quinta-feira, 28 de março de 2013

Como seria a economia planificada no socialismo?


Cálculo econômico e Capitalismo

O capitalismo é, de fato, não apenas uma economia de troca, mas uma economia de troca onde o objetivo da produção é fazer um lucro. Isto requer um equivalente geral, a fim de ser calculados e medidos. O lucro é a expressão monetária da diferença entre o valor de troca de um produto e do valor de troca dos materiais, energia e força de trabalho usada para produzi-lo, ou o que Marx chamou de "mais-valia". Da mesma forma, o custo de produção de um bem é a troca de valor dos outros bens (incluindo força de trabalho) utilizados em sua produção, enquanto seu preço de venda é a expressão monetária do seu valor de troca.

Uma vez que, como os economistas clássicos e Marx mostraram, o valor de troca de um produto depende da quantidade de trabalho socialmente necessário incorporado nele do início ao fim, surge à questão de por que os cálculos não podem ser feitos diretamente no tempo de trabalho e não em dinheiro. É esta a reflexão que está por trás de todos os esquemas de remuneração e contabilidade de tempo de trabalho.

O motivo pelo qual não é possível utilizar o tempo de trabalho como um equivalente geral no lugar de dinheiro é que o valor de troca de um produto não depende da real quantidade de trabalho incorporado nesse produto no decurso da sua produção do de início ao fim, mas a quantidade de trabalho socialmente necessário  incorporado na mesma, o que de modo algum é o mesmo (de outro modo seria um trabalhador ineficaz, porque ele tomou mais tempo, produzir mais valor do que um trabalhador eficiente, mas isto não é o caso).

Embora a quantidade real de trabalho gasto na produção de um bem poderia, teoricamente, ser medida, o que é o trabalho socialmente necessário é uma média social - tendo em conta a técnica média, a produtividade média, a intensidade média do trabalho, etc. - que só pode ser estabelecida através do processo social que é o funcionamento do mercado, cujo preço mudanças refletem as mudanças que estão continuamente ocorrendo em vários fatores que acabamos de mencionar que determinam à média. Em outras palavras, é uma média que só pode ser estabelecida depois de um bem ter sido produzido.

É por isso que Von Mises estava certo ao dizer que - sob o capitalismo, é claro - a única unidade possível de cálculo econômico é dinheiro, não o tempo de trabalho, mas este ponto já havia sido descoberto por Marx, quando ele discutiu e rejeitou vários esquemas de valor trabalho em 1859, em sua Crítica à Economia Política.

53º Congresso da UNE e Bloco Na Rua rumo à Goiânia




Entre os dias 29 de maio e 02 de junho, em Goiânia, acontecerá o maior fórum de deliberação do movimento estudantil: o 53º Congresso da UNE (União Nacional dos Estudantes).
A largada já foi dada desde o último dia 10, em votação da plenária do 61º Conselho Nacional das Entidades Gerais, o Coneg da UNE.
Congresso da UNE
O Congresso é realizado a cada dois anos, é nele que a nova presidência e diretoria da UNE é eleita, e são definidas também as frentes de atuação da entidade nos dois anos posteriores. A UNE já foi presidida por diversos importantes nomes da política brasileira, como José Serra, Aldo Arantes, Franklin Martins, Aldo Rebelo, Lindberg Farias e Orlando Silva. Estes três últimos também presidiram também a União da Juventude Socialista.
O evento é aberto a todos, contudo, apenas os delegados têm o poder de voto. Os delegados são estudantes que são eleitos em suas universidades para representar os demais alunos da instituição no Congresso.
Organização da eleição
O Congresso da UNE e o processo de eleição dos delegados competem à organização da Comissão Nacional de Eleição, Credenciamento e Organização (CNECO). Essa Comissão é composta por 44 membros, todos eleitos na plenária do 61º CONEG. As eleições dos delegados devem cumprir as regras dispostas no regimento (leia aqui o documento).
A eleição da UNE é realizada de forma congressual, semelhante ao que ocorre em outras entidades como OAB, CUT e CNBB. As chapas se organizam em teses que são apresentadas, discutidas e eleitas na plenária final do Congresso, no último dia do encontro. Nesse momento são votadas as propostas consensuais, divergentes e, por fim, os estudantes elegem o novo presidente e a composição da diretoria.
Essa é composta proporcionalmente na medida exata dos votos que cada chapa obteve na votação. Além dos delegados (estudantes eleitos nas universidades), podem participar do congresso observadores credenciados.
Movimento Bloco Na Rua
Durante o 14º Coneb (Conselho Nacional de Entidades de Base) da UNE, realizado em Recife, foi lançada a chapa Bloco na Rua, movimento que pretende eleger o maior número de delegados ao 53º Congresso da UNE e ocupar as ruas durante todo o processo de mobilização do Congresso, entre as pautas já definidas pela chapa, está a prioridade pela ampliação dos investimentos na educação (10% do PIB, 100% dos royalties e 50% do pré-sal) e a Reforma Universitária.
Como participar?
O processo de eleição dos delegados pode ser encaminhado por Diretórios Acadêmicos (DCE) ou por uma Comissão formada por dez estudantes. Os processos de eleições bem como as inscrições das Comissões terão início a partir do dia 18 de março de 2013.
A proporção de eleição de delegado é de um (regularmente matriculado na Instituição de Ensino Superior) para cada mil estudantes. Qualquer aluno devidamente inscrito junto à comissão responsável pela eleição pode se candidatar a delegado para representar sua universidade no Congresso da UNE.
Os 500 DCEs que participaram do CONEG e votaram as deliberações já estão regularizados para participar do processo eleitoral de delegados. Aqueles que ainda querem participar têm até o dia 17 de março (domingo), para enviar seus documentos (Ata de eleição e posse e Estatuto) para email: 53congresso.une@gmail.com
Serviço
Oque? 53º Congresso da UNE (CONUNE)
Quando?: 29 de maio a 02 de junho de 2013
Onde? Goiânia (GO)
Informações? 53congresso.une@gmail.com
Redação com UNE