quarta-feira, 12 de dezembro de 2012

Pressionado, Richa recua e desiste de estragar a matriz curricular das escolas do Paraná


O governador Beto Richa (PSDB) desautorizou a Secretaria de Estado da Educação (SEED), comandada pelo seu vice Flávio Arns (PSDB), a alterar a matriz curricular das 2,1 mil escolas paranaenses a partir do ano que vem para o ensino médio.
Pressionado pela comunidade escolar, que saiu às ruas das principais cidades do estado, o tucano voltou atrás. A proposta de mudança no currículo, sem debates, uniu toda a esquerda contra o governo.
O recuo do governador significa uma importante vitória dos paranaenses, que se opuseram à redução de disciplinas como filosofia, sociologia, educação física, artes, dentre outras, para ampliar as de matemática e português apenas por uma jogada de marketing as custas da qualidade do ensino público.
Nossa luta não é em vão, agora temos que garantir ainda que não mude no ensino fundamental, onde há toda a formação formal, social e cultural dos cidadãos.

Fonte: Esmael Morais

terça-feira, 4 de dezembro de 2012

Estudantes de Maringá saem às ruas nesta terça contra a política educacional de Richa

O ato teve início às 8h30, com concentração na Praça Raposo Tavares, seguido de uma passetata até o Núcleo Regional de Educação.

Valeu pela participação, UJS Sarandi!






































segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

Atenção Primária à Saúde: uma receita para todas as estações?

É incrível que a proposta da Atenção Primária à Saúde (APS) continue a despertar reflexões e debates após três décadas da realização da Conferência de Alma-Ata. No caso, porém, de um texto elaborado por Mario Rovere, intelectual e homem de ação da Saúde Coletiva latino-americana, impõe-se uma atenção especial.
Assim, pode-se entender a APS como um dos níveis de atenção onde ocorreria o primeiro contato de uma pessoa com o sistema de saúde, como um programa focalizado e seletivo com oferta limitada de serviços dirigido a populações pobres ou, ainda, como uma estratégia de reorientação de sistemas e serviços de saúde. Portanto, há posições e interpretações para todos os gostos, interesses e políticas.

Até países que buscaram denominações substitutas diante do mal estar provocado pelo caráter seletivo da concepção dominante de APS, como foi o caso do Brasil ao optar pela expressão ‘atenção básica’ e chamando de ‘estratégia’ o Programa de Saúde da Família (PSF), terminaram submetendo-se à marca APS e limitando-se a realizar, na maioria das vezes, intervenções pobres para pobres, isto é, uma medicina ‘simplificada’para gente simples que ficaria satisfeita até mesmo com uma ‘atenção primitiva de saúde’, conforme nomenclatura crítica cunhada por Testa (1992).

Ao recuperar a trajetória dessa proposta após Alma-Ata, quando a Fundação Rockefeller empenhou-se na instalação de uma agenda alternativa e regressiva mediante a difusão de uma APS seletiva, via United Nations Children’s Fund (UNICEF) e Banco Mundial, na época de Ronald Reagan e Margaret Tatcher, o texto oferece indicações de que existem questões de fundo que transcendem denominações. Para além das lutas ideológicas ou teóricas em torno desse ‘constructo’, existe o poder econômico do capital e o poder político dos Estados submetidos a uma dada ordem mundial que determinam, em última análise, a direcionalidade das intervenções em saúde.

domingo, 2 de dezembro de 2012

Coisas feitas para quebrar – Sacanagem Industrial


Quantos celulares você já comprou desde seu primeiro? Alguns não? Aposto que mais de 5 no mínimo para quem tem menos de 40 anos de idade. Tudo muito normal… “São as novas versões, eu tenho que acompanhar!” Se fosse só com celulares tava tudo bem, o problema é que essa troca constante acontece com tudo o que consumimos. Tudo o que compramos é feito PROPOSITALMENTE para estragar. E isso é novo? Não, não é.

Na década de 20 do século passado, a explosão de consumo gerada pela revolução industrial começava a desacelerar. As pessoas estavam comprando menos. Depois que as famílias tiveram suas necessidades satisfeitas pelas maravilhas da comodidade tecnologica, o sonho americano começou a perder o brilho. Pense comigo, se já estou satisfeito não há motivo para comprar mais. Constatando isso, as industrias previram o seu desaceleramento econômico (perda de dinheiro) e puseram suas mentes malignas para trabalhar. Foi então que  Alfred Sloan, presidente da General Motors teve uma brilhante idéia (para a indústria é claro) que nos legou uma escravidão velada. A Obsolescência Programada.

