segunda-feira, 29 de março de 2010

TCCC



Transporte Coletivo Cidade Canção (TCCC) - 59 anos de MONOPÓLIO.

Com uma passagem à R$2,50, desejar qualquer coisa a população maringaense é "tirar uma onda" da nossa cara.

segunda-feira, 22 de março de 2010

O Socialismo na e para a Bolívia: da eleição de Evo à nova ordem


Ninguém duvidava do triunfo de Evo Morales. Todos sabiam que venceria com mais de 50% dos votos, mas poucos acertaram na percentagem final. Conseguir 64%, é alcançar um cume pouco habitual. No entanto, ratifica o fato de que onde há unidade das massas pode-se atingir índices que se aproximam de uma espécie de unanimidade política. Para a outra banda – para a direita e o imperialismo – o êxito da candidatura popular foi uma humilhação nunca vista.

Por Marcos Domich, em odiario.info

O triunfo permitiu chegar ao controle de importantes alavancas do poder político, particularmente em ambas as câmaras legislativas. Isto possibilita a aprovação das leis e códigos, e a nomeação de autoridades que facilitarão uma aplicação sistemática e efetiva da nova Constituição Política do Estado (NCPE). Deu-se uma situação sui generis, agora é possível fazer profundas transformações estruturais e super-estruturais pelo mandato da Constituição e das leis.

Anteriormente, a revolução, o povo em armas ou o que lhe queiram chamar, executavam medidas revolucionárias sem outra deliberação para além da lubrificada vontade popular. E se aí radicava a sua legitimidade, havia o melindre de não serem 'legais', mais ainda, estraçalhavam a velha legalidade que outra coisa não era que a lei formulada, como obra de alfaiate, exatamente à medida dos interesses dos patrões e dos monopólios. Hoje é possível a mudança legítima e completamente legal. Na verdade consumou-se uma revolução política pacífica e que até tem a sua própria Constituição.

As eleições bolivianas têm uma dupla projeção: uma exterior e outra interior. Isso entende-se melhor se falarmos de alguns prolegômenos das eleições. A eminência do êxito da candidatura de Evo determinou que a reação nativa e o imperialismo espremessem os cérebros a imaginar as maneiras de perturbar o processo eleitoral; como se disse, deram mil e uma voltas na tentativa de a invalidar.

A experiência histórica diz-nos como se move uma direita em transe de sofrer uma derrota que, no caso das eleições bolivianas de dezembro, marcam para ela e para os seus sustentáculos a possibilidade de uma derrota estratégica. Derrota estratégica quer dizer que o processo de mudanças continuará a sua marcha ascendente que inclusive poderá transformar-se num processo revolucionário, com tudo o que esta definição significa. E aqui está o cerne da questão. Às classes dominantes apavora-as a possibilidade da sua extinção histórica.

Entre as medidas perturbadoras estava a tentativa de impedir o voto de cerca de 400.000 cidadãos. Depois tentaram invalidar cerca de 250.000 votos presumivelmente a favor do MAS, de acordo com sondagens confiáveis. Outro objetivo era o de impedir que o futuro Parlamento boliviano contasse com uma maioria de deputados e senadores do MAS, sobretudo na câmara de senadores.

O seu sonho esfumou-se e a direita elegeu apenas 10 senadores face aos 26 dos MAS. Percebe-se agora a consigna do voto cruzado. Queriam forçar a diminuição de deputados da bancada do MAS. No final, este partido obteve 86 deputados contra 36 do seu imediato seguidor.

A campanha da oposição baseava-se numa ação dissuasora, mentirosa e provocadora, utilizando a poderosa bateria de meios de comunicação de massas ao seu serviço. Todos tocavam pela mesma partitura. O efeito que procurava era deteriorar a imagem dos candidatos oficiais, da esquerda, atribuir-lhe as piores intenções.

Chegou-se a tergiversações impossíveis como no caso do comando mercenário dirigido por Rósza Flores. Apesar de estar há muito referenciado, inclusivamente denunciado perante a ONU, de ser encontrado com explosivos na sua própria casa em Budapeste, pretendiam apresentá-lo como um contratado, um agente do governo de Morales.

A dimensão externa é a projeção do êxito do povo boliviano na América Latina. Com o retumbante triunfo de Evo Morales, a chamado 'volta à esquerda' continua e pesará nas próximas eleições e ações políticas e diplomáticas. José Mujica, da Frente Ampla uruguaia, derrotou inapelavelmente o direitista branco La Calle.

O caso do Chile é diferente e exige uma profunda reflexão. Trata-se claramente de uma falta de unidade das forças de esquerda e chama a atenção atitudes como a do ex-deputado da Concertação, Enriquez-Ominami.

Face à sucessão de vitórias das candidaturas democratas, progressistas e de esquerda, há já uma década, o imperialismo continuará a procurar por todos os meios - incluindo os mais ilícitos – travá-la e impedir a passagem a novos escalões. Para os seus objetivos, é uma contradição que em cada nova eleição prossiga o êxito do progressismo sobre o conservadorismo, da esquerda sobre a direita.
Há provas do que o imperialismo pretende, e Honduras é o exemplo mais claro. Há mais países em que chovem as denúncias de maquinações conspirativas do império: Venezuela, Equador, Nicarágua, Argentina e outros estão debaixo de mira. Até as catástrofes naturais como a do Haiti são pretextos para ensaiar ocupações militares. Obviamente, os governos servis tipo Uribe e as suas sete bases concedidas ao Pentágono são peças importantes da tramóia contra-revolucionária do imperialismo.

