sábado, 24 de agosto de 2013

Biblioteca marxista

Obras básicas
Essas são obras que todo mundo precisa ler! Se você está começando a estudar sobre o socialismo agora, recomendamos começar por essas indicações. E se tiver qualquer dúvida, pode mandar para o Paulo, secretário de formação da UJS Maringá (paulo-mai@hotmail.com)

"SOCIALISMO COM A NOSSA CARA!" 

Manifesto da União da Juventude Socialista (UJS).

"NAS REDES E NAS RUAS, LUTANDO PELO BRASIL DOS NOSSOS SONHOS"

Resoluções do 16º Congresso da UJS

"O FORTALECIMENTO DA NAÇÃO É O CAMINHO, O SOCIALISMO É O RUMO"

Programa Socialista do PCdoB.

"O MANIFESTO COMUNISTA"

Karl Marx e Friedrich Engels.


Clássicos do marxismo
Aqui estão outras obras muito interessantes. Se você está a fim de conhecer mais a fundo o socialismo científico, fique à vontade!


"A IDEOLOGIA ALEMÃ"
Karl Marx e Friedrich Engels.

"AS TRÊS FONTES E AS TRÊS PARTES CONSTITUTIVAS DO MARXISMO" 
Lênin.

"CONSCIÊNCIA DE CLASSE"
Georg Lukács.

"CRÍTICA DA FILOSOFIA DO DIREITO DE HEGEL"
Karl Marx.

"DO SOCIALISMO UTÓPICO AO SOCIALISMO CIENTÍFICO"

Friedrich Engels.

"ESQUERDISMO, DOENÇA INFANTIL DO COMUNISMO"

Lênin.

"O ESTADO E A REVOLUÇÃO"
Lênin.

"O IMPERIALISMO, FASE SUPERIOR DO CAPITALISMO"
Lênin.

"O PAPEL DO TRABALHO NA TRANSFORMAÇÃO DO MACACO EM HOMEM"

Friedrich Engels.

"QUE FAZER?"

Lênin.

"SALÁRIO, PREÇO E LUCRO"

Karl Marx.

"UM PASSO À FRENTE, DOIS PASSOS ATRÁS".
Lênin.

"UMA CONTRIBUIÇÃO PARA A CRÍTICA DA ECONOMIA POLÍTICA"
Karl Marx.

UJS faz ato de recepção aos médicos cubanos em Brasília e Salvador

Nós mal havíamos começado a pensar na Revolução e ainda no Moncada já estávamos falando dos serviços de saúde, e quando estávamos na Serra Maestra já prestávamos serviços de saúde a toda população com que tínhamos contato, desde os médicos, dentistas e enfermeiros que se incorporavam ao movimento. Isso deve ser uma convicção, um dever elementar dos revolucionários. Mas não somente do ponto de vista moral, também na prática política. Devemos dedicar mais atenção, mais recursos materiais e humanos aos serviços de saúde.
Discurso pronunciado por Fidel Castro
no VI Seminário internacional de Atenção Primária em Saúde,
em 28 de Novembro de 1997.

A União da Juventude Socialista defende a saúde pública e de qualidade, por isso desde o início defendemos o programa + médicos do governo federal.
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No Brasil cerca de 700 municípios não tem sequer um único médico disponível para a populção. A saúde cubana é uma das mais avançadas do mundo, com um sistema baseado na prevenção de doenças, Cuba ostenta índices de causar inveja a qualquer país, a média de vida na ilha é de 78,8 anos, o que é considerada uma média alta, a mortalidade infantil é de 5 para cada 1.000 nascimentos.

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A gritaria da grande imprensa e de setores corporativistas não passa de irresponsabilidade com a vida do povo que morre na fila dos hospitais. Os médicos cubanos são altamente qualificados e serão de grande valia para o país.

A UJS apóia a vinda de médicos de todas as nacionalidades que ajudem a tirar o país desta situação vergonhosa na saúde pública. Médicos cubanos e de todas as nacionalidades sejam muito bem vindos, o Brasil precisa de vocês.