Essas são as palavras de Victor Lebow, um analista de varejo da época, que articulou todo o processo:

NOSSA ECONOMIA ALTAMENTE PRODUTIVA EXIGE QUE FAÇAMOS DO CONSUMO NOSSO MEIO DE VIDA. DEVEMOS CONVERTER A COMPRA E O USO DESSES BENS EM RITUAIS. QUE BUSQUEMOS NOSSA SATISFAÇÃO ESPIRITUAL, A SATISFAÇÃO DO NOSSO EGO, EM CONSUMO. PRECISAMOS TER COISAS CONSUMIDAS, QUEIMADAS, SUBSTITUIDAS E DESCARTADAS DE MODO MAIS E MAIS ACELERADO." 

sábado, 1 de dezembro de 2012

Maringá fede Barros

Junte-se à UJS na luta contra a especulação imobiliária!

Manifestação contra a mudança da matriz curricular das disciplinas de Filosofia, Sociologia, Artes e Ed. Física


 O governo do Beto Richa, o mesmo que pôs fim a projetos como o Fera-ConsCiência, está armando mais uma contra os estudantes. Ele pretende alterar, sem nenhuma discussão, a matriz curricular do estado. Da forma como está posta, disciplinas como sociologia, filosofia, inglês, arte, ed. física, entre outras, correm o risco de perder aulas para que possa serem aumentadas as aulas de língua portuguesa e matemática.
 
O interesse desta medida é que os estudantes paranaenses alcancem uma maior nota na prova do Ideb que os de outros estados. Como as disciplinas mais cobradas nessa avaliação são as de língua pátria e matemática, o governo pretende aumentar a carga horária dessas em detrimento de outras tão importantes quanto.
Precisamos sim de uma mudança na matriz curricular, mas uma mudança para melhor. Não do jeito que está sendo proposta.
A qualidade na educação se dá através de financiamento e políticas para o setor. Nada disso vem sendo feito.
O governo militar sabia muito bem da importância destas disciplinas a ponto de tê-las retirada do currículo nos anos de chumbo. Não deixaremos que o PSDB retome essa prática.

Venha conosco expressar nosso repúdio a essa atitude do governo do estado.


04/12/12
08:30 hrs
Saída: Pç. Rapouso Tavares

Para maiores informações, acesse:
http://www.facebook.com/events/347722121992271/
Organização: UJS, UBES, UPE, UNE, UPE, MTM, CAFIL, CA de História APP, UMES, USES, ANEL,  CSP Conlutas, CUT, PSTU, PSOL, PCdoB, PT, Grêmio Estudantil do IEEM, do Gastão, do Itiberê, do Panorama, do Kolody, do Independência, do Bilac, do Lisboa e do CEEBEJA de Sarandi.

sexta-feira, 30 de novembro de 2012

Julgamento do mensalão foi “um soluço na história do Supremo”, diz Bandeira de Mello

“Não se condenará mais ninguém por pressuposição”

Felipe Amorim – 28/11/2012 – 18h18

Na opinião do jurista Celso Antônio Bandeira de Mello, o julgamento do mensalão “é um soluço na história do Supremo Tribunal Federal”. Para o renomado especialista em Direito Administrativo, a Suprema Corte do país não vai repetir em outros casos a mesma “flexibilização de provas” utilizadas para fundamentar a sentença: “não se condenará mais ninguém por pressuposição”. Cético quanto à postura de alguns ministros na condução da Ação Penal 470, o jurista avalia que garantias básicas foram transgredidas, em um julgamento fortemente influenciado pelo furor do que chamou de “opinião publicada”, difundida por jornais e revistas que formam um verdadeiro “cartel”, na sua visão.
Para melhorar a dinâmica do STF, ferramenta útil seria a fixação de um mandato de oito anos para que cada magistrado exerça o cargo. “Tanto somos chamados de excelência, que o camarada acaba pensando que ele é a excelência”, lembrou.
Embora há muito ouvida de um colega antigo e ex-membro da Suprema Corte, a frase veio à memória do administrativista ao defender a fixação do mandato rígido. Perguntado sobre como aperfeiçoar o modelo da mais alta corte do país, confessa, no entanto, ter mais dúvidas do que certezas. Ao mesmo tempo em que não consegue definir qual o melhor processo para escolha dos novos ministros, Bandeira de Mello é assertivo ao sugerir que o plenário deveria ter um número maior de juízes de carreira entre o colegiado: são eles quem, “desde meninotes”, têm a convicção de serem imparciais e alheios às influências.