Mas, no conjunto, há uma circunstância que se levanta contra os planos imperialistas: em Cancún nasceu um novo agrupamento dos países da América Latina e do Caribe, a Comunidade de Estados da América Latina e do Caribe. O imperialismo não vê com bons olhos a emergência de uma nova organização inter-estatal e integracionista de que não fazem parte nem os EUA nem o Canadá. Os povos, os governos progressistas, devem desenvolver os maiores esforços para que esta obra de unidade, de integração e de soberania atinja o seu ponto mais alto.

Com este panorama, devem fixar-se algumas premissas que balizem a atividade da esquerda, da ampla representação parlamentar sob a sigla do MAS e até do próprio governo. Em primeiro lugar, impõe-se uma atitude da máxima responsabilidade e coerência política, de uma consciência precisa das tarefas, do rumo e das metas que há que atingir no processo de construção de uma nova sociedade.

Ainda que escassa, do mal o menos, haverá uma representação parlamentar totalmente confiável pela sua firmeza política e ideológica, pela sua formação e compromisso com a causa da libertação nacional e social na perspectiva da superação do capitalismo.

Não será uma atitude arrogante ou de satisfação plena pelo rotundo triunfo de dezembro e dos que já se avizinham para abril. A direita, que perdeu possibilidades no campo da confrontação democrática, voltará ao caminho anterior e cada vez com mais fúria, fruto da sua impotência política. Com a facilidade que lhe conhecemos, há que temer a sua passagem ao terreno do complô, da resistência organizada e da assunção da violência social, inclusive do terrorismo.

Também se deve pensar que a reação, e sobretudo esse amplo diapasão social chamado conservadorismo, tem outras formas de ação na base dos elementos de atraso e da contaminação da reversão sobre a consciência social. O mês de fevereiro caracterizou-se pela subida dos preços do açúcar, da carne de frango e outros. Certos setores como os transportes provocaram sérios problemas com greves que não têm qualquer fundamento.

Noutros setores há reivindicações de tipo anárquico e nocivo que, contudo, se podem combater e controlar. Por fim, as medidas oportunas do governo resolveram os transtornos, mas ainda não há uma organização vigilante do povo, das organizações sociais, dos sindicatos e dos partidos de esquerda. Até agora houve uma espécie de convergência, não propriamente acordada, entre as organizações e os setores referidos. Do que se trata agora é converter a convergência em organização dotada de objetivos, programa e estruturas definidas. A consigna da unidade continua a ser a mais importante desta etapa histórica.

Ainda que de forma não calculada nos seus detalhes, emergiu de forma espontânea o bloco histórico capaz de levar por diante a sua tarefa histórica da construção da nova sociedade. Camponeses e camponesas, operários e operárias, povos originários, camadas médias, intelectualidade avançada e até pequeno empresariado constituem a matéria-prima desse bloco a que há que infundir consciência revolucionária.

No bloco histórico, ainda se deve trabalhar muito, e muito arduamente, pela unidade política e pelo esclarecimento ideológico. Tarefa que não é fácil quando se trata de vários componentes de classe e de diversidade de povos que, até agora, não só eram marginalizados e discriminados, como em boa medida eram invisibilizados.

Por outro lado não se pode esquecer e passar por alto sobre as manifestações que priorizam o étnico nacional como a pedra fundamental da nova construção social e até adquirem uma matriz excluente que não estabelece diferenças no seio do outro pólo. Tende-se a ignorar que para o capitalismo não há muralhas da China e ele penetrou em todos os resquícios da sociedade e dos povos.

Por último, nesta formulação de tarefas de conteúdo ideológico, não se pode omitir que só a superação das tendências 'naturais' do interesse privado, do seu crescimento e expansão, impedirá que, mais à frente, se convertam num obstáculo à universalização e resgate do verdadeiro sentimento coletivo, solidário, igualitário ou simplesmente comunitário, se se preferir.

À luz da análise da atual situação boliviana podem inferir-se várias conclusões que se traduzirão de fato em linhas de ação e tarefas a derem executadas neste período. Em primeiro lugar há que procurar a maneira de cumprir uma série de promessas eleitorais que não têm esse sentido, mas que na realidade são verdadeiras medidas programáticas transcendentais.

Entre outras está a industrialização do país, com um novo sentido social. Perseguem o fim preciso de desenvolver as forças produtivas em todos os seus componentes, o conjunto dos produtores, da classe operária e dos instrumentos de produção.

Na agricultura – além de estimular certos caminhos imprescindíveis para a alimentação da população e as necessidades de exportação – está a tarefa de liquidar o latifúndio e libertar as forças produtivas superando o despojo mais que centenário dos povos originários.

Há outros aspectos que fazem parte do processo de mudanças que poderão, finalmente, ser aplicados depois do apoio popular ter ratificado o governo. A NCPE tem inscritas e legalizadas por referendo popular uma série de disposições constitutivas de um verdadeiro salto qualitativo no plano da politica social, da educação e da saúde, que tornem a Bolívia num Estado avançado e moderno.