Dos 400 médicos cubanos que participarão da primeira etapa, 89% têm mais de 35 anos, sendo 65% do total na faixa etária de 41 a 50 anos. Além disso, 84% têm mais de 16 anos de experiência em medicina, sendo 60% mulheres e 40% homens. Todos os profissionais cubanos já cumpriram missões em outros países, incluindo participação em missões em países de língua portuguesa, e têm especialização em Medicina da Família e da Comunidade. Do total, 20% têm mestrado em Saúde.

Os médicos que irão receber capacitação especial para atuar em municípios com população indígena serão concentrados em Brasília. A segunda etapa de capacitação do Programa Mais Médicos está prevista para ocorrer no mês de setembro.

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Segundo a OPAS, os médicos cubanos participarão de treinamento e avaliação para adaptação do idioma de língua portuguesa e saúde pública brasileira de 26 de agosto a 13 de setembro, totalizando 120 horas. Os aprovados nessa etapa serão deslocados aos municípios onde atuarão para iniciarem o atendimento à população, na segunda quinzena de setembro.

O representante da OPAS no Brasil, Joaquín Molina, ressalta que na negociação com Cuba a organização buscou um perfil de profissional direcionado às necessidades do programa Mais Médicos. “São médicos experientes, que já trabalharam em países de língua portuguesa e com especialização em saúde da família. Com certeza, estamos trazendo um grupo muito preparado ao Brasil”, afirmou.

O acordo de cooperação técnica – cujo objetivo é ampliar o acesso da população brasileira à atenção básica em saúde – foi firmado esta semana pelo Ministério da Saúde do Brasil e a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), representação da Organização Mundial da Saúde (OMS) para as Américas. Pelo acordo, fica definida a vinda de 4 mil profissionais de Cuba para as vagas que não foram escolhidas por brasileiros e estrangeiros na seleção individual do programa

A vinda dos médicos cubanos ira intensificar o debate sobre Cuba e seu modelo socialista, que naturalmente acontecerá em todos os espaços onde um cubano ou uma cubana estiverem trabalhando, assim como um intenso combate de idéias em toda a sociedade brasileira. Outro ponto é que, ainda que não resolva problemas estruturais, permitirá levar algum acesso à saúde para uma população esquecida pelos governos do Estado burguês, elemento que não podemos descartar, mesmo quando pensamos que o conceito de saúde é muito mais amplo do que a mera ausência de doenças. Ainda neste ponto, a presença de médicos de Cuba pode desencadear um debate/mobilização sobre a necessidade de ampliar os recursos à saúde, da formação de recursos humanos e de uma infra-estrutura que permita uma atenção integral e de alta qualidade, somente possível com um sistema 100% público e estatal.

Em Cuba, além da qualidade da formação e o reconhecimento internacional de suas instituições de educação médica, existe uma homogeneidade da formação nas suas diversas instituições de ensino superior, sem as grandes disparidades da formação como existem no Brasil. E para além da inegável qualidade técnica da formação médica, há nos médicos formados em Cuba uma preocupação, como em nenhum outro lugar no mundo, com a questão humanística e a emancipação do ser humano, experiência que é levada por eles aos diversos locais do mundo onde estão presentes. Por esses motivos é imprescindível defender um processo de revalidação imediato dos brasileiros graduados nesse país, com complementação curricular à realidade brasileira e inserção no Sistema Único de Saúde (SUS). O mesmo deve ser defendido para os graduados no exterior em instituições de qualidade reconhecida internacionalmente.

domingo, 4 de agosto de 2013

Liberdade de expressão tem que ser para todo mundo

O Brasil falou, gritou, fez-se ouvir. O momento de luta e efervescência da juventude e do povo mostra a necessidade de transformações profundas, exigem coragem para fazer os enfrentamentos e rupturas necessárias para rumar o país ao desenvolvimento social, pleno e soberano.

Precisamos consolidar nossa democracia, possibilitar que a diversidade e a liberdade de expressão, de fato, tenham voz e vez. Para isso é central o debate em torno da questão da mídia no Brasil, atualmente sob o domínio de sete famílias que monopolizam o poder da disseminação, na maior parte fabricação, de informação no país.