quinta-feira, 29 de novembro de 2012

Nota de repúdio ao Projeto de Lei do Executivo referente à terceirização de espaços de lazer do Parque do Ingá

Inaugurado em 22 de setembro de 1975 e com uma superfície de 47,43 hectares, o Parque do Ingá situa-se na área central do perímetro urbano de Maringá. Foi declarado como área de preservação permanente em 1990. A reserva, um dos mais importantes remanescentes de Mata Atlântica da região,
abriga espécies de flora e fauna ameaçadas de extinção.


Antes de seu fechamento (em 2009), o parque era visitado por aproximadamente 3 mil pessoas ao dia nos finais de semana e em torno de 1,5 mil nos demais dias, considerando as áreas interna e externa, podendo ser assim considerado o principal espaço destinado ao lazer da população de Maringá e também de toda região metropolitana.


As principais atrações existentes no local são o lago artificial, a pista de caminhada externa com mais de 3 km e o Jardim Imperial Japonês em homenagem ao Imperador Akihito.


Entre as obras executadas com dinheiro público no Parque do Ingá durante o tempo que estava fechado estão a implantação de circuito de arvorismo e tirolesas atravessando o lago (o projeto foi aprovado pela Câmara dos Vereadores em janeiro de 2010, a construção iniciaou-se em maio de 2010 e teve conclusão em setembro de 2010, no entanto ainda não está em funcionamento), o recape da pista ao redor do lago e drenagem para uso das bicicletas especiais (trabalho concluído e bicicletas adquiridas), pista de aventura com brinquedos de madeira instalados em uma das trilhas de acesso ao lago, a demolição e readequação das jaulas do antigo zoológico, passarela do Portão 2 com acesso pela Vila Operária (que chegou a ser construída, mas sequer foi inaugurada), iluminação na pista de caminha do lado externo, reforma dos banheiros, revitalização da santa. Muitas destas obras construídas com dinheiro público estão prestes a serem entregues à iniciativa privada. Bens públicos devem ser de livre acesso à população que, alias, pagou pela sua construção.


Constitucionalmente, o Estado deve fornecer espaços públicos de lazer. Estes espaços não são gratuitos, pelo contrário, custam caro para a população e são pagos diariamente nos impostos. O que o município vem oferecendo em contrapartida à elevada carga tributária? A atual administração da prefeitura abandonou os parques da cidade. Os parques Alfredo Nyefeler, Horto Florestal, o Bosque Borba Gato estão em condições semelhantes, ou piores, que o Parque do Ingá. Não existem opções públicas para lazer em quantidade suficiente, e as poucas existentes não oferecem a estrutura adequada, estão em péssimo estado de manutenção e não temos a garantia de segurança nesses locais.


Outro ponto a ser levado em consideração é o quão prejudicial as atividades propostas serão para o parque como unidade de preservação permanente. Um dos poucos remanescentes da Mata Atlântica na região não pode ser posto em risco para que terceiros obtenham lucro.


Podemos ainda questionar se existe interesses individuais por traz do abandono do Parque do Ingá e do projeto de privatização, que foi encaminhado pelo prefeito Silvio Barros à Câmara em regime de urgência.


O Parque do Ingá não pode ser privatizado. Sua disponibilidade para visitação deve ser sempre um direito de todos e as atividades nele realizadas deve ter em vista a preservação ambiental o lazer da população, jamais o ganho de terceiros.


Não ao Projeto de Lei Ordinária 12482 2012 do Executivo que autoriza a administração municipal a outorgar a concessão de uso onerosa de espaços e equipamentos do Parque do Ingá, não à privatização.


UJS Maringá, 07 de novembro de 2012

Jovens cientistas da UJS



O governo do PSDB no Paraná pôs fim à maior feira de ciências e cultura estudantil do estado. Eram dezenas de cidades, escolas, universidades, alunos e professores envolvidas na produção e disseminação da ciência e da arte.
Escolas não é depósito de crianças, queremos a volta imediata do Projeto Fera ConsCiência, por mais ciência, arte e cultura!

