suspenso.

O Juiz da 3º vara acatou a ação pública, (confira neste link a ação pública encaminhada contra a licitação do transporte público: http://ujsmaringa.blogspot.com/2011/03/confira-acao-publica-movida-contra-tccc.html ) e o mesmo concedeu, liminarmente, suspensão do processo de licitação do transporte coletivo de Maringá, cujas propostas seriam abertas na segunda - feira pela prefeitura.

sexta-feira, 11 de março de 2011

UEM unindo estudantes na luta por uma educação pública de qualidade, que garanta a permanência do estudante carente e que seja realmente democrática...

Eis que surge a novidade:


Pensando uma UEM para todos que nós, juntamente com outras forças de juventude e independentes, resolvemos criar o movimento UEM nos UNE Esse movimento tem o intuito de unir os estudantes da UEM nas reivindicações por uma universidade que seja realmente pública, de qualidade, com acesso democrático e que garanta a permanência do estudante carente e acreditamos que somente juntos conseguiremos transformar esse sonho em realidade.

Portanto, a atividade de lançamento do movimento será na jornada de lutas, que está marcada para os dias 21 à 25 deste mês e que terá o intuito de informar os estudantes a respeito da importância de participação integral dos mesmos nas reivindicações por 50% do fundo do pré-sal e de 10% do PIB para a educação.



Confira o documento da AÇÃO PÚBLICA movida por militante da UJS contra a licitação que favorece o monopólio do transporte público a TCCC

EXMO. SR. DR. JUIZ DE DIREITO

DA ___ VARA CÍVEL DA COMARCA DE MARINGÁ-PR.


Assistência Judiciária Gratuita

Supõe-se que Deus escreve direito por linhas tortas, mas não os homens, que quando o fazem é porque têm torcidas também as intenções. Yadira Calvo, in “las lineas torcidas del Derecho”.

FXXXXXXXX XXXX XXXXA, brasileira, solteira, maior, vendedora, portadora do Título de Eleitor n.º 094005170663, da 137.ª Zona Eleitoral de Maringá-PR., da Cédula de Identidade Civil, RG. n.º 10.874.989-0/SSP-PR, inscrita no CPF/MF sob n.º 073.563.229-43, residente e domiciliada na cidade de Maringá-PR, na Rua Visconde de Mauá, n.º 56, Jardim Alvorada, CEP n.º 87.035-030, através de seus procuradores judiciais, que esta subscrevem, advogados regularmente inscritos na OAB/PR, com escritório profissional localizado na Avenida DR., Gastão Vidigal, n.º 716, Aeroporto, em Maringá-PR., CEP 87.050-440, onde recebem notificações e intimações, vem à presença de Vossa Excelência, com o habitual respeito e fundamentado na Lei n.º 4.717/1965, propor:

Panfletagem para divulgação do ATO PÚBLICO pela imediata libertação de CESARE BATTISTI


Data: 12/03/11 (Sábado)
Horário: às 09:00hs 
Local: Praça Raposo Tavares


Ato Público: dia 17 de Março, quinta - feira, 19:30 horas, Bloco G90, Universidade Estadual de Maringá.




Contamos com sua presença...

quinta-feira, 10 de março de 2011

Evolução


Publicado no site do vermelho

Emancipação dos trabalhadores depende de conquistas femininas

Uma das indicações tiradas do seminário realizado pelo PCdoB e a Fundação Maurício Grabois dias 19 e 20 foi a reafirmação de que mudanças estruturais na vida dos trabalhadores estão intimamente ligadas às vitórias femininas na busca por seus direitos. “Enquanto houver mulheres tratadas como na época das cavernas, não será possível atingir a emancipação do proletariado”, disse Nereide Saviani, da direção da FMG. 








Responsável pela abertura do evento, o presidente do PCdoB, Renato Rabelo, postou em seu blog um relato sobre os debates. Segundo Rabelo, “Lula escolheu uma mulher, Dilma (Rousseff), que tem plenas condições de cumprir esta tarefa, pelo papel que esta mulher jogou e joga no governo e pela trajetória de luta democrática pela liberdade e pela democracia. Sua escolha foi muito justa”. E concluiu: “Queremos ter muitas mulheres no centro do poder do Brasil!”. Acompanhe a seguir o relato do dirigente. 

Deputados do PCdoB querem votar licença maternidade de 180 dias

Na semana que antecede a comemoração do Dia Internacional da Mulher, festejado em 8 de março, os deputados comunistas Assis Melo (RS) e Jandira Feghali destacaram a necessidade de colocar em votação em plenário da Proposta de Emenda à Constituição que aumenta para 180 a licença maternidade. Eles enviaram solicitação à presidência da Câmara solicitando a votação da matéria, que é alvo de campanha do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC paulista.


Em nota, PCdoB defende mais mulheres nos postos de poder

Neste 8 de março, Dia Internacional das Mulheres, o Partido Comunista do Brasil (PCdoB) lança nota em que defende a superação da subestimação da presença das mulheres em postos de poder. O partido aidna afirma estar junto às mulheres pela valorização do trabalho e pela real implentação da Leia Maria da Penha. Proporcionalmente o partido tem hoje a maior bancada feminina na Câmara dos Deputados.