Isto sucede, igualmente, no que se estabelece a nossa política externa como soberana, pacifista, solidária e de relações com todos os países do mundo, baseadas no respeito recíproco, na não ingerência nos assuntos internos de cada país e no benefício mútuo e na solidariedade com os povos em luta pela sua emancipação e defesa da sua soberania. Este é o novo caráter da nossa inserção na comunidade internacional.

Um momento muito importante é o conjunto de disposições que, mantendo o caráter unitário do Estado plurinacional e republicano, estabelece o regime das autonomias departamentais, regionais, municipais e de povos originários. Este novo ordenamento terá de ser aplicado procurando evitar as possíveis fricções entre os fatores concorrentes. Será uma prova à imaginação e criatividade e sobretudo ao patriotismo dos bolivianos que privilegiarão o interesse nacional aos interesses regional ou particular.

Não é objetivo destas notas referir todos os aspectos do plano de desenvolvimento para refundar o país e efetuar uma verdadeira revolução que, libertando a dependência, democratizando a sua sociedade, aceitando e promovendo a unidade na diversidade, conduza à construção de uma nova ordem social. Foi precisamente isto que pôs na mesa de trabalho e no debate teórico o binómio presidencial do discurso de tomada de posse de 22 de Janeiro, para o novo mandato de 5 anos.

O presidente Morales, sob diversos ângulos, afirmou a caducidade do sistema capitalista e o imperativo da construção do socialismo. E de imediato surgiu a pergunta legítima: Como será o socialismo na Bolívia?

Será o socialismo real, o do século XXI, o autogestionário iugoslavo, o modelo chinês, vietnamita ou cubano? Ou será, por fim, o socialismo comunitário? Como o definiram teóricos e analistas políticos bolivianos? A nosso ver a procura de aposições, de adjetivos, é irrelevante para o objetivo final.

Desvia a atenção dos temas centrais, das essências e do caráter dos fenômenos. O vice-presidente Garcia Linera disse, em algum momento das suas intervenções, 'não importa como se chama (o socialismo), o que importa é em que consistirá'. Estamos de acordo e abordemos como entendemos o conteúdo, a essência desse socialismo.

Fique claro que não partimos do vazio teórico, de uma espécie de vacuumdoutrinal. A nossa concepção de socialismo, confessamo-lo à partida, não é nenhuma fórmula nova nem um invento. Ela parte da concepção de Marx, de Engels e de Lenine de uma forma, digamos assim, radical, se isto significa que partimos dos clássicos e desenvolvemos a aplicação da teoria do socialismo científico na Bolívia e para a Bolívia de agora.

Recorremos a uma citação que nos ajuda a aclarar o nosso ponto de partida: 'No materialismo histórico há que continuar a inspirar-se também no que diz respeito à análise de outras revoluções que, a partir do outubro bolchevique, mudaram o rosto do mundo. Não se trata de uma vivência já encerrada e referida ao passado. Junto dos anticomunistas profissionais e de todos os comunistas ou ex-comunistas que são presa da autofobia, há ainda partidos e países que se consideram empenhados nos projetos de construção de uma sociedade para além do capitalismo'. (Losurdo, Doménico, Fuga da História, p. 60; ed. Cartago, 2007.)

Geralmente, fala-se da Revolução como de um processo único. Na realidade tem duas fases. A primeira é a revolução política que, em síntese, consiste na mudança das classes no poder central de um Estado ou de um país. As classes revolucionárias – operárias, camponesas e outras – substituem as classes dominantes e possuidoras, a oligarquia, a burguesia, etc..

Esta fase, muito dinâmica, é variável no seu prolongamento. Nuns, casos a deslocação do velho poder político é rápida, Nalguns casos, mais prolongada, em função de numerosos fatores que têm a ver sobretudo com as correlações de forças, nacionais e internacionais, da força, do empenho dos pólos da contradição.

Depois vem e por vezes corre paralela – sobretudo nalguns aspectos – a fase da revolução propriamente social. Esta aponta para a transformação, a mudança da base econômica da sociedade, do modo de produção e do que habitualmente se conhece como a estrutura econômica.

Adiantando-nos um pouco, podemos dizer que a fase política muda, transforma, sobretudo a super-estrutura e o ordenamento jurídico e político que se levanta sobre a estrutura e que responde aos interesses das classes dominantes. Demora muito mais transformar a consciência social, sobretudo aquele extrato que se denomina consciência cotidiana ou habitual. Por isso se fala tanto da super-vivência do passado, da conduta e do modo de atuar e pensar das pessoas que se supõe já não deveriam continuar a ser como são.

Em que consiste a mudança da estrutura, do modo de produção; a revolução social propriamente dita? Esquematicamente, vamos considerar três elementos que consideramos fundamentais: o sistema de propriedade dos meios de produção, as relações sociais de produção que resultam sobretudo da anterior e o modo de distribuição da riqueza social.

O primeiro elemento é o determinante dos outros componentes e acabará refletindo-se até em elementos tão etéreos como a psicologia das pessoas e a vida espiritual de uma sociedade. Da forma das relações de produção. Na sua forma estabelece a modalidade com que o proprietário dos meios de produção compra, ou mais exatamente ainda, como se apropria do trabalho do que vem a ser o 'seu' dependente, o seu assalariado ou o seu peão.

Estas relações de produção são as que encarnam a contradição entre o possuidor e o despossuído e, mais cedo que tarde, revelar-se-ão como luta de classes.