Manifestação contra a mudança da matriz curricular das disciplinas de Filosofia, Sociologia, Artes e Ed. Física

O governo do Beto Richa, o mesmo que pôs fim a projetos como o Fera-ConsCiência, está armando mais uma contra os estudantes. Ele pretende alterar, sem nenhuma discussão, a matriz curricular do estado. Da forma como está posta, disciplinas como sociologia, filosofia, inglês, arte, ed. física, entre outras, correm o risco de perder aulas para que possa serem aumentadas as aulas de língua portuguesa e matemática.
 
O interesse desta medida é que os estudantes paranaenses alcancem uma maior nota na prova do Ideb que os de outros estados. Como as disciplinas mais cobradas nessa avaliação são as de língua pátria e matemática, o governo pretende aumentar a carga horária dessas em detrimento de outras tão importantes quanto.

Precisamos sim de uma mudança na matriz curricular, mas uma mudança para melhor. Não do jeito que está sendo proposta.

A qualidade na educação se dá através de financiamento e políticas para o setor. Nada disso vem sendo feito.

O governo militar sabia muito bem da importância destas disciplinas a ponto de tê-las retirada do currículo nos anos de chumbo. Não deixaremos que o PSDB retome essa prática.

Venha conosco expressar nosso repúdio a essa atitude do governo do estado.


04/12/12

08:30 hrs

Saída: Pç. Rapouso Tavares

Para maiores informações, acesse:
http://www.facebook.com/events/347722121992271/

quarta-feira, 28 de novembro de 2012

Sílvio Barros e o fomento à especulação imobiliária.

Quem faz a cidade somos nós, Reforma Urbana já!