O histórico das empresas de comunicação deixa claro de que lado estão e a quais interesses servem. Desde sua participação no regime repressor comandado pelo Exército Militar, passando pela manipulação do debate eleitoral na eleição presidencial em 1989 e se apresentando hoje como o partido da direita conservadora no país, não são poucos os fatos que caracterizam a mídia, protagonizada e liderada pela Rede Globo, como o instrumento utilizado pela classe dominante manter o poder.

A jornada de junho mostrou, mais uma vez, as tentativas da imprensa de manipular e disputar a pauta que mobilizou milhões de jovens em todo o território nacional. Inicialmente condenando as manifestações, rapidamente mudou seu discurso ao identificar a possibilidade de influenciar e direcionar as mobilizações, tentando emplacar pautas como a contrariedade a PEC 37, a redução da maioridade penal, a abordagem despolitizada do combate à corrupção e a rejeição às organizações e partidos políticos.

É chegada a hora de dizer basta, a juventude nas ruas entoou de norte a sul a palavra de ordem mais ouvida “Fora Globo”. A tentativa da mídia de dirigir as manifestações teve como resposta diversos atos em frente a grandes jornais, revistas e emissoras, fortalecendo a luta pela democratização dos meios de comunicação. Tiveram, inclusive, que esconder sua marca dos microfones por conta da rejeição sentida nas ruas.

Exigimos do governo federal uma postura forte. É inadmissível o gasto de bilhões em publicidade para os grandes veículos de comunicação, os mesmos inimigos do estado e do povo brasileiro. A cedência e renovação de concessões sem regulamentação e a tolerância ao crime de sonegação de impostos pela Rede Globo. Não há pelo Ministério das Comunicações nenhuma iniciativa para fortalecer rádios e TVs comunitárias, investir na ampliação da TV Brasil e em canais mais democráticos. O ministro Paulo Bernardo tem sido um aliado do monopólio midiático, de costas para o movimento social e para os anseios da população. Fora Paulo Bernardo!

A União da Juventude Socialista em conjunto com os movimentos sociais, coletivos de comunicação, blogueiros progressistas e a todos que lutam pela democratização da mídia será incansável, a juventude invadiu as ruas com o sentimento e a vontade de participar independente das grandes coberturas televisivas.

Precisamos potencializar a internet como um meio para disputar a opinião da juventude, inserir esse debate no interior das escolas e universidades formando comitês e recolher até o mês de dezembro 100 mil assinaturas para o Projeto de Lei de Iniciativa
Popular de Democratização da Mídia. Liberdade de expressão tem que ser para todo mundo!

Quero Copa, Saúde e Educação!

As Copas do Mundo e Olimpíadas são sempre fatores de grande mobilização popular. O esporte, em especial o futebol, é elemento forte da constituição da identidade nacional brasileira e onde o talento do nosso povo se manifesta na sua potência máxima.

Importante relembrar que na Copa de 58, onde o Brasil era um país com pouca projeção mundial, com um povo fortemente subjugado, a vitória da Copa acendeu a chama da nossa autoestima, que passou a ter por ídolo pela primeira um jovem negro, o Pelé.

Agora, esses eventos acontecem aqui e abrem a oportunidade de garantir fortes
investimentos em infraestrutura, base fundamental para o desenvolvimento, como a reforma de aeroportos, estádios, realização de obras viárias e com isso a geração de milhões de empregos.

As jornadas de junho trouxeram a tona, questionamentos acerca dos problemas na mobilidade nos grandes centros urbanos. As obras de melhoria de mobilidade contidas nos projetos dos grandes eventos, não estão concluídas ou, em alguns casos, não saíram do papel. São obras que podem melhorar a qualidade de vida de milhões de pessoas e precisam se concretizar.