Finalmente, conforme seja a base econômica, os membros de uma sociedade recolhem a riqueza social (podemos dizer 'apropriam-se', particularmente do excedente). Marx comparava a riqueza social com uma grande panela na qual os indivíduos, obrigatoriamente membros de uma classe social, extraíam da panela uma parte dessa riqueza, de acordo com o tamanho da sua colher. Ínfima, minúscula, a dos operários e da pobreza em geral e enorme, extraordinariamente grande, a do burguês. Aí esta com simplicidade em que consiste a injustiça social.

Não pode haver socialismo de nenhuma classe se não se transforma essa base econômica. Para falar da construção do socialismo com propriedade deve colocar-se a meta histórica da liquidação da propriedade privada dos meios de produção. Isto não acontece da noite para o dia nem significa o desaparecimento de toda a forma de propriedade; mesmo no socialismo integral, o comunismo, não desaparece a propriedade pessoal, ainda que a propriedade dos meios de produção, a propriedade social, seja universal e completa.

No segundo elemento, muda totalmente o caráter das relações de produção. O operário, o trabalhador, o produtor dos bens materiais emancipou-se e vai superando o seu estado de alienação, o estado de dependência de outra vontade e do estado de separação, de perda de si mesmo e do fruto do seu trabalho.

Por último, num processo que não é imediato, irá se nivelando a distribuição da riqueza social. O excedente se tornará cada vez mais coletivo. Por outras palavras, terá aumentado de tamanho a colher dos trabalhadores e dos pobres. Haverá mais justiça social e irá se estabelecendo essa fórmula da primeira etapa do socialismo 'de cada um segundo as suas capacidades, a cada um segundo o seu trabalho'. Na terminologia em voga na Bolívia se tornará realidade a aspiração do 'sumaj causay', quechua, do 'sumaj k’amaña', aymara, do 'vivir bien', castiço.

Concluímos dizendo que só uma revolução social completa pode acercar-nos desse ideal, de forma nenhuma uma utopia como era moda dizer há alguns anos. E nenhuma das suas fases pode ser separada da outra. Uma revolução, somente política pode facilmente ser revertida, sobretudo se deixou intacta a base ou se se deixarem intocáveis muitas formas de propriedade privada dos meios de produção. E não haverá nenhuma revolução social, nenhuma mudança estrutural se não se tender para a liquidação da alienação do trabalhador.

Por último, em duas palavras, respondemos à premente pergunta de se é possível, hoje e na Bolívia, um país atrasado, pobre, cercado construir uma nova ordem, a sociedade socialista. Sim, acreditamos que é possível nas atuais conjunturas nacional e internacional.

Ambas são favoráveis, ainda que à revolução boliviana, tal como não acontecerá com nenhuma outra, não lhe será aberta a passagem para uma avenida Nevski, como já sabemos. Será como disse Mariátegui 'nem cópia nem decalque, criação heróica'.

* Marcos Domich, Professor da Universidade de La Paz

quarta-feira, 17 de março de 2010

Projeto que acaba com a lei seca divide opiniões


A proposta, de autoria do vereador Evandro Júnior, tem o aplauso dos donos de bares e restaurantes, mas enfrenta resistência de setores da sociedade, entre eles o Sinepe


 
O projeto que revoga a lei nº 8.247/2008, que proíbe a comercialização de bebidas alcoólicas nas proximidades das instituições de ensino superior de Maringá pode entrar em discussão na Câmara Municipal na sessão desta terça-feira. O projeto, de autoria do vereador Evandro Júnior (PSDB) , já é alvo de críticas por parte do Sindicato dos Estabelecimentos do Ensino Particular do Norte do Paraná (Sinepe-Pr).
A lei, apresentada pelo Poder Executivo e aprovada pelos vereadores em dezembro de 2008, proíbe a venda de bebidas alcoólicas até 150 metros dos portões das instituições. O não cumprimento da lei prevê multa de R$ 1.500 e a possibilidade de perda do alvará.
O vice-presidente do Sinepe-PR, Wilson de Matos Filho, posicionou-se, ontem à tarde, contrário à tentativa de derrubada da lei que proíbe a venda de bebidas alcoólicas perto das faculdades.
Segundo Matos Filho, é incoerente que alguns vereadores tentem reverter uma decisão tomada pelo legislativo em 2008, indo de encontro aos interesses de vários setores da sociedade que se posicionaram favoráveis à lei.
“Como as medidas judiciais mais urgentes não foram aceitas, nos parece que o sindicato da categoria busca agora uma medida política para reverter a lei”, comentou Wilson Filho, se referindo a uma tentativa da Federação Nacional de Hotéis, Bares e Similares de conseguir uma liminar, por meio de uma Ação Direta de Inconstitucinalidade, e que não deu certo. O pedido foi negado pelo Ministério Público do Paraná e pelo Tribunal de Justiça.
Na visão do vice-presidente do Sinepe, a proibição da venda de bebidas alcoólicas perto das faculdades evita que muitos estudantes sejam atraídos para a bebida. Ele lembra que uma pesquisa realizada pela Unesco entre 2004 e 2006 apontou que mais de 40% das escolas reclamam da presença de bares em suas proximidades.

Urgência
Os donos de bares e restaurantes estiveram na Câmara na semana passada para manifestar apoio ao projeto. Eles afirmam que foram prejudicados e que a proibição não impediu aqueles que desejam de continuarem bebendo, inclusive nas calçadas e ruas próximas às instituições.
O vereador Carlos Eduardo Saboia (PMN) disse, na ocasião, que apresentaria um aditivo ao projeto, proibindo que se beba na rua. Para Sabóia, a lei que proibiu a venda perto das escolas só transferiu o problema. “É melhor que se beba num bar, que é um local controlado, que fazendo algazarra no meio da rua”, disse.