Praticamente todas as considerações sobre os problemas das cidades atualmente podem ser relacionados à especulação imobiliária. Campos Filho (2001, p. 48) define especulação imobiliária, em termos gerais, como
[...] uma forma pela qual os proprietários de terra recebem uma renda transferida dos outros setores produtivos da economia, especialmente através de investimentos públicos na infra-estrutura e serviços urbanos[...].
A especulação imobiliária, nesta perspectiva, é caracterizada pela distribuição coletiva dos custos de melhoria das localizações, ao mesmo tempo em que há uma apropriação privada dos lucros provenientes dessas melhorias.
As melhorias que acabam valorizando os terrenos e dando origem à especulação imobiliária podem ocorrer de muitas formas; as mais comuns referem-se à provisão de infra-estrutura (água, esgoto, energia), serviços urbanos (creches, escolas, grandes equipamentos urbanos) e às melhorias realizadas nas condições de acessibilidade (abertura de vias, pavimentação, sistema de transporte, etc.).
especulacao_imobiliaria_01
Tais melhorias, quando realizadas no entorno de um terreno, acabam agregando-lhe maior valor. Terrenos com boa infra-estrutura são mais caros que terrenos sem nenhuma infra-estrutura. O mesmo vale para a pavimentação das vias. Outro caso relativamente comum é o de terrenos que não são muito bem localizados, até que uma nova avenida ou rua importante é aberta, melhorando suas condições de acessibilidade. Seu preço, por consequência, acaba aumentando quase que instantaneamente.
Outra forma de melhoria da localização acontece pelo simples acréscimo de novas edificações no seu entorno, o que por si só torna sua acessibilidade melhor em relação ao conjunto da cidade. Em outras palavras, a ocupação por atividades (residenciais, comerciais, etc.) ao redor de um terreno torna-o mais próximo – e portanto com maior acessibilidade – a uma nova gama de possibilidades de interação com o resto da cidade. Essa possibilidade de interação, por sua vez, é um aspecto valorizado pelas pessoas no momento de escolher um determinado local e, por isso, acaba também contribuindo para o aumento do preço do solo.
Como vimos, o que se chama de “melhoria” de uma localização é o processo através do qual a qualidade da localização de um terreno em relação à disponibilidade de infra-estrutura e a outros terrenos (e portanto a outras atividades e centros de interesse) é aumentada. Dessa forma, os terrenos chamados “de engorda” ficam vazios, à espera de que o desenvolvimento da cidade se encarregue de valorizá-los, sem que nenhum investimento tenha sido feito pelo proprietário (a não ser, é claro, o IPTU, que no entanto é irrisório comparado à valorização da terra). Todo o investimento foi feito pelo Poder Publico, principalmente no caso das infra-estruturas,  e por outros proprietários privados.
Muitos contribuem para a valorização, mas poucos ficam com os lucros.
O especulador imobiliário, ao investir uma quantia de capital em um terreno ocioso, não está contribuindo em nada para a sociedade. Não gera empregos, não presta nenhum tipo de serviço, e pior: ainda traz inúmeros prejuízos para a coletividade. Ainda assim, por causa da valorização imobiliária conseguida através de investimentos feitos por outros setores da sociedade, alcança lucros muitas vezes bastante grandes.
Outra maneira de “melhorar” a localização de uma área é melhorar a qualidade dessa localização em relação ao resto das áreas disponíveis no mercado, através do acréscimo de novas áreas que sejam piores que elas. Assim, às vezes o preço de um determinado terreno sobe sem que haja nenhuma modificação no seu entorno. Isso acontece porque loteamentos são criados nas piores localizações, normalmente na periferia, isolados do tecido urbano e em condições precárias de infra-estrutura. Entretanto, mesmo esses loteamentos têm que, no mínimo, cobrir seus gastos de produção e conferir algum lucro ao empreendedor, definindo, portanto, os menores preços do mercado de terras.
especulacao_imobiliaria_tipo_02
Com isso, o “ranking” de localizações é rearranjado, pela introdução, na sua base, de uma nova “pior” localização. As outras localizações, por consequência, passam a ser mais valorizadas, por estarem agora mais “distantes” da pior localização e mais próximas das áreas mais interessantes da cidade, ao menos em comparação com essas novas áreas que agora passaram a fazer parte do tecido urbano. Quando um terreno deixa de ser uma das piores localizações, pela adição de novas piores localizações, seu preço sobe automaticamente.
Na maioria das vezes, esse mecanismo está associado também à forma mais básica da especulação imobiliária, uma vez que deve ser feita provisão de infra-estrutura para atender a essas piores localizações, e que essa infra-estrutura acaba passando pelos terrenos mais bem localizados, valorizando-os ainda mais.
Apesar de gerar lucro para alguns poucos investidores, a prática da especulação imobiliária é extremamente prejudicial para as cidades. Por causa dela, os tecidos urbanos tendem a ficar excessivamente rarefeitos em alguns locais e densificados em outros, gerando custos financeiros e sociais. A infra-estrutura, por exemplo, é sobrecarregada em algumas áreas e subutilizada em outras, tornando-se, em ambos os casos, mais cara em relação ao número de pessoas atendidas.
A especulação gera maiores distâncias a serem percorridas, subutilização da infra-estrutura e aumento artificial do preço da terra.
As dificuldades de deslocamento da população de mais baixa renda, especialmente nas grandes cidades, também é, em grande parte, decorrente dessa lógica especulativa, que aumenta as distâncias entre habitação e empregos. A urbanização de “piores” localizações empurra a ocupação para lugares cada vez mais distantes, e com isso as distâncias que os novos moradores têm que percorrer acabam aumentando.
Outra possível consequência da retenção especulativa de imóveis é a dificuldade de deslocamento gerada pela escassez de vias e de possíveis caminhos para quem se desloca. Isso acontece quando os terrenos ociosos são grandes, e impedem o surgimento de conexões entre áreas da cidade pelo fato de não estarem parcelados. Todo o fluxo, portanto, precisa desviar-se dessas glebas, causando estrangulamento em alguns pontos e concentração excessiva de tráfego em algumas poucas ruas.
O Plano Diretor do município é o instrumento construído com a participação da população e dos movimentos sociais que traça os parâmetros para a ocupação e expansão de nossa cidade. As discussões sobre ocupação, valor da terra e a sua função social são pontos relevantes a serem tratados no debate deste plano.
Apesar de faltarem apenas vinte dias para o final do seu mandato, o prefeito de Maringá convocou uma Conferência Municipal para o dia 10 de dezembro de 2012, das 8h30 às 17 horas, no Plenário da Câmara Municipal com a finalidade de alterar o Plano Diretor (PD) de Maringá.
Infelizmente os barões imobiliários têm um poder político expressivo e utilizam disso para satisfazer os seus interesses pessoais. As alterações propostas pelo poder executivo, controlado por esses “coroné”, no plano diretor satisfazem somente os interesses do capital.
Quais serão os interesses por trás desta Audiência Pública?

terça-feira, 16 de outubro de 2012

Debate - Ciência: para quem?

