terça-feira, 23 de abril de 2013

Atualidade do pensamento de Lênin


Neste 22 de abril de 2013, completam-se 143 anos do nascimento de Vladimir Ilitch Ulianov, ou Lênin, como é conhecido. “A análise concreta da situação concreta é a alma viva, a essência do marxismo”. Essa advertência, que reaparece mais de uma vez, parece-nos caracterizar o modo pelo qual ele se situa diante do marxismo.

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Aumento dos conflitos de terra, assassinatos e conflitos pela água são destaque do relatório anual da CPT

Na tarde de ontem, 22 de abril, a Comissão Pastoral da Terra (CPT) lançou, durante ato no Acampamento Hugo Chávez, ao lado do Incra do DF, em Brasília, a 28ª edição da publicação Conflitos no Campo Brasil 2012.
 
No ato foram apresentados os dados de conflitos no campo no ano de 2012, que somaram 1.364, os conflitos por terra, 1.067, e os assassinatos, que somaram 36 nesse último ano. Um aumento de 24% em relação ao ano de 2011. Além disso, Antônio Canuto, secretário da coordenação nacional da CPT destacou que desses assassinados, 7 já haviam recebido ameaças de morte. O que demonstra que está se cumprindo as promessas de morte nos conflitos no campo, em detrimento da inoperância do estado nesses casos. Além disso, Canuto destacou a impunidade que persiste em nosso país, e que ficou clara na absolvição do mandante do assassinato do casal de extrativista de Nova Ipixuna (PA), José Cláudio e Maria do Espírito Santo, em julgamento realizado no início do mês de abril. O casal já havia recebido várias ameaças de morte.
Os conflitos pela água subiram de 68, em 2011, para 79 nesse último ano. A CPT registrou, também, conflitos em tempo de seca em 2012. Ocorreram 36 em seis estados do país.
Além disso, houve um aumento expressivo no número de tentativa de assassinato. Passou de 38, em 2011, para 77 em 2012. Carlos Walter Porto Gonçalves, professor da Universidade Federal Fluminense (UFF) destacou as comunidades tradicionais como foco das ações de violência no campo.
Rosimeire dos Santos, quilombola representante do Quilombo Rio dos Macacos, na Bahia, compartilhou a situação atual do quilombo, de tensão e opressão que sofrem por ação da Marinha. Segundo Rosimeire, “perdi pessoas da minha família e outros quilombolas, pois não podíamos ter acesso a saúde. A Marinha nos impedia de ir buscar atendimento”. O Quilombo vive um processo de tensão com a Marinha há muitos anos, que não reconhece o direito deles sobre o território que ocupam há séculos.

A UPE UNE O PARANÁ: ENTIDADE CONVOCA O SEU 44º CONGRESSO EM PONTA GROSSA PR

O 44º Congresso da União Paranaense dos Estudantes (44º CONUPE), já tem data e local para acontecer, sob organização dos membros da CEECO (Comissão Estadual de Credenciamento e Organização)  o evento será realizado nos dias 18 e 19 de Maio de 2013, na Universidade Estadual de Ponta Grossa.

Estudantes de todas as regiões do Estado estão se preparando para arrumar as malas e viajar até Ponta Grossa para o maior encontro universitário do Estado, o congresso deliberará sobre a linha de atuação da entidade para o próximo biênio, bem como eleger a nova diretoria da UPE, é também uma etapa estadual do 53º Congresso da UNE, que acontecerá de 29 de maio à 2 de junho em Goiânia GO.
Mais informações direto no Blog da UPE

Médicos alertam autoridades sobre planos de saúde

As entidades médicas nacionais encaminharam ofício para algumas das principais autoridades do país informando sobre a decisão da categoria de promover um Dia Nacional de Alerta aos Planos de Saúde na próxima quinta-feira (25). Os médicos avaliam que essas empresas têm desrespeitado os médicos e gerado insatisfação e insegurança entre os pacientes com relação à assistência prometida.

domingo, 21 de abril de 2013

Frei Betto: Infelicianeidade

Vocábulos nascem de expressões populares. Assim como nomes próprios trazem significados que deitam raízes em suas respectivas etimologias.