Marcro de Maringá mobiliza partido e organiza pré-campanha


Neste domingo (14), no plenário Horácio Rocanello da Câmara Municipal de Maringá, foi realizada a reunião da macro região de Maringá do PCdoB. Cerca de 40 dirigentes partidários e membros dos comitês municipais de Maringá, Sarandi, Nova Esperança, Tamboara, Marialva e Paiçandu compareceram a reunião, que contou ainda com a presença do presidente estadual do partido Milton Alves e do assessor especial do Ministério do Esporte e pré-candidato a deputado federal Ricardo Gomyde.




Na mesa da esquerda para a direita: Gomyde(de pé), Calazans, vereador Dr.Manoel, Milton Alves e Fábio

O presidente estadual do partido, Milton Alves, apresentou as diretrizes políticas e os objetivos eleitorais do PCdoB para 2010. Segundo Milton, “no momento é fundamental o trabalho de mobilização dos militantes e amigos do partido para preparar as bases de campanha dos nossos candidatos. Aqui na região contamos com um partido aguerrido e com forte presença na juventude, o que facilita o desenvolvimento da campanha de Gomyde” . O dirigente acrescentou também ” que o partido está empenhado na construção de um forte palanque no Paraná para assegurar uma terceira vitória do povo, elegendo Dilma”.

Para o vereador Dr Manoel(PCdoB de Maringá), “a trajetória de Gomyde e o seu compromisso com as políticas públicas e programas de avanço social de Lula o credenciam na região para a disputa do mandato para deputado federal”. O vereador lembrou também ” do compromisso de Gomyde com o esporte em Maringá”.

Por sua vez, Rogério Calazans, presidente do PCdoB de Maringá, assinalou que “o partido vai para a disputa de 2010 mais fortalecido e organizado na região. A expectativa é muito positiva”. Calazans foi indicado como pré-candidato a deputado estadual pela macro região de Maringá.

Já Gomyde “agradeceu o esforço de todos que em pleno domingo se deslocaram até Maringá para debater o projeto eleitoral do partido. O que demonstra o empenho e o compromisso característico da militancia do PCdoB”.
O pré-candidato também rerforçou a importância da conquista do mandato de deputado federal para o partido, “uma prioridade no estado e a nível nacional”, já que o PCdoB quer ampliar de forma significativa a sua representação na Câmara de Deputados”

A reunião regional indicou um conjunto de desdobramentos como a preparação das convenções municipais no mês de maio e uma agenda dos candidatos na região durante este período.

No próximo dia 20(sábado) será realizada a reunião da Macro Região de Curitiba, área metropolitana e Litoral para preparar e mobilizar o contigente militante do PCdoB com vistas as eleições de outubro.



Tirado do VERMELHO

segunda-feira, 8 de março de 2010

Anita, a mulher que modernizou as artes brasileiras

Mazé Leite *

“Não posso falar pelos meus
companheiros de então, mas eu,
pessoalmente, devo a revelação do novo
e a convicção da revolta a ela
e à força de seus quadros”.
(Mário de Andrade)  


A obra de Anita Catarina Malfatti, uma das pintoras brasileiras de maior destaque, está tendo uma retrospectiva, em exposição do Centro Cultural Banco do Brasil, em Brasília. A mostra, que foi inaugurada no dia 23 de fevereiro e permanecerá até 24 de abril de 2010, apresenta 120 obras de 70 colecionadores particulares e de museus.

Anita Malfatti, nascida em São Paulo no dia 2 de dezembro de 1889, era filha do italiano Samuel Malfatti e de Betty Krug, norte-americana de origem alemã. Uma característica de sua personalidade era enfrentar os próprios medos e limites, desafiando sua própria fragilidade. A prova disso é que fez um esforço para aprender a desenhar com a mão esquerda, por causa da distrofia de que sofria na mão direita. Além disso, ela fez viagens ao exterior, em um tempo onde não era comum uma moça viajar sozinha pelo mundo. Por volta de 1912, ela foi para a Alemanha, patrocinada por um de seus tios maternos, que incentivava seu estudo de pintura. Depois de passar cerca de quatro anos entre Berlim e Dresden, Anita voltou ao Brasil, para depois viajar em mais uma temporada de estudos, desta vez aos Estados Unidos.

Por que Alemanha e Estados Unidos e não Paris, o destino desejado por qualquer artista plástico de sua época? Em entrevista à professora e estudiosa de Arte, Aracy Amaral, a irmã de Anita, Georgina Malfatti, explicou que isso se deu porque sua família vinha desses países, e essas línguas lhes eram familiares.

De sua experiência na Alemanha, disse Anita: “Procurei o homem de todas as cores, Lowis Corinth, e dentro de uma semana comecei a trabalhar na aula desse professor. (…) Não me lembro das comidas, dos cansaços, das viagens desse tempo, só da alegria de descobrir cores. Fiz uma viagem para o sul da Alemanha para ver a primeira grande exposição dos pós-impressionistas. Pissarro, Monet, Sisley, Picasso, o 'douanier' Rousseau, Gauguin e Van Gogh. Vi também Cézanne e Renoir”...