A possibilidade do êxito desses grandes eventos esportivos como a Copa de 2014 e as Olimpíadas de 2016, são a prova de que o Brasil é um país de grande capacidade, com um povo criativo e trabalhador e que não está fadado ao fracasso eterno. Essas qualidades, esse ímpeto, precisam ser revertidos para mobilizar a nação e dar cabo de resolver problemas centenários na saúde, educação, ciência e tecnologia.

A UJS faz parte dos que querem que a Copa dê certo, no entanto acreditamos que a FIFA com sua agenda internacional, tem um projeto de tornar o futebol
elitizado e para poucos. Desse projeto não compartilhamos. Queremos que o futebol permaneça como um esporte popular, democrático e que a maioria do povo possa desfrutá-lo plenamente, dentro e fora dos estádios.

Por isso somos contra as concessões dos estádios e aparelhos esportivos à iniciativa privada! Somos contra as novas regras dos estádios que não permitem a venda de comidas regionais, proíbem a entrada de bandeirões e instrumentos das torcidas organizadas e tudo que iniba a participação popular.

Somos pelo Fora Marin! Os que ao longo da história estimularam e se
beneficiaram do sentimento de “vira latas” em nosso povo, são desejosos do fracasso da realização da Copa.

É falso o argumento de que não deixa qualquer retorno para a sociedade ou que tira investimentos de áreas como saúde e educação. A Copa é mais uma oportunidade para o Brasil ter mais investimentos, e da parte dos movimentos sociais, mais uma oportunidade para lutar por escolas e hospitais com alto padrão de qualidade.

Ao todo serão esperados na Copa 600 mil turistas estrangeiros e 3 milhões de turistas brasileiro. Na Copa da Alemanha esse turismo deu impacto de 5,5 bilhões na economia. No que diz respeito aos investimentos em infraestrutura são cerca de 985 bilhões investidos de 2011 a 2014, sendo esses distribuídos: 905 bilhões em obras do PAC 2 que inclui transporte, energia, saneamento básico, habitação, saúde e educação. 31 bilhões em transporte público e mobilidade urbana em 51 cidades; 26 bilhões em estádios, segurança, transporte e turismo nas cidades-sedes e 23 bilhões do setor privado investido nos aeroportos.

O Brasil que foi às ruas demonstra a capacidade de luta e de sonhar de uma nação forte, democrática e soberana. Seguiremos na luta em defesa de um Brasil justo, desenvolvido, com serviços de qualidade e capaz de realizar esses grandes eventos esportivos que orgulhem seu povo!

Carta Dina

Nós somos fruto da nossa história, herdeiros da coragem de jovens que sonharam e conquistaram o novo. Nas nossas veias pulsam os versos do poeta dos escravos, Castro Alves, e a irreverência dos “Caras pintadas”. Nas ideias a convicção revolucionária dos Guerrilheiros do Araguaia, que nem sob as mais severas violências, delataram seus camaradas ou desistiram de lutar por um mundo de iguais.

A União da Juventude Socialista nasce em tempos de democracia, mas em tempos onde a ideologia predominante no sistema é do indivíduo que prevalece sobre o coletivo, do ter sobre o ser, dos padrões de comportamento “aceitáveis” sobre a diversidade. Nossa missão é despertar nos corações e mentes de brasileiros e brasileiras que somente a ação coletiva é forte suficiente pra mudar o mundo e dar passagem ao novo.

Foi essa a experimentação dos milhares de jovens que ocuparam as ruas dos quatro cantos do Brasil nas jornadas de junho e com ela, uma certeza se aflora: o povo unido, jamais será vencido. E a luta pelos 0,20 centavos da tarifa de ônibus, abre alas para se questionar profundamente os rumos da nossa sociedade. Vira a luta por mais direitos para o povo, pela qualidade dos serviços públicos básicos e pelo direito à participação política.

A UJS participou das principais conquistas da juventude nesses 29 anos, seja aprovação do voto aos 16, a “revolta do buzu”, a criação de novas escolas técnicas e universidades públicas, a política de cotas, o Fies e o Prouni. E agora, em meio a maior crise econômica vivida pelo capitalismo, o Brasil precisará se posicionar sobre que projeto de país seguirá construindo. Não é possível servir à dois senhores.
“Quem é o inimigo, quem é você?”