Leia abaixo a íntegra da nota:


Mensagem do PCdoB sobre o 8 de Março – Dia Internacional da Mulher

O PCdoB, neste 8 de março, saúda as mulheres brasileiras ao mesmo tempo que se soma as comemorações desta data, que tem sido uma marca na luta das mulheres, do Brasil e do mundo inteiro, por sua emancipação.

Este é um momento significativo e emblemático para as mulheres brasileiras, quando o país, pela primeira vez na história, é presidido por uma mulher - a presidenta Dilma Rousseff . Elegemos a presidenta Dilma, que no poder, assume o compromisso de combate à pobreza e exorta as mulheres a assumirem seus destinos. A eleição de Dilma, mais que uma sinalização, ou resultado de nossa luta, pode representar a possibilidade concreta de avanços significativos nas políticas públicas de atenção às mulheres brasileiras.

A eleição de Dilma foi a vitória de um projeto político das forças políticas democráticas que depositaram suas esperanças na capacidade de uma mulher fazer avançar as transformações iniciadas no governo do ex-presidente Lula e, que também, aponta para a superação de preconceitos e discriminações. Um passado de lutas que culminou com a eleição de uma mulher de trajetória democrática para a Presidência da República, nos engrandece, mas não nos basta.

O PCdoB acredita que o protagonismo das mulheres contribuirá para o avanço das reformas democráticas, tão necessárias para impulsionar o projeto nacional de desenvolvimento que o país almeja.

O PCdoB acredita que há uma dialética a ser vivida e não mais apenas professada. Superar a subestimação da presença das mulheres em postos de poder, como condição para a construção de uma sociedade mais democrática, criando condições para que a mulher se realize enquanto sujeito emancipado.

O PCdoB estará junto às mulheres que vão às ruas pela valorização do trabalho, por creches, pela real implementação da Lei Maria da Penha, em defesa do SUS, em defesa do aborto como questão de saúde pública e da sua legalização, perseguindo sempre a efetivação das políticas sociais. As mulheres querem mais que atenção, mais que mobilidade social, querem, também, decidir e avançar acumulando forças para a conquista da sociedade socialista.

O PCdoB reconhece que a injusta discriminação das mulheres precisa ser superada e questiona a ordem estabelecida pela regência do capitalismo, do patriarcado e do autoritarismo. Por isso valoriza o processo democrático como fundamental à caminhada emancipadora das mulheres.

Viva o Dia Internacional da Mulher!
Viva a Luta das Mulheres!
São Paulo, março de 2011

Partido Comunista do Brasil - PCdoB

Renato Rabelo: desafios da comunicação e organização do PCdoB

Em entrevista ao Portal da Organização, o presidente do PCdoB, Renato Rabelo, destaca que o grande desafio é ter um partido com vida permanente e organizado. Segundo o presidente, isso é muito importante por que nenhum partido no país tem essas duas características. As novas ferramentas de comunicação na internet podem dar uma grande contribuição neste sentido. “Então um portal é um instrumento novo em que você utiliza um potente meio de comunicação que pode nos ajudar muito”, destaca Renato


Elza Campos (UBM): A participação política da mulher

Publicado originalmente no jornal "Gazeta do Povo" nesta quarta-feira (9), o artigo abaixo é da coordenadora nacional da União Brasileira de Mulheres (UBM), Elza Campos, que discorre sobre a participação política das mulheres no Brasil. 

A luta das mulheres brasileiras revela longa trajetória de resistência marcada por grandes batalhas na história de nosso país, assinalando com traços profundos o movimento da classe trabalhadora no geral e o movimento das mulheres e do feminismo no particular. Essa brava luta denota ainda a busca da ampliação da participação política para o cumprimento da cota de 30% de mulheres nas listas dos partidos políticos para eleições no Brasil.


Por Elza Maria Campos* 



A participação política é uma das bandeiras centrais do movimento feminista e de mulheres. A experiência brasileira, cujos primórdios registram a intensa mobilização das “sufragistas”, comprova que toda conquista das mulheres teve como pano de fundo a subversão de valores, como, por exemplo, a conquista do voto feminino em 1932 que confrontou a oligarquia rural e sua estrutura de poder. Há 78 anos, apenas, passamos a ser detentoras da cidadania com a conquista do direito ao voto.



Registram-se os 103 anos de nascimento de Simone de Beauvoir, ícone do feminismo, que introduz uma nova forma de pensar e agir em todo o mundo. Ela, aliás, herdeira de uma tradição de engajamento feminino que vinha desde os tempos da Revolução Francesa, quando mulheres como Olympe de Gouges redigiram a Déclaration des droits de la femme et de la citoyenne, de 1791. Esse histórico documento foi o primeiro a reclamar abertamente os direitos iguais para homens e mulheres. Olympe de Gouges foi guilhotinada por defender os direitos de cidadania da mulher.



Na década de 80, ganha visibilidade as lutas das mulheres, construindo articulações e organizações próprias, com uma ampla agenda política voltada para a superação das discriminações e desigualdades, para a afirmação da identidade da mulher, conseguindo garantir na Constituição de 1988 o estatuto da igualdade na lei. A mulher torna-se sujeito político.