Voltou ao Brasil cheia de entusiasmo com o expressionismo alemão, mas não encontrou forma de compartilhá-lo com sua família. Ninguém lá gostou dos quadros expressionistas que ela trouxe de sua temporada do lado de artistas alemães. Isso impactou a artista de uma forma muito desestimulante, o que se repetiu em vários outros momentos de sua vida.

Mais uma vez ela obteve possibilidade de fazer novos estudos, desta vez nos Estados Unidos. Lá o grupo “Ash Can School” se solidificava em torno de uma série de pintores realistas americanos empenhados em retratar cenas da vida das cidades que começavam a absorver as populações de origem rural. Anita deve ter chegado aos EUA por volta de 1915. Em 1913 havia acontecido em Nova Iorque o “Armory Show”, um acontecimento artístico que representou para os EUA o que a Semana de 22 representa para nós, brasileiros. A artista encontrou, então, um ambiente de grande efervescência cultural e artística, muito reestimulante para ela. Anita estudou inicialmente na “Art Students League”, mas um pouco decepcionada com essa escola, procurou o atelier de Homer Boss, um pintor já muito conhecido, com quem ela aprendeu muito.

Em Nova Iorque, convivendo mais uma vez com artistas que se empenhavam na pesquisa de novas estéticas, Anita Malfatti viveu uma das fases mais intensas de sua vida artística, e foi uma época onde ela pintou muito, convivendo inclusive com artistas europeus que buscavam nos EUA refúgio contra a guerra e a fome. “Só falavam no cubismo”, ela disse “e nós começamos a fazer as primeiras experiências”.

A volta ao Brasil, mais uma vez, foi um baque para ela, por causa do conservadorismo reinante na São Paulo provinciana e pequena. “Quando viram minhas telas todos as acharam feias, dantescas, e todos ficaram tristes, não eram os santinhos dos colégios. Guardei as telas”, lamentou ela.

Mas em seguida, apareceu um convite para que ela expusesse esses quadros,, o que aconteceu de dezembro de 1917 a janeiro de 1918. Exposições eram raras por aqui, e apenas ocorriam por obra de viajantes de passagem, portugueses e italianos. O primeiro Salão paulista de Arte só surgiu em 1922.

Mas voltando à exposição de 1917, Anita mostrou que ousara como pintora, e seus quadros, no dizer de Aracy Amaral, “expressavam força, firmeza e vitalidade”. Eram 53 trabalhos entre pinturas, gravuras em metal, aquarelas, desenhos e caricaturas. Essa Exposição de Anita Malfatti, que aconteceu na rua Líbero Badaró, centro de São Paulo, chocou e desestruturou a consciência estética baseada até então num ideal de beleza acadêmico e neoclássico.

Monteiro Lobato escreveu no jornal “O Estado de São Paulo” uma crítica feroz à jovem pintora que tinha tido coragem de atacar os cânones da época. O artigo intitulado “A propósito da Exposição Malfatti – Paranóia ou Mistificação?”, publicado no dia 20 de dezembro de 1917, representava o conservadorismo em pânico, que se via ameaçado por uma jovem artista, frágil, tímida e com distrofia na mão direita, mas com uma vigorosa linguagem expressionista.

A Exposição de Anita de 1917 teve um papel revolucionário. Foi o estopim da pintura moderna no Brasil e o marco inicial de um movimento modernizante que culminou na Semana de Arte Moderna de 1922, e ela atraiu as atenções de um grupo de escritores jovens, como Oswald de Andrade, Mário de Andrade e Menotti Del Picchia, que tomaram a sua defesa contra os ataques conservadores de setores retrógrados da Paulicéia.

Mário de Andrade escreveu: “Parece absurdo, mas aqueles quadros foram a revelação. E ilhados na enchente de escândalo que tomara a cidade, nós, três ou quatro, delirávamos de êxtase diante de quadros que chamavam “O Homem Amarelo”, “Estudante Russa”, “Mulher de Cabelos Verdes”... (…) Éramos assim”.

O artigo violento de Lobato feriu profundamente a artista. Ela já convivia com a falta de apoio de sua família, a quem era muito apegada, e que preferia que seus quadros seguissem o estilo acadêmico. Anos depois, lembrando deste fato, Mário de Andrade diria: “... (ela) brigava todo dia consigo mesma porque tudo nela dizia 'Faça obra expressionista' porém a vontade berrava 'Faça obra impressionista pros outros lhe quererem bem' e a mão dela indecisa, tremendo entre essas coisas diferentes, se perdia pouco a pouco e se perdeu”.

Mas já estava cumprido seu papel histórico de unir as forças jovens em busca de um novo tempo nas artes. A pintora da “Estudante Russa”, de “A Boba”, de “O Farol”, está registrada como um marco para a pintura contemporânea brasileira. Anita é bandeira de renovação, mesmo que sua carreira não tenha prosseguido com aquela força inicial, e seja marcada pela inconstância. Era uma moça tímida em resistência contra toda uma sociedade atrasada. Era uma pintora, que com seus quadros ameaçava o conservadorismo do seu tempo.