Ciência: para quem? Este é o primeiro debate organizado pelo Coletivo Jovens Cientistas da UJS Maringá. Venha participar conosco!

Dia 18/10, 19:00 horas. O local será na UEM, confirmaremos em breve em qual sala será.

Em 2011, o Brasil alcançou a posição de 6ª maior economia do mundo. Na geopolítica mundial o Brasil consolidou seu espaço na exportação de bens primários, com destaque para os alimentos e minérios em estado bruto. Sem dúvida, para sermos a 6ª maior economia do mundo dois elementos são decisivos: a exportação dos bens primários e o fortalecimento do mercado interno. Estes são dados do momento de crescimento que o nosso país vem passando.

Para nós, que lutamos pelo Brasil dos nossos sonhos, este crescimento mencionado é importante, mas não corresponde ao desenvolvimento nacional que almejamos, pois este crescimento perpetua o Brasil como um país de serviços, que exporta alimentos e fortalece os serviços, nos deixando de fora da produção científica e tecnológica mundial. Não queremos um país que importa televisões, tablets e o máximo que pode ter em produção tecnológica de ponta é copiar a tecnologia desenvolvida em outros países, queremos uma produção tecnológica e científica própria, nacional, queremos um país industrializado e que essa indústria se torne cada vez mais complexa, pois queremos produzir robôs, foguetes, computadores… Essa é a chave para um desenvolvimento soberano.
Um desenvolvimento nacional soberano além do componente econômico e tecnológico, já citado, passa necessariamente por um componente social forte, ou seja, distribuição de renda, além do componente ambiental. E isso tudo só é possível num ambiente democrático consolidado.

Neste caminho, entendemos que a universidade tem um papel decisivo. É na universidade que se forma as novas gerações da intelectualidade brasileira, que debate academicamente os problemas estratégicos do Brasil e, sobretudo, esta universidade deve ser o principal expoente da pesquisa científica! Para alcançarmos um novo momento de desenvolvimento tecnológico é preciso cumprir com uma etapa anterior: a pesquisa científica. Assim, os desafios do Brasil de hoje impõem que a produção científica nacional aumente radicalmente, precisamos pesquisar mais e também precisamos pesquisar melhor, pois a pesquisa científica precisa atender prioritariamente às questões estratégicas para o desenvolvimento nacional. Não podemos, nem queremos proibir a pesquisa científica para achar, por exemplo, o melhor hidratante para as peles negras, mas achamos que o centro da pesquisa científica nacional tem que dar resposta às questões estratégicas para o país, por exemplo,energéticas, gargalos da tecnologia de ponta, impasses ambientais, etc. Entendemos, assim, que este é um papel do Estado, da decisão de onde prioriza o fomento a pesquisa científica, logo é um papel exercido pelas agências de fomento, CNPQ, FINEP, CAPES…

Neste cenário, a pós-graduação brasileira ganha relevância estratégica. Hoje, o Brasil já é o 13º país no ranking de publicação científica e a pós-graduação stricto sensu vem crescendo, só em 2010 o Brasil formou 41 mil mestres e 12 mil doutoures, o que significa que o país mais que dobrou a quantidade de mestres e doutores desde 2001. A ampliação da pós-graduação brasileira é um elemento definidor da capacidade do Brasil de fato dar respostas à pesquisa científica necessária para o desenvolvimento nacional, assim, não podemos nos contentar com o tamanho da pós-graduação hoje, precisamos lutar pela ampliação radical da pós-graduação.

Para a pós-graduação, existe outro elemento definidor para os nossos objetivos nacionais de desenvolvimento: o valor das bolsas disponibilizadas. É preciso avançar na compreensão de que o pós-graduando não é apenas um simples estudante, mas é um estudante/trabalhador e que o seu objeto de estudo/trabalho é avançar na pesquisa e formação educacional estratégica para o país. E mais, o jovem pós-graduando já tem seus anseios de formação de família e vida profissional mais maduros e a academia científica brasileira tem o desafio de disputar este jovem com o mercado de trabalho. Ora, o Brasil precisa de quadros pensar, estudar e pesquisar os rumos estratégicos de nosso país! Assim, a questão da bolsa na pós-graduação stricto sensu é fundamental, e temos que lutar por um valor de bolsa que dê conta de sustentar o pós-graduando no seu mestrado ou doutorado, logo não podemos admitir 04 anos sem reajustes das bolsas em nosso país.