Os inimigos do povo, nem sempre mostram a face claramente. Se escondem atrás dos sentimentos do mercado seja o “nervosismo”, seja o “otimismo”, como é o caso do CAPITAL FINANCEIRO. Ou mesmo, se escondem atrás da farsa da “imparcialidade” ou da “neutralidade” da grande MÍDIA. Mas o povo não é bobo e sabemos que estão à serviço daqueles que lucram com a miséria, a ignorância e a corrupção. Com os que tem por projeto uma nação para as elites e ao povo a violência policial, desemprego e a subserviência.

Acreditam num “desenvolvimento” com concentração de rendas, privatizações, redução de direitos dos trabalhadores e um Brasil de joelhos para o Império. Essa é a fórmula da burguesia financeira mundial que tem levado a juventude, na Europa em crise, à resistir nas ruas. 

À mídia, completamente dominada pelos interesses privados desde à ditadura, resta ser o grande porta voz dessa política e para isso vale todo e qualquer tipo de manipulação. Vimos a caracterização da juventude em luta nos editorias migrando de vândalos a heróis da pátria, numa clara tentativa de disputar a pauta das manifestações. 

A estrada vai além do que se vê

Mudar esse mundo é tarefa de milhões. Buscamos nessa última década, onde os trabalhadores e mulheres chegam ao governo central com Lula e Dilma, construir outro modelo de desenvolvimento que tem como centro justamente a distribuição de rendas, a integração solidária com os povos irmãos da América Latina e o aprofundamento da democracia. 

Mas a coalisão ampla que governa nosso país, não foi capaz ainda de fazer as rupturas necessárias para concluir a transição democrática iniciada com a derrota da ditadura militar. A pluralidade de opiniões da sociedade permanece sufocada pelo monopólio dos meios de comunicação; o capital privado é o principal financiador das campanhas eleitorais e, portanto, o principal ganhador das eleições; as escolas e universidades precisam de mais investimento e qualidade para uma educação crítica e libertadora e nossas cidades mais acolhedoras e seguras para a população.

Após 10 anos, precisamos botar o pé no acelerador e construir uma transição mais profunda na sociedade brasileira. Será tarefa da juventude impulsionar esse novo ciclo de mudanças que enfrente esses problemas. A UJS deverá recolher 100 mil assinaturas para o Projeto de Lei de Iniciativa Popular de Democratização da Mídia, para que mais vozes possam se expressar em nosso país. No campo da Reforma Política, é preciso fazer uma campanha de conscientização pelo fim do financiamento privado de campanha e fortalecer os debates públicos. Na educação, seguiremos na luta pelos 10% do PIB e 50% do fundo do pré-sal para a ampliação dos investimentos, e a UJS deve fortalecer a grande Jornada das Juventudes dia 28 de agosto.

Nas periferias, nossa luta é pelo combate a violência à juventude pobre e negra praticada cotidianamente pela polícia e pela ausência de serviços públicos básicos. Diremos em bem alto que somos Contra a Redução da Maioridade Penal e somos pela Desmilitarização da polícia. Diremos mais alto ainda que queremos o Passe livre em todas as cidades e assegurar nosso direito de ir e vir livremente. 

Socialismo vive!

O capitalismo já deu as demonstrações de que não é capaz de assegurar a felicidade e bem estar a todos os homens e mulheres igualmente, no Brasil e no mundo.
O socialismo é uma necessidade da humanidade, mas acima de tudo uma construção consciente e coletiva de homens e mulheres que sonham com um mundo de igualdade. Requer atos cotidianos de coragem para enfrentar as opressões do cotidiano do sistema e ainda assim, permanecer firme na luta. 

Nos inspiramos na Guerrilheira do Araguaia Dina, aguerrida combatente, exímia atiradora, ligeira na fuga dos militares e legitima representante da força social que as mulheres representam na nossa história e nos dias atuais. E essa força de quem deu sua própria vida pela democracia e liberdade no nosso país continuará sendo a marca da juventude brasileira que não permitirá retrocessos, pelo contrário, irá avançar na construção do Brasil dos nossos sonhos!