O momento conjuntural, com o ineditismo instigante da presença de uma mulher pela primeira vez no principal posto de nossa República, recupera a história e as questões mais de fundo da luta pela igualdade de direitos. A conquista impregna de mais esperança as mulheres brasileiras, discriminadas na política, no trabalho, e que sofrem diariamente a violência doméstica.



Podemos dizer que Dilma representa a reafirmação das conquistas das mulheres no século 20, no qual, sob nossa ótica, deu-se o nascimento social da mulher. Anteriormente não fazíamos parte da história oficial, pois o nosso espaço era apenas o privado.



Mesmo considerando essa grande vitória, ainda as mulheres ocupam menos de 15% dos cargos, um índice comparável ao do Haiti, Ilhas Cayman, Jamaica, Porto Rico, República Dominicana e Venezuela, que são os países mais desiguais em termos de participação política no aparelho de estado no que se refere a gênero.



No Brasil, essa pouca presença feminina no Poder Executivo piora no Parlamento, com uma pequena presença de mulheres: as mulheres representam 45 entre 513 deputados e 22 em um Senado com 81 membros. Ainda, na política regional brasileira se repete o panorama nacional e, entre os 27 governadores, há somente duas mulheres.



A reforma política é uma necessidade, entendendo que a participação da mulher deve se dar no parlamento, nos governos executivos e Poder Judiciário, nos conselhos e conferências de políticas públicas e também no movimento social em suas diversas vertentes. Essa reforma política, contudo, deve assumir caráter de ampliação da democracia e garantia de expressão da pluralidade de ideias presentes na sociedade brasileira, ao invés de inserir mecanismos restritivos e mantenedores da influência do poder econômico sobre processos eleitorais.



A mulher contribui significativamente para a produção da riqueza nacional e demais esferas da atividade social, mas está sub-representada nas instâncias que decidem os destinos dessa riqueza.



Pensar a participação das mulheres apenas considerando os espaços de poder, tal qual existem hoje, restringe o alcance da mudança que desejamos. Trata-se de democratizar o Estado.



Realizar uma reforma política democrática ampla exige muito mais do que algumas mudanças no sistema partidário-eleitoral no país. O nosso sistema político, desde as emendas parlamentares ao orçamento até a forma de definição dos dirigentes de altos cargos públicos, é profundamente permeado por mecanismos clientelistas.



Almejamos romper com as desigualdades e as discriminações vivenciadas pelas mulheres.



*Elza Maria Campos é assistente social, professora do curso de Serviço Social da Unibrasil e Coordenadora da União Brasileira de Mulheres.


8 de Março: estamos vencendo

Luciano Siqueira *


É sempre assim: datas que marcam a persistência e a renovação de uma bandeira de luta dão enseja a manifestações de todo tipo, sobretudo de protesto. Na última terça-feira, no Brasil (em pleno carnaval) e no mundo inteiro celebrou-se o Dia Internacional da Mulher com punhos cerrados, bandeiras erguidas e vozes altivas. Vivemos ainda num mundo de desigualdades em que a opressão de gênero assume múltiplas faces e continua fortemente entranhada nas relações humanas. Tem força cultural e ideológica milenar.

Mas é certo também que nas últimas décadas muitas conquistas têm sido alcançadas em favor da igualdade. Em fóruns internacionais, no âmbito institucional e na vida prática. Então é preciso alevantar o punho cerrado e na outra mão conduzir uma rosa vermelha que simbolize, a um só tempo, o protesto e a conquista, a revolta e a esperança. Uma rosa vermelha e um sorriso nos lábios: estamos vencendo.

Em nota do seu Comitê Central, o PCdoB assinala que a eleição da presidenta Dilma representa “a vitória de um projeto político das forças políticas democráticas que depositaram suas esperanças na capacidade de uma mulher fazer avançar as transformações iniciadas no governo do ex-presidente Lula e, que também, aponta para a superação de preconceitos e discriminações”. Acrescenta que o protagonismo das mulheres é fator decisivo para fazer vingar um Novo Projeto Nacional de Desenvolvimento e que é necessário “superar a subestimação da presença das mulheres em postos de poder, como condição para a construção de uma sociedade mais democrática, criando condições para que a mulher se realize enquanto sujeito emancipado”.

Corretíssimo! A opressão de gênero anda de braços dados com a exploração e a opressão de classe que no capitalismo assume contornos tão nítidos quanto a luz do dia. Uma não se superará historicamente sem a outra. Então, não há como separar, por exemplo, a luta por salários e direitos trabalhistas da questão de gênero, assim como a conquista do verdadeiro poder reclama mais e mais presença feminina em postos de destaque na esfera política. 


Nordeste: renda feminina cresce mais que a masculina em 2010

A renda das mulheres cresceu mais do que a dos homens em três regiões metropolitanas do Nordeste pesquisadas pelo Dieese (Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Sócio-Econômicos) em 2010. Em Fortaleza, Recife e Salvador, enquanto o rendimento feminino por hora avançou entre 1,8% e 12,7%, o masculino variou de -0,2% a 9,7%.

Nas outras regiões do país, a renda feminina também avançou, mas em São Paulo e em Porto Alegre o incremento foi menor do que o obtido pelos homens. Em Belo Horizonte e no Distrito Federal, a variação foi semelhante. 