Por Frei Betto*

Feliciano é nome de origem latina, derivado de felix, feliz. Nem sempre, contudo, uma pessoa chamada Modesto deixa de ser arrogante e conheço uma Anabela que é de uma feiura de fazer dó.
Estamos todos nós, defensores dos direitos humanos, às voltas com um pepino federal. Nossos servidores na Câmara dos Deputados, aqueles cujos altos salários e complementos (viagens aéreas, planos de saúde, assessores etc.) são pagos pelo nosso bolso, e a quem demos empregos através do voto, cometeram o equívoco de eleger o deputado e pastor Marco Feliciano para presidir a Comissão de Direitos Humanos.
O pastor-deputado, filiado ao PSC-SP, escreveu em seu twitter: "Africanos descendem de ancestral amaldiçoado por Noé. Isso é fato.” Em outra mensagem, postou: "Entre meus inimigos na net (sic) estão: satanistas, homoafetivos, macumbeiros...”
Em processo aberto no Supremo Tribunal Federal, Feliciano é acusado de induzir ou incitar discriminação ou preconceito de raça, cor, etnia, religião, crime sujeito à prisão de um a três anos, além de multa.
Em sua defesa, protocolada, a 21 de março, pelo advogado Rafael Novaes da Silva, Feliciano afirma: "Citando a Bíblia (...) africanos descendem de Cão (sic) (ou Cam), filho de Noé. E, como cristãos, cremos em bênçãos e, portanto, não podemos ignorar as maldições.”
Que deus é este que amaldiçoa seus próprios filhos? Essa suposta teologia vigorou no Brasil colonial para justificar a escravidão. O Deus de Jesus ama incondicionalmente todos os homens e mulheres, e ainda que O rejeitemos Ele não deixa de nos amar, conforme atestam a relação do profeta Oseias com sua mulher Gomer e a parábola do Filho Pródigo.
Todo fundamentalismo cristão é ancorado na interpretação literal da Bíblia, que deriva da ignorância exegética e teológica. Os criacionistas, por exemplo, que negam o evolucionismo constatado por Darwin, acreditam que existiram um senhor chamado Adão e uma senhora chamada Eva, dos quais somos descendentes (embora não expliquem como, pois tiveram dois filhos homens, Caim e Abel...). Ora, Adão em hebraico é terra, e Eva, vida. O autor bíblico quis acentuar que a vida, dom maior de Deus, brota da terra.
Ter Feliciano como presidente de uma Comissão tão importante – por culpa de grandes legendas como PMDB, PSDB e PT – é uma infelicidade, pois não condiz com o nome do deputado que, na roda do samba que está sendo obrigado a dançar, insiste no refrão: "Daqui não saio, daqui ninguém me tira.”
O deputado é um pastor evangélico. Sua conduta deveria, no mínimo, coincidir com os valores pregados por Jesus, que jamais discriminou alguém.
Jesus condenou o preconceito dos discípulos à mulher sírio-fenícia; atendeu solícito o apelo do centurião romano (um pagão!) interessado na cura de seu servo; deixou que uma mulher de má reputação lhe lavasse os pés com os próprios cabelos, e ainda recriminou os que se escandalizaram ao presenciar a cena; e não emitiu uma única frase moralista à samaritana adepta da rotatividade conjugal, pois estava no sexto homem! Ao contrário, a ela Jesus se revelou como o Messias.
É direito intrínseco de todo ser humano, e também da democracia, cada um pensar pela própria cabeça, seguir a sua consciência. Nada contra o pastor Feliciano, na contramão do Evangelho, abominar negros e odiar homossexuais e adeptos da macumba. Desde que não transforme seu preconceito em atitude discriminatória, e seu mandato em retrocesso às conquistas que a sociedade brasileira alcança na área dos direitos humanos.
Estamos todos nós, brasileiros e brasileiras, indignados e perplexos frente ao impasse armado pelo jogo político rasteiro da Câmara dos Deputados. Eis uma verdadeira situação de infelicianeidade, com a qual não podemos nos conformar.
* é escritor, autor do romance "Aldeia do Silêncio” (Rocco), entre outros livros. Artigo publicado na Adital
Retidado originalmente de vermelho.org.br

sexta-feira, 19 de abril de 2013

Por que dizer NÃO à redução da maioridade penal?


Antagonismo. Terça-feira, 16 de abril. Os jovens brasileiros conquistam a histórica aprovação do seu Estatuto da Juventude no Senado Federal. Um avanço no que tange assegurar direitos a eles. Esta é a primeira legislação em nível constitucional a tratar a juventude como política de Estado. Cerca de 53 milhões de brasileiros, de 15 a 29 anos de idade, serão beneficiados com o projeto, que estabelece uma série de garantias e direitos para a juventude brasileira, como acesso à educação, ao ensino profissionalizante, ao trabalho e à renda.
Neste mesmo dia, o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB) entrega ao presidente da Câmara um projeto de lei, que propõe alterações no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), a principal dessas mudanças sugere a ampliação de três para oito anos de reclusão para os menores infratores. O enredo que motivou a decisão foi o assassinato do estudante Victor Hugo Deppman, de 19 anos, no último dia 09. O crime foi cometido por um outro jovem, prestes a completar 18 anos. Este fato reacendeu a discussão sobre a redução da maioridade penal, tanto pela mídia, quanto pelas classes conservadoras.
Em meio à essa discussão, o estudante Vinicius Bocato escreveu um ótimo artigo, que traz dados contundentes para apontar que a redução da maioridade penal está longe de ser a melhor alternativa para combater a violência. A UJS reproduz na íntegra, confira.
Razões para NÃO reduzir a maioridade penal
Na última semana uma tragédia abalou todos os funcionários e alunos da Faculdade Cásper Líbero, onde estou terminando o curso de jornalismo. O aluno de Rádio e TV Victor Hugo Deppman, de 19 anos, foi morto por um assaltante na frente do prédio onde morava, na noite da terça-feira (9). O crime chocou não só pela banalização da vida – Victor Hugo entregou o celular ao criminoso e não reagiu –, mas também pela constatação de que a tragédia poderia ter acontecido com qualquer outro estudante da faculdade.
Esse novo capítulo da violência diária em São Paulo ganhou atenção especial da mídia por um detalhe: o criminoso estava a três dias de completar 18 anos. Ou seja, cometeu o latrocínio (roubo seguido de morte) enquanto adolescente e foi encaminhado à Fundação Casa.
Óbvio que a primeira reação é de indignação; acho válida toda a revolta da população, em especial da família do garoto, mas não podemos deixar que a emoção nos leve a atitudes irresponsáveis. Sempre que um adolescente se envolve em um crime bárbaro, boa parte da população levanta a voz para exigir a redução da maioridade penal. Alguns vão adiante e chegam a questionar se não seria hora do Estado se igualar ao criminoso e implantar a pena de morte no país. Foi o que fez de forma inconsequente o filósofo Renato Janine Ribeiro, em artigo na Folha de S. Paulo, por ocasião do assassinato brutal do menino João Hélio em 2007.
Além de obviamente não termos mais espaço para a Lei de Talião no século XXI, legislar com base na emoção nada mais atende do que a um sentimento de vingança. Não resolve (nem ameniza) o problema da violência urbana.
O que chama a atenção é maneira como a grande mídia cobre essas tragédias. A maioria das matérias que vemos nos veículos tradicionais só reforçam uma característica do Brasil que eles mesmo criticam: somos o país do imediatismo. A cada crime brutal cometido por um adolescente, discutimos os efeitos da violência, mas não as suas causas. Discutimos como reprimir, não como prevenir. É uma tática populista que desvia o foco das reais causas do problema.
Abaixo exponho a lista de motivos pelos quais sou contra a redução da maioridade penal:
As leis não podem se basear na exceção
A maneira como a grande mídia cobre estes crimes bárbaros cometidos por adolescentes nos dá a (falsa) impressão de que eles estão entre os mais frequentes. É justamente o inverso. O relatório de 2007 da Unicef “Porque dizer não à redução da idade penal” mostra que crimes de homicídio são exceção:
“Dos crimes praticados por adolescentes, utilizando informações de um levantamento realizado pelo ILANUD [Instituto Latino-Americano das Nações Unidas para Prevenção do Delito e Tratamento do Delinquente] na capital de São Paulo durante os anos de 2000 a 2001, com 2.100 adolescentes acusados da autoria de atos infracionais, observa-se que a maioria se caracteriza como crimes contra o patrimônio. Furtos, roubos e porte de arma totalizam 58,7% das acusações. Já o homicídio não chegou a representar nem 2% dos atos imputados aos adolescentes, o equivalente a 1,4 % dos casos conforme demonstra o gráfico abaixo.”
 
E para exibir dados atualizados, dentre os 9.016 internos da Fundação Casa, neste momento apenas 83 infratores cumprem medidas socioeducativas por terem cometido latrocínio (caso que reacendeu o debate sobre a maioridade penal na última semana). Ou seja, menos que 1%.

COMEB - Conselho Municipal de Entidades de Base da UMES


ATIVIDADE DE FORMAÇÃO

Data: 27/04/13, às 13:30, no Plenarinho da Câmara de Vereadores de Maringá.

Debate acerca do Manifesto do Partido Comunista, de Karl Marx e Engels.

A discussão sobre o livro será organizado por mim (Paulo Henrique Mai) e pela camarada Francielle Cruz. É uma grande oportunidade para todos os militantes que não estiverem participando do congresso da UMES debaterem mais sobre o comunismo, sobre o que defendemos, sobre a UJS, e aprender algo mais. 
De nava vale andar se não se sabe onde pretende chegar.

É recomendado que todos já tenham lido o Manifesto, ele pode ser encontrado na íntegra em http://www.pcdob.org.br/documentos_indice.php?id_documento_pasta=54.

Aos secundaristas - Este não é um curso de formação, apenas uma atividade que, se desejarem, podemos preparar para vocês também. Ah, no CONUMES já tenta incentivar a galera nova a participar do Curso de Formação nível 1, que possivelmente acontecerá duas ou três semanas depois do Congresso da UMES.

Como destruir argumentos da mídia contra Chaves em 1000 pedaços



George Galloway on Gay Rights and Hugo Chavez | Oxford Union
Gerge Galloway falando sobre Direito dos Gayz e Hugo Chavez

quinta-feira, 11 de abril de 2013

Por trás da defesa dos juros estão os especuladores


Renato: Por trás da defesa dos juros estão os especuladores


"A receita tucana foi uma avalista estratégica para os setores que acumularam riqueza com a espiral inflacionária, daí os setores conservadores defenderem juros altos para combater a chamada alta da inflação". Esse foi o tom dado pelo presidente do PCdoB, Renato Rabelo, durante mais uma edição do Palavra do Presidente, ao refletir sobre as especulações da mídia sobre os rumos da economia no Brasil. A entrevista é do jornalista Gustavo Alves.


Joanne Mota, da Rádio Vermelho em São Paulo 




Durante o programa, o dirigente comunista esclareceu o que está por trás da cobertura da mídia e disparou "eles querem juros altos porque foi com essa receita que a especulação ganhou muito no Brasil". 

Segundo ele, "a inflação sempre será motivo de preocupação, basta lembrar o que a inflação nos anos 80 e 90, e saber que quem mais perde é o povo, os assalariados. Porêm, o que está em jogo hoje é disputa política, daí esse carnaval feito pela direita e pela mídia em torno da inflação".

Renato lembrou que esse grupo que assumiu, desde 2003, as rédeas do país recebeu dos tucanos uma "nação insolvente, sem reservas cambiais. O Brasil literalmente quebrou nas mãos de FHC [Fernando Henrique Cardoso]. E, por isso, não é nenhum exagero afirmar que o Brasil dos tucanos reduziu-se a um emirado do Fundo Monetário Internacional (FMI).


Receita Tucana
Ao falar sobre as altas taxas de juros, Renato lebrou que além deste mecanismo concentrador, ações como arrocho salarial serviram como instrumento potencializador do abismo entre ricos e pobres no Brasil. 

Segundo Renato, foi em resposta a esse cenário cruel, que em 1989 formamos a Frente Brasil Popular, que em 2002 elegeu Lula e abriu caminho para um novo Brasil. "A reconstrução do orgulho social e nacional teve expressão no primeiro governo da história do Brasil nucleado pelas esquerdas, incluindo os comunistas do PCdoB. Evidentemente, no quadro de um governo deste tipo, as primeiras – e mais rápidas – transformações ocorreram – e ocorrem – no campo da democracia e da questão social".


http://www.vermelho.org.br/noticia.php?id_noticia=210270&id_secao=1