O que pode ser entendido como violência contra a mulher?
Segundo a Convenção de Belém do Pará (1994), a também conhecida como violência de gênero “consiste em qualquer ação ou conduta, baseada no gênero, que cause morte, dano ou sofrimento físico, sexual ou psicológico à mulher, tanto no âmbito público como no privado”.
Não é necessário buscarmos em ambientes distantes do qual convivemos diariamente, na universidade, casos de agressão contra a mulher. Quem nunca ouviu a história de alguém próxima que já foi agredida pelo companheiro?
Um caso aqui de Maringá que repercutiu nacionalmente foi o da estudante de Fisioterapia da Uningá, que, conforme noticiado pela mídia maringaense, teria sido agredida pelo ex-namorado, que também teria ameaçado com uma arma um colega de sala da aluna, alegando que os dois teriam um caso.
Nem sempre estas agressões são físicas; a violência contra a mulher têm vários tipos. A que sempre acompanha as outras formas de violência é a psicológica, que, muitas vezes, acompanha por mais tempo quem sofre a agressão do que as seqüelas deixadas por ela. E ela não precisa, necessariamente, apenas acompanhar essas outras formas de tipos de violência que podem sofrer a mulher. Dissimuladamente, a violência psicológica está presente nos comentários que visam a ridicularização feminina, no isolamento de amigos e familiares baseado em chantagens emocionais, entre outras situações comuns no nosso cotidiano.
A prevenção contra toda e qualquer tipo de violência contra a mulher, mesmo em sua forma mais dissimulada, é feita através da CONSCIENTIZAÇÃO. Ela somente pode ser realizada quando homens e mulheres discutem e buscam juntos a emancipação dos que são socialmente menos favorecidos, para que haja uma participação igual destes na sociedade, bem como a criação de condições sociais para o estabelecimento de relações humanas reais entre homens e mulheres.
Por isso, nós da União da Juventude Socialista – UJS juntamente com o PCdoB realizaremos palestras e discussões que coloquem em pauta a situação feminina hoje, buscando essa conscientização entre a comunidade acadêmica, para que possamos cada vez mais combater qualquer tipo de violência contra a mulher.
Lais Soler, estudante de Secretariado Executivo Trilíngue.