Viva a juventude do Araguaia!

Viva a guerrilheira Dina!

Por manhãs de sol e socialismo!

Juquitiba, 21 de julho de 2013.

Novos diretores da UNE mostam diversidade de luta dos estudantes

A história da União Nacional dos Estudantes (UNE) vem sendo escrita há 76 anos por diferentes sotaques. Mineiros, baianos, pernambucanos, paulistas e muitos mais formam o grande mosaico que é a entidade – uma verdadeira união de cada canto desse imenso Brasil.

Como não poderia deixar de ser, a luta também é plural. Nesta última quinta-feira (1/8), a nova diretoria tomou posse no auditório da Faculdade de Economia e Administração da USP com muitos desafios pela frente. São 84 diretores das mais distintas regiões que irão defender pautas diversas como o combate ao racismo, a cidadania LGBT, fim do machismo e mais investimentos em uma educação pública e de qualidade para todos.

Com sorriso e disposição típicos do povo baiano, Marcela Ribeiro estuda Direito na Universidade Católica de Salvador. Por ter enfrentado uma série de adversidades em sua instituição de ensino, Marcela se envolveu com o movimento estudantil. ‘’Não tinha como ficar de olhos fechados para a postura antidemocrática da reitoria. Decidi que devia lutar contra isso’’, contou.

Aos 24 anos, empossada diretora de combate ao racismo, ela espera continuar contribuindo cada vez mais. ‘’A gente tem passado por um momento de democratização do ensino superior e garantir que negros e negras estejam inseridos neste novo quadro será uma das minhas lutas’’, afirmou.

Vindo do interior do Pará, mais precisamente da pequena cidade de Castanhal, o novo diretor de políticas educacionais, Thiago Ferreira promete muita combatividade. ‘’Vamos universalizar o ensino. Este é um dos nossos objetivos’’, falou.

Lucas Maróstica acrescenta o sotaque gaúcho à diretoria. Assumindo a pasta LGBT da entidade, o estudante de Ciências Sociais da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) está confiante que o trabalho da UNE nesse período possa alcançar avanços no combate à homofobia. ‘’Vamos abrir um debate franco em torno da diversidade sexual para que cada um possa amar livremente a quem bem entender, sem preconceitos’’, enfatizou.

Vivendo há dois anos na capital paulista, o pernambucano Yuri Pires é estudante de Letras na USP e foi reeleito como 1ºvice-presidente nessa nova gestão. Yuri conheceu o movimento estudantil ainda em sua cidade natal, sentindo na pele a falta da assistência estudantil nas universidades brasileiras. ‘’Estudando na Universidade Federal Rural de Pernambuco, pude constatar como a ausência de um restaurante universitário de qualidade afeta o dia- a- dia dos estudantes”, pontua. Para esta gestão, ele tem grandes expectativas. ”Vivemos um novo momento da juventude. As jornadas de junho nos ensinaram que é preciso ter mais ousadia na agitação. Esse será um dos nossos focos e desafios”.

Katu Silva é mais um pernambucano vivendo em solo paulista e agora, parte para mais um desafio na sua militância estudantil. Antes vice-presidente da UEE-SP, atualmente diretor da UNE como 1º tesoureiro. Para ele, o que vem emperrando o desenvolvimento mais robusto do país é a política econômica. ”Nossa grande luta será mudar a política econômica com juros altos e superávit primário para avançar nas pautas da juventude”.

Inspirada pelo pai músico, a pitada mineira da diretoria vem de Patrícia de Matos que, com apenas 19 anos já assumiu uma grande responsabilidade: ser diretora de cultura. Criada no Distrito Federal, a estudante de Pedagogia da Universidade deBrasília (UNB) acredita que a força da entidade está mesmo na sua pluralidade. ‘’São muitos sotaques, pensamentos e vontades que formam a UNE e norteiam as nossas lutas por um país melhor’’, disse.

Renata Bars