No conjunto deste debate surge um elemento importante a ser considerado – a questão da excelência. Os desafios que precisam ser respondidos pela política de ciência e tecnologia e pela educação demandam que o Brasil tenha centros de excelência. Assim, os Institutos de Pesquisa, como a Fiocruz, por exemplo, vão se tornando cada vez mais importantes.

Aliado a isso, é preciso inovação. Inclusive, a capacidade do Brasil de disputar tecnologias internacionalmente tem uma forte correlação com a inovação tecnológica, que em nossa opinião, precisa ter sua política totalmente desenhada pelo Estado. A inovação pode se dá no ambiente da universidade, do instituto de pesquisa ou da empresa, e o Brasil, no último período, tem fomentado bastante a inovação tecnológica. Todavia, precisamos refletir mais sobre esta política, em que pese ela ser decisiva, ainda não ganhamos a mentalidade do setor produtivo brasileiro para diminuir seu lucro e investir em inovação, talvez isso não seja fácil nem estratégico (na visão do empresariado), assim é importante que a chave do fomento público à inovação tecnológica se dê na universidade e nos institutos de pesquisa.

sábado, 12 de maio de 2012

16º Congresso da UJS Maringá




No dia 05 de Maio de 2012 na Câmara Municipal de Maringá foi realizado o 16º Congresso da UJS - Maringá. 
Contou com a presença do Presidente estadual da UJS, Adriano Matos, com o representante da frente LGBT do PCdoB, Luís Modesto e com a Secretaria de Juventude do PCdoB, Mayara Pulga.






Bruno Pacheco
Durante o congresso aconteceram debates a respeito de políticas públicas, a atuação da UJS nas pautas municipais, movimento estudantil universitário e secundarista, entre outros assuntos abordados ao longo do processo. A juventude do Araguaia se fez presente e os debates foram do mais alto nível.


Daniela Hernandes





No final do congresso foi redigida uma carta que delineiam a atuação para os próximos dois anos da UJS de Maringá, tendo como princípios norteadores o que foi deliberado em plenárias. Também foi eleita a nova direção, composta por 9 membros:


Presidente: Talita Chavinski
Secretaria de Organização: Daniela Hernandes
Tesoureira: Thalita Lopes
Secretaria de Formação e Diretora de Jovens Mulheres: Laís Soler
Comunicação: Marcos Nascimento
Coordenador do Movimento Universitário UEM: Bruno Pacheco
Coordenador do Movimento Universitário nas Privadas: Paulo Mai
Coordenador do Coletivo Secundarista: Leandro Pipino
E foi inserida no corpo de direção a nova presidente da União Maringaense dos Estudantes Secundaristas, Fabiana Martins.


"Nós da União da Juventude Socialista de Maringá, reunidos no 16º congresso Municipal realizado em 05/05/2012, nas dependências da câmara municipal de vereadores entendemos que:
_ O Brasil passa por um bom momento, com crescimento econômico, maior investimento em educação e distribuição de renda para os mais pobres, mas ainda precisa avançar muito para acabarmos com problemas de grandes envergaduras, como a democratização dos meios de comunicação.
Uma real efetivação da educação com mais investimento e pelo menos 10% do PIB nacional investido na educação, uma mudança drástica nas escolas do nosso país e na democratização real e efetiva da Universidade Brasileira.
Infelizmente esta lógica não se aplica em nosso estado, o Paraná, um estado tão grande e rico passa por um retrocesso, governado por forças políticas de caráter conservador que vem fazendo um estrago nas políticas sociais que garantam inclusão de milhões de pessoas na ultima década. Esses efeitos atacam diretamente a Juventude, como o fechamento de turmas nas escolas estaduais o corte drástico no financiamento das Universidades Estaduais, mostrando o compromisso, ou melhor, o dês-compromisso que este governo tem com a educação.
Na nossa cidade nos últimos oito anos, sofremos com um governo municipal que não esta nenhum um pouco preocupado com a questão da juventude maringaense, que não consegue ter espaços público para o lazer, dentre