A renda feminina foi puxada, principalmente, pelo comércio e pelos serviços domésticos — no Distrito Federal e no Recife, a indústria também se destacou. Para os homens, a construção civil esteve entre os setores com maior alta na remuneração. 



Vantagem feminina



Lúcia Garcia, supervisora da Pesquisa de Emprego e Desemprego do Dieese, afirma que a combinação aumento do salário mínimo com crescimento acelerado da economia em 2010 explica a vantagem feminina nas três capitais nordestinas. 



Garcia pondera que, no Nordeste, as mulheres estão concentradas em postos de trabalho que pagam o mínimo. Portanto, a variação no rendimento base — que teve aumento real de 6,02% no ano passado — é mais determinante para elas, já que os homens ocupam postos de trabalho mais variados e com remuneração mais alta. 



Rendimento médio

Em Fortaleza, o rendimento médio das mulheres, descontada a inflação, passou de R$ 3,91 por hora em 2009 para R$ 3,98 em 2010 (o dos homens foi de R$ 5,07 para R$ 5,06). Em Salvador, avançou de R$ 5,19 para R$ 5,54 (R$ 6,29 para R$ 6,50 no caso dos homens). 



E, em Recife, foi de R$ 3,70 para R$ 4,17 (R$ 4,52 para R$ 4,96 para os homens). Entre as sete regiões pesquisadas, o Distrito Federal é a que tem a maior remuneração por hora para mulheres: R$ 9,99 em 2010 (contra R$ 12,46 dos homens). 



O fato de os salários no Nordeste serem mais baixos acentua a importância da alta real do salário mínimo. 



O professor José Dari Krein, da Unicamp, diz que a política de valorização do salário mínimo beneficiou as categorias com menores rendimentos, o que beneficia as mulheres que recebem menos do que os homens e estão segmentadas em ocupações com menor rendimento. 



Krein destaca ainda que o comércio é um setor que emprega muitas mulheres. "No Nordeste o impacto do salário mínimo foi mais expressivo, dada a existência de menor remuneração média", diz. 



Igualdade distante



Apesar do avanço, as mulheres ganham, por hora, 79% do que ganham os homens em Fortaleza. O percentual é de 84% em Recife e de 85% em Salvador. Na média das sete regiões metropolitanas pesquisadas, o rendimento das mulheres corresponde a 76% da renda dos homens. 



Para Marcio Pochmann, presidente do Ipea, a melhora na renda das mulheres pode ser explicada, em parte, porque o emprego feminino passa por uma "transição". "Elas deixam de ocupar serviços domésticos e informais para vagas com mais proteção, como no setor industrial, onde a qualidade do emprego é maior." 



Construção civil

O professor Pedro Paulo Carbone, diretor-executivo do Ibmec Brasília, ressalta que, no Distrito Federal, a escassez de mão de obra masculina em alguns setores estimula a busca de trabalho feminino, e consequentemente, melhora o patamar de renda das mulheres. 



"Nos arredores de Brasília, por exemplo, a indústria da construção civil está em franca expansão. Como em alguns casos já não encontra trabalhadores, parte para a contratação de mulheres em algumas funções. Com isso, as oportunidades melhoram para a mão de obra feminina." 



Política públicas



Carbone afirma também que é necessário incrementar políticas públicas para diminuir a desigualdade salarial entre homens e mulheres. "A diferença nos salários de homens e mulheres é reflexo de um preconceito global, que atinge do baixo ao alto escalão de várias empresas em vários países. A exceção é a Suécia e países escandinavos", diz. 



Segundo Carbone, companhias de grande porte têm incluído, em seus indicadores de responsabilidade social, a contratação de mulheres para diminuir as diferenças salariais no mercado de trabalho. "Mas essa é uma ação que só deve trazer resultados a longo prazo."


Ministério do Esporte homenageia atletas brasileiras

Dia Internacional da Mulher, uma homenagem do Ministério do Esporte para quem merece toda a nossa torcida”. O Ministério do Esporte criou essa vinheta “para homenagear todas as atletas brasileiras, que contribuem para o enriquecimento da prática esportiva no país, não importa em qual modalidade”. 

Em depoimentos disponibilizados no site do Ministério, as atletas contam como vêm conquistando cada vez mais espaço no mundo esportivo. Nas Olimpíadas de Sydney, em 2000, participaram 94 atletas olímpicas e 11 paraolímpicas. Já em Pequim 2008, foram 133 olímpicas e 55 paraolímpicas. 


De acordo com Fabiana Murer, campeã mundial do salto com vara em 2010, as mulheres estão fortes e prontas para conquistar novos desafios. “O salto com vara era uma modalidade que não fazia parte das olimpíadas, não havia um recorde mundial para as mulheres porque os homens achavam que as mulheres não tinham condições físicas e psicológicas para enfrentar essa prova. Mas nós mostramos que somos capazes de fazer muitas coisas que os homens nem imaginam”, diz Fabiana. 



A ginasta Daniele Hypólito acrescenta: “a mulher desde cedo aprende a vencer na sociedade. E no esporte não é diferente: aos poucos, nós vamos ganhando o nosso espaço. Eu acho que esse é o nosso maior desafio.”