Neste dia 8 de Março, Dia Internacional da Mulher, nada melhor do que relembrar essa figura de Anita Malfatti, que mudou os rumos da pintura brasileira e fez Mário de Andrade afirmar, anos depois: “... (meus companheiros) podem testemunhar se o primeiro espírito de luta, a primeira consciência coletiva, a primeira necessidade de arregimentação foi despertada ou não pelo que se passava na cidade, com a exposição de Anita Malfatti. Foi ela, foram seus quadros que nos deram uma primeira consciência de revolta e de coletividade em luta pela modernização das artes brasileiras. Pelo menos a mim.”









* Artista plástica, membro do Atelier de Arte Realista de Maurício Takiguthi, designer gráfica. Graduanda em Letras pela FFLCH-USP. Membro da coordenação da Seção Paulista da Fundação Maurício Grabois.



Tirado do VERMELHO.

8 de Março e as empregadas domésticas

Neste 8 de março, milhares de protestos ocorrem no planeta para comemorar o centenário do Dia Internacional da Mulher. Apesar das controvérsias históricas, a instituição desta homenagem foi aprovada na 2ª Conferência Internacional das Mulheres Socialistas, em agosto de 1910, proposta pelas comunistas Clara Zetkin, Rosa Luxemburgo e Alessandra Kollontai. A partir de então, ela passou a ser celebrada em datas distintas em cada país. A greve das tecelãs de São Petersburgo, em 8 de março de 1917, no clima da revolução russa, acabou unificando a data da homenagem.
Neste ano, as manifestações reafirmarão as bandeiras históricas do movimento feminista, contra a exploração de classe e a opressão de gênero. Também denunciarão as guerras imperialistas. No Brasil, os protestos serão focados na defesa no Plano Nacional de Direitos Humanos, que previa o direito ao aborto e foi alvo de brutal campanha das forças direitistas. Também será denunciada a violência contra as mulheres. Apesar dos avanços da Lei Maria da Penha, nove mulheres foram assassinadas no ano passado após registrarem ameaças de violência sexual e doméstica.
   
Pela valorização do trabalho da mulher
Como afirma a convocatória do protesto unitário de São Paulo, “voltamos a ocupar as ruas para comemorar o já conquistado, mas também para mostrar que a luta por autonomia, igualdade e direitos segue atual… Bandeiras históricas, como a socialização do trabalho doméstico, salário igual para trabalho igual, combate à violência, creches para todas as crianças e direito ao aborto, continuam na ordem do dia do nosso movimento. Seguimos batalhando para mostrar, a cada 8 de março, o quanto nossa sociedade ainda precisa avançar em relação aos direitos das mulheres”.
Um dos eixos do protesto será a luta pela valorização do trabalho. “Ainda hoje é desconsiderado economicamente o trabalho na esfera privada, que ocorre nos lares. Em média, a mulher trabalha 16 horas por dia; a maior parte não remunerada, outra parte, sub-remunerada. Mesmo com maior escolaridade, ela recebe em média 71% do salário masculino… Na crise econômica, as mulheres foram as mais atingidas, pois estão inseridas da forma mais precária no mercado de trabalho, predominando em profissões como empregadas domesticas e operadoras de telemarketing”.

Jornada semanal de 59 horas
Recente pesquisa do Departamento Intersindical de Estudos e Estatísticas Sócio-Econômicas (Dieese) reforça este eixo central da luta das mulheres. Ele aponta que a jornada de trabalho das empregadas domésticas com carteira assinada atingiu até 54 horas semanais em 2009. Para as trabalhadoras informais, a jornada semanal média chega a 59 horas. O estudo também aponta que o serviço doméstico é a atividade com pior remuneração no país. A empregada doméstica recebe, em média, metade do valor pago às trabalhadoras do setor de serviços.
Segundo Patrícia Costa, economista do Dieese, houve tímido avanço neste setor nos últimos sete anos. O trabalho se formalizou, o que tem ajudado a melhorar as condições da profissão. A maior escolaridade e a abertura de vagas no comércio e serviços também fizeram com que o emprego doméstico deixasse de ser a porta de entrada no mundo do trabalho para as mulheres jovens. De acordo com a pesquisa, mais de 77% das mulheres que exercem a atividade têm de 25 a 49 anos.
Mesmo assim, a situação das empregadas domésticas continua sendo uma das mais degradantes, o que reafirma a importância dos combativos protestos em homenagem ao Dia Internacional da Mulher. Na luta contra a exploração de classe e a opressão de gênero reside a força e atualidade do movimento feminista.

Como já ensinou Karl Marx, “a libertação da mulher é a condição para a libertação de toda a humanidade”. Viva o 8 de Março!


Tirado do Blog do Miro.

Parabéns a todas as mulheres pelo seu dia!

8 de março - dia internacional da mulher.


1911 - Dia das mulheres do mundo  
 
1ª celebração do Dia da Mulher, proposta da marxista alemã Clara Zetkin na Conferência Internacional da Mulher Socialista (Dinamarca, 1910). Calcula-se 1 milhão de participantes. Anos depois, a data se fixa: 8 de março.
Cartaz alemão para o 8 de Março de 1914

quinta-feira, 4 de março de 2010

terça-feira, 2 de março de 2010

Rodolfo Abrantes e Raimundos em Maringá. Juntos?

A banda de rock Raimundos estará em Maringá no dia 13/03.  Há boatos que Rodolfo Abrantes irá se apresentar junto com sua antiga banda, porem não sabemos se isso é certo.
No site oficial eles divulgam apenas o dia que irão passar por aqui. Local, horário e preço ainda estão no aguardo.

O que é certo é que no dia 6/03  Radolfo Abrantes, o ex-vocalista da banda Raimundos, irá se apresentar em Maringá com seu grupo Bola de Neve


Mais informações no SITE.

Audiência pública sobre cotas raciais reúne movimentos no STF.

Nesta quarta-feira (3/3), o STF (Supremo Tribunal Federal) será o palco de um fórum de debates sobre a política de reserva de vagas em universidades públicas com base em critérios raciais (as chamadas cotas). A audiência pública sobre políticas de ação afirmativa para reserva de vagas no ensino superior será aberta pelo ministro Ricardo Lewandowski. UNE, Ubes, Unegro e outras entidades participam da audiência.

Serão três dias de debates com 38 especialistas de associações, fundações, movimentos sociais e entidades envolvidas com o tema. Nos dias 3 e 4 de março a audiência será realizada no período da manhã, entre 8h30 e 12h. Já no dia 5 de março a programação será durante todo o dia.

Também participam da abertura da audiência pública o procurador-geral da República, Roberto Gurgel; o presidente nacional da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil), Ophir Cavalcante Filho; o advogado-geral da União, Luís Inácio Adams; e o ministro da Secretaria Especial de Políticas de Promoção de Igualdade Racial, Edson Santos de Souza.

Segundo informa a assessoria do Supremo, a audiência pública foi convocada por Lewandowski, relator da Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) 186 e do Recurso Extraordinário 597285 que serão julgadas pelo plenário da Corte. Os processos contestam a adoção de reserva de vagas em universidades públicas com base em critérios raciais.

Para Lewandowski, a audiência tem grande importância sob o ponto de vista jurídico, "uma vez que a interpretação a ser firmada por esta Corte poderá autorizar, ou não, o uso de critérios raciais nos programas de admissão das universidades brasileiras", afirmou quando da convocação da audiência.

Estudantes defendem cotas

O presidente da União Nacional dos Estudantes (UNE), Augusto Chagas, em entrevista dada a diversos veículos de comunicação, logo após o congresso da entidade, ocorrido em julho de 2009, defendeu a política de cotas: "A UNE defende a adoção de cotas sociais e, dentro delas, as cotas raciais, para diminuir o abismo educacional que existe para negros e índios dentro do recorte social de cada estado. Vamos continuar combatendo setores que não achem essas medidas significativas, pois elas são sinal de democratização de acesso à universidade". A União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (Ubes) possui resolução similar e defende a mesma opinião.

A ADPF 186 foi ajuizada pelo Partido Democratas (DEM) contra o Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão da Universidade de Brasília (Cespe/UnB) e questiona atos administrativos utilizados como critérios raciais para a admissão de alunos pelo sistema de reserva de vagas na UnB. Segundo o partido Democratas, há violação dos artigos 1º, 3º, 4º, 5º, 37, 207 e 208 da Constituição Federal.

Unegro: direita não tem compromisso

Em debate durante as atividades do Fórum Social Mundial Temático, ocorrido no mês de janeiro em Salvador (BA), a representante da União de Negros pela Igualdade (Unegro) e vereadora Olívia Santana (PCdoB/Salvador), declarou que "a direita não tem compromisso com o programa de combate ao racismo institucional", referindo-se justamente à ação do DEM contra o sistema de cotas nas universidades.

Já o Recurso Extraordinário 597285 foi interposto por um estudante que se sentiu prejudicado pelo sistema de cotas adotado pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). O estudante contesta a constitucionalidade do sistema de reserva de vagas como meio de ingresso no ensino superior. Ele não foi aprovado no vestibular para o curso de Administração, embora tenha alcançado pontuação maior do que alguns candidatos admitidos no mesmo curso pelo sistema de cotas.

As apresentações dos especialistas serão transmitidas ao vivo pela TV Justiça e pela Rádio Justiça, inclusive pela Internet. 



tirado do VERMELHO.

Prefeito de Sarandi, Milton Martini, é cassado!

 
Movimentos aguardaram desde às 8h em frente a câmara de vereadores de Sarandi.


O advogado e (ex) prefeito de Sarandi, Milton Aparecido Martini (PP) teve seu mandato cassado ontem (01/03). Todos os vereadores, inclusive os da base aliada, votaram pela cassação. A leitura do processo, por parte da Comissão Processante, terminou por volta das 4h, depois de mais de 20 horas ininterruptas de sessão. A sociaedade civil organizada aplaudiu o resultado.
Logo após foi marcada a posse do ex-vereador e vice-prefeito Carlos de Paula (PDT), que acontecerá hoje às 16h na câmara municipal de Sarandi.

Curso da UJS termina com grande Plenária Final!

O curso de formação da União da Juventude Socialista se encerrou domingo (28/02) com uma grande Plénaria Final entre os militantes de todo Paraná.

Estava presente Luana Bonone, membro da direção nacional da UJS debatendo a tese do 15° Congresso junto com o conjunto da militância do PR.

Além da tese, debates como conjuntura nacional, estadual, ampliação e organização da UJS foram levantados, além da troca de expêriencias militantes entre as cidades.

RUMO A CONSTRUIR O 15° CONGRESSO DA UNIÃO DA JUVENTUDE SOCIALISTA EM TODOS OS CANTOS DO PAÍS!



2010 é pra ser MUITO MAIS Brasil!



  • Confira o Documento Base para as discussões do Congresso em todas as suas etapas; municipais, estaduais e nacional.