As palavras de Daniele recebe aprovação da atleta paraolímpica Ádria Rocha Santos: “O desafio é se superar e buscar resultados”, diz ela, destaca as conquistas da mulher em todas as modalidades do esporte. Também a ciclista Clemilda Fernandes exalta a força da mulher na área esportiva.



quarta-feira, 9 de março de 2011

Próxima Reunião da UJS Maringá



A União da Juventude Socialista convoca a todos a juventude da UJS/PCdoB para reunião:

Data: 13 de Março de 2011 (Próximo Domingo)
Local: Bloco 27 (podendo ocorrer alteração)
Horário: 16hs

"Confiram a Arte para a panfletagem contra a extradição de Cesare Battisti"

O espaço Marx (UEM) vêem a alguns dias discutido a situação de Cesare Battisti na presença de diversas forças de juventude, inclusive nós, da UJS/PCdoB, estivemos presentes na figura de algumas pessoas representando os interesses da juventude socialista de participar de tais discussões e construir coletivamente uma consciência a respeito desse debate.

Foi discutido com os presentes nas reuniões, que acontecem todas as quartas - feiras as 18hs no bloco H35, a realização de um Ato contra a extradição de Cesare Battisti.

Confiram os panfletos que estão sendo confeccionados para o Ato.





Deixe sua opinião a respeito da arte para possível panfletagem.


PARTICIPEM DAS ATIVIDADES REALIZADAS PELO ESPAÇO MARX - 

TODAS AS QUARTAS - FEIRAS AS 18HS NO BLOCO H35 NA UEM.


Assistam o vídeo a respeito do Movimento de Mulheres

O Vídeo apresenta uma entrevista com Elza Soares integrante do movimento de mulheres da UBM - União Brasileira de Mulheres. Muito bom, assistam.


O combate à violência contra a mulher através da conscientização


O que pode ser entendido como violência contra a mulher? 

Segundo a  Convenção de Belém do Pará (1994),  a também conhecida como violência de gênero “consiste em qualquer ação ou conduta, baseada no gênero, que cause morte, dano ou sofrimento físico, sexual ou psicológico à mulher, tanto no âmbito público como no privado”.

Não é necessário buscarmos em ambientes distantes do qual convivemos diariamente, na universidade, casos de agressão contra a mulher. Quem nunca ouviu a história de alguém próxima que já foi agredida pelo companheiro? 

Um caso aqui de Maringá que repercutiu nacionalmente foi o da estudante de Fisioterapia da Uningá, que, conforme noticiado pela mídia maringaense, teria sido agredida pelo ex-namorado, que também teria ameaçado com uma arma um colega de sala da aluna, alegando que os dois teriam um caso.

Nem sempre estas agressões são físicas; a violência contra a mulher têm vários tipos. A que sempre acompanha as outras formas de violência é a psicológica, que, muitas vezes, acompanha por mais tempo quem sofre a agressão do que as seqüelas deixadas por ela. E ela não precisa, necessariamente, apenas acompanhar essas outras formas de tipos de violência que podem sofrer a mulher. Dissimuladamente, a violência psicológica está presente nos comentários que visam a ridicularização feminina, no isolamento de amigos e familiares baseado em chantagens emocionais, entre outras situações comuns no nosso cotidiano.

A prevenção contra toda e qualquer tipo de violência contra a mulher, mesmo em sua forma mais dissimulada, é feita através da CONSCIENTIZAÇÃO. Ela somente pode ser realizada quando homens e mulheres discutem e buscam juntos a emancipação dos que são socialmente menos favorecidos, para que haja uma participação igual destes na sociedade, bem como a criação de  condições sociais para o estabelecimento de relações humanas reais entre homens e mulheres.

Por isso, nós da União da Juventude Socialista – UJS juntamente com o PCdoB realizaremos palestras e discussões que coloquem em pauta a situação feminina hoje, buscando essa conscientização entre a comunidade acadêmica, para que possamos cada vez mais combater qualquer tipo de violência contra a mulher.

Lais Soler, estudante de Secretariado Executivo Trilíngue.

Essas Mulheres...

Breve postagem sobre o Livro "Segundo Sexo" de Simone de Beauvoir.

Jean Paul Sartre e Simone de Beauvoir

Simone de Beauvoir


Segundo Simone de Beauvoir, todo ser humano do sexo feminino não é necessariamente mulher, cumpre-lhe participar dessa realidade misteriosa e ameaçada que é a feminilidade.

Escreve a autora em seu livro "O Segundo Sexo” que, se hoje não há mais feminilidade, é porque nunca houve. Significará isso que a palavra "mulher" não tenha nenhum conteúdo? 

Escreve a autora que é o que afirmam vigorosamente os partidários da filosofia das luzes, do racionalismo, do nominalismo: as mulheres, entre os seres humanos, seriam apenas os designados arbitrariamente pela palavra "mulher".

Segundo Beauvoir sua idéia é que todos, homens e mulheres, o que quer que sejamos, devemos ser considerados seres humanos pois, segundo a autora, a mulher aparece como o negativo, de modo que toda determinação lhe é imputada como limitação, sem reciprocidade.

Ainda escreve a autora que a mesma de agastou, por vezes, no curso de conversações abstratas, ouvir os homens dizerem-se: "Você pensa assim porque é uma mulher". Mas eu sabia que minha única defesa era responder: "penso-o porquê é verdadeiro", eliminando assim minha subjetividade, pois, se respondesse que o outro pensa assim por que é homem, entraria no debate de classes entre homens e mulheres, levando a contestar e os diferenciar por suas fisiologias.

Simone de Beauvoir cita alguns pensamentos de alguns autores importantes em nossa história ao qual nos mostra claramente que a opressão das mulheres é algo que não surge nesta sociedade em virtude de algum acontecimento, mas que estes autores consideram as mulheres como sofrendo de alguma deficiência natural e a autora mostra esses pensamentos citando Aristóteles quando este diz que "A fêmea é fêmea em virtude de certa carência de qualidades" e também Sto. Tomás, quando o decreta que a mulher é um homem incompleto, um ser "ocasional". É o que simboliza a história do Gênese em que Eva aparece como extraída, segundo Bossuet, de um "osso supranumerário" de Adão.

Beauvoir cita o pensamento de Michelet para complementar seu pensamento anterior onde este escreve que a humanidade é masculina e o homem define a mulher não em si, mas relativamente à êle; ela não é considerada um ser autônomo. "A mulher, o ser relativo...".

E embora Beauvoir tenha discorrido anteriormente sobre a opressão da mulher durante toda a sua existência a mesma quer deixar claro que o propósito do livro intitulado “O Segundo Sexo” é entender de onde vem essa submissão da mulher?

A autora escreve que existem casos em que uma categoria conseguiu dominar totalmente outra categoria impondo suas leis a minoria ou as perseguindo, mas, escreve Beauvoir, as mulheres não podem ser consideradas um caso de minorias como os Judeus na Alemanha ou os Negros nos Estados Unidos, pois há tantos homens como mulheres na terra.

Simone de Beauvoir ainda escreve a relação de opressão dos proletários e das mulheres e diz que, nem sempre houve proletários, mas sempre houve mulheres e estas são mulheres em virtude de suas estruturas fisiológicas e por mais longe que remonte a história, as mulheres, sempre estiveram subordinada aos homens e sua dependência, segundo a autora, não é conseqüência de um evento ou de uma evolução, ela não aconteceu, por que sempre foi.

A autora escreve que não há manifestações de mulheres, assim como de negros, de judeus e etc no qual os mesmos dizem “nós”, a não ser, em congressos específicos e manifestações abstratas, além disso, nada mais fazem para se livrar da opressão em busca da autonomia.

A ação das mulheres, segundo Beauvoir, nunca passou de uma agitação simbólica, só ganharam o que os homens concordaram em lhes conceder, elas nada tomaram apenas receberam. Escreve a autora que, as mulheres não têm passado, não tem história, nem religião própria, não têm como os proletários, uma solidariedade de trabalho e interesses as mulheres, vivem dispersas entre os homens, ligadas pelo habitat, pelo trabalho, pelos interesses econômicos, pela condição social a certos homens – pai ou marido – mais estreitamente do que as mulheres.

Segundo a autora, as mulheres burguesas são solidárias aos aos homens burgueses e não as  mulheres proletárias; brancas dos homens brancos e as mulheres pretas dos homens pretos.

Os proletários, segundo Beauvoir, poderiam propor o trucidamento da classe dirigente,  um judeu, um negro fanático, poderiam sonhar em possuir o segredo da bomba atômica e constituir uma humanidade inteiramente judaica ou inteiramente negra: mas mesmo em sonho a mulher não pode exterminar os homens, pois os laços que as une com seus opressores não é comparável a nenhum outro.

A divisão do sexo, segundo Beauvoir, é, com efeito, um dado biológico e não um momento da história humana e mesmo a necessidade biológica – desejo sexual ou desejo de posteridade – que coloca o macho sob a dependência da fêmea não libertou socialmente a mulher.

O senhor e o escravo estão unidos por uma necessidade econômica recíproca que não liberta o escravo, pois, escreve a autora, na relação entre o senhor e o escravo, o primeiro não põe a necessidade que têm do outro, ele detém o poder de satisfazer essa necessidade e não a mediatiza, ao contrário, o escravo, na dependência, esperança ou medo, interioriza a necessidade que tem do senhor; a urgência da necessidade, ainda que igual a ambos, sempre favorece o opressor contra o oprimido: é o que explica a libertação da classe proletária, por exemplo, tenha sido tão lenta.

A mulher, segundo Beauvoir, sempre foi, senão escrava do homem ao menos sua vassala, os dois sexos nunca partilharam o mundo em igualdade de condições; e ainda hoje, embora sua condição esteja evoluindo, a mulher arca com um pesado handicap. Em quase nenhum país as mulheres são tratadas com igualdade aos homens e muitas vezes este último a prejudica consideravelmente e um grande hábito que impede que encontrem nos costumes sua expressão concreta, escreve a autora.

Economicamente, homens e mulheres constituem como se fosse duas castas; em igualdade de condições, os primeiros têm situações mais vantajosas, salários mais altos, maiores possibilidades de êxito que suas concorrentes recém-chegadas, segundo Beauvoir.

Os homens ocupam na política, maior numero de lugares e postos mais importantes, escreve a autora e essa tradição de uma sociedade machista é passada as crianças em forma de educação onde o presente envolve o passado e no passado toda a história foi feita pelos homens e mesmo no momento que as mulheres começam a tomar parte na elaboração do mundo, esse mundo, ainda é um mundo que pertence aos homens. Eles bem o sabem e elas mal duvidam, escreve Beauvoir.

As mulheres vivem na submissão de aceitar todas as vantagens que a aliança com a casta superior atribuirá a elas, explica Beauvoir, como por exemplo, o homem suserano protegerá materialmente a mulher vassala e se encarregará de justificar sua existência: com o risco econômico, ela esquiva do risco metafísico de uma liberdade que deve inventar seus fins sem auxílios e ainda escreve a autora que, ao lado de toda a pretensão do individuo em se afirma enquanto sujeito, que é uma pretensão ética, há também a tentação em fugir de sua liberdade e de constituir-se em coisa.

Mas Beauvoir afirma que isso se dá, por que embora seja um caminho nefasto por que passivo, alienado, perdido, onde o individuo é preso por vontades estranhas, cortado de sua transcendência e frustrado de todo o valor é um caminho fácil, pois evitam-se com ele a angústia e a tensão da existência autenticamente assumida. O homem que constitui a mulher como outro encontrara, nela, profundas cumplicidades e sendo assim, escreve a autora, a mulher não se reivindica como sujeito, por que não possui os meios concretos para tanto, por que sente o laço necessário que a prende ao homem sem reclamar a reciprocidade dele, e porque, muitas vezes, se compraz no seu papel de outro.

E diante de todo esse pensamento a respeito da submissão da mulher ao homem, Simone de Beauvoir coloca um problema em questão, para melhor entendermos esse pensamento, como essa necessidade de submissão e acomodação da mulher se deu?

Sendo assim, quer entender a autora, como que o homem venceu desde o inicio? Por que esse mundo sempre pertenceu aos homens e somente agora começa a mudar? Será um bem essa mudança? Trará ou não a partilha igual do mundo entre homens e mulheres?

Simone de Beauvoir cita Poulain de Ia Barre para explicar o por que de sempre existir essa opressão das mulheres em relação aos homens e justifica que legisladores, sacerdotes, filósofos,  escritores e sábios empenharam-se em demonstrar que a condição subordinada da mulher era desejada ao céu e proveitosa ao e cita Platão entre outros, quando esse agradecia aos Deuses, a maior se lhe afigurava o fato de ter sido criado livre e não escravo e, a seguir,  o fato de ter sido criado homem e não mulher. Sendo assim, os homens compilaram os direitos de forma a favorecer os homens e os jurisconsultores transformaram as leis em princípios.

Segundo Beauvoir, as religiões forjadas pelos homens remetem esse desejo de dominação buscaram argumentos nas lendas de Eva, Pandora, puseram a filosofia e a teologia a serviço de seus desígnios, como vimos pelas frases citadas de Aristóteles e St. Tomás de Aquino e desde as antiguidades, moralistas e satíricos, deleitaram-se em pintar o quadro das fraquezas femininas.

Beauvoir escreve que apenas no Século XVIII os democratas encaram o problema da submissão da mulher com objetividade e Diderot afirma que a mulher, assim como o homem, é um ser humano, mas é somente no século XIX, uma das conseqüências da revolução industrial é a participação das mulheres no trabalho produtor e nesse momento, escreve a autora, as reivindicações feministas saem do campo teórico, encontram fundamentos econômicos; seus adversários fazem-se mais agressivos e a burguesia se apega a velha moral que vê na solidez da família, a garantia da propriedade privada: exigindo a presença da mulher no lar tanto mais vigorosamente quanto sua emancipação torna-se verdadeiramente uma ameaça e mesmo dentro da classe operária os homens tentaram frear essa libertação por verem as mulheres como perigosas concorrentes, habituadas que estavam a trabalhar por salários mais baixos.

Escreve Beauvoir que a fim de provar a inferioridade da mulher, os antifeministas, apelaram não somente para a religião, filosofia e teologia, como no passado, agora eles apelam para a ciência: biologia, psicologia experimental etc.

Simone de Beauvoir escreve que a casta anteriormente dominadora que manter mulheres e negros no lugar que escolheu para eles e as mulheres, segundo a autora, em seu conjunto, são hoje inferiores aos homens, isto é, sua situação oferece-lhes possibilidades menores: o problema consiste em saber se esse estado de coisas deve perpetuar-se e para a autora, muitos homens ainda desejam e, portanto, não se desarmaram ainda.

A burguesia conservadora escreve Beauvoir, continua a ver na emancipação feminina um perigo que lhe ameaça a moral e os interesses e certos homens temem a concorrência feminina e esse pensamento se comprova quando afirmações como a de um estudante no Hebdo-Latim declarava: “Toda estudante que confere uma posição de médico ou advogado rouba-nos um lugar” e escreve a autora que esse rapaz não duvidava em nenhum um momento dos seus direitos sobre o mundo.

Simone de Beauvoir ainda escreve que para todos os que sofrem de complexo de inferioridade, há nisso um linimento milagroso: ninguém é mais arrogante em relação às mulheres, mais agressivo ou desdenhoso do que o homem que duvida de sua virilidade e os que não se intimidam com seus semelhantes mostram-se também muito mais dispostos a reconhecer na mulher seu semelhante.

Segundo a autora, o homem no sentimento democrático, afirma não haver diferença entre ele e sua mulher e afirma que o trabalho do lar é tão digno quanto o seu trabalho e na primeira discussão o mesmo afirma que sua mulher não tem capacidade para ganhar a vida sem ele e escreve Beauvoir que se a questão feminina é tão absurda, isso se dá por que a arrogância masculina fez dela uma querela e quando as pessoas querelam não raciocinam bem.

Segundo Beauvoir é no seio da família que a mulher tem a possibilidade de busca da liberdade desde que a mulher apresenta-se à criança e ao jovem revestida da mesma dignidade social dos adultos masculinos; mais tarde êle sente no desejo e no amor a resistência, a independência, da mulher desejada e amada; casado, ele respeita na mulher a esposa, a mãe, e na experiência concreta da vida conjugal ela se afirma em face dele como uma liberdade. O homem pode, pois, persuadir-se de que não existe mais hierarquia social entre os sexos e de que, grosso modo, através das diferenças, a mulher é sua igual e a incapacidade profissional o homem atribui a natureza da mulher.

Mas a escritora, Beauvoir, diz que os homens ao mesmo tempo em que afirmam quase que com boa-fé que as mulheres são iguais aos homens e nada tem a reivindicar ao mesmo tempo dizem que as mulheres nunca poderão ser como os homens e que suas reivindicações são vãs.

E Beauvoir escreve que, não há como acreditar nos homens quando se esforçam por defender privilégios cujo alcance não mede com relação aos direitos das mulheres desde que mesmo ao homem mais simpático à mulher nunca lhe conhecerá bem a situação concreta.

A autora escreve que é necessário que não nos intimidemos pelos números e pela violência dos ataques dirigidos contra a mulher, nem nos impressionar com os elogios interesseiros que se fazem “a verdadeira mulher”, podemos citar nesse caso o exemplo da música Mulheres de Atenas do cantor e compositor Chico Buarque e a autora diz também para que não nos contaminemos pelo entusiasmo que seu destino suscita entre os homens que por nada no mundo desejariam compartilhá-lo.


Simone de Beauvoir se preocupa em dizer quais condições mostram como a dialética leva ambos a uma discussão de divisão por classe entre homens e mulheres como o fato de ser criada depois de Adão, leitura feita através dos textos bíblicos, e sendo assim é evidentemente um ser secundário, dizem uns; dizem outros, Adão era apenas um esboço e Deus alcançou a perfeição quando criou Eva; seu cérebro é menor, mas é relativamente maior e se Cristo se fez homem foi possivelmente por humildade e a autora mostra como os argumentos sugere imediatamente o seu contrário ao invés que ambos são falhos e a mesma escreve que se quisermos sair desses trilhos, precisamos recusar as noções vagas de superioridade, inferioridade, igualdade que desvirtuam todas as discussões e reiniciar do começo.

A autora escreve que, para elucidar a discussão a respeito de mulheres, são ainda, certas mulheres as mais indicadas para fazê-la.

As mulheres da atualidade que tiveram a sorte de ver-lhes restituída todos os privilégios do ser humano podem dar-se ao luxo da imparcialidade, e a autora diz que, sentimos até a necessidade desse luxo. Não somos mais como nossas predecessoras: combatentes.

Nós, mulheres, escreve Beauvoir, conhecemos mais intimamente do que os homens o mundo feminino, porque nele temos nossas raízes; apreendemos mais imediatamente o que significa para o ser humano o fato de pertencer ao sexo feminino e preocupa-nos mais com o saber. E pergunta a autora, em que o fato de sermos mulher afeta nossas vidas? Apesar de conseguirmos ter consciência de vários outros problemas, nos mulheres, não podemos desprezar os problemas que acercam o universo feminino, como por exemplo, que possibilidades nos foram oferecidas e quais nos foram recusadas ao fato de sermos mulheres? Que destino pode esperar nossas irmãs mais jovens e em que sentido convém orientá-las? Pergunta a autora.

O livro I “O Segundo Sexo” de Simone de Beauvoir surge com a intenção de pesquisar a que pé encontra-se o problema do preconceito contra a mulher em nossa sociedade. E a autora escreve que para fazer um levantamento de dados como este, infelizmente, não tem como não agir sem o preconceito desde que se trata de um problema humano e a própria maneira que a autora põe às questões as perspectivas que a mesma adota pressupõem uma hierarquia de interesses: toda qualidade envolve valores.

A autora escreve que em seu livro um dos pontos de vista mais amiúde adotados é o do bem público de interesse geral cada um entende isso como o interesse da sociedade tal qual deseja manter ou estabelecer, quanto a nós, escreve a autora, estimamos que não há outro bem público senão o que assegura o bem individual dos cidadãos.

Vânia do Canto - Estudante de Filosofia da UEM

Simone de Beauvoir

Referência Bibliografica: 

BEAUVOIR, Simone de. O segundo sexo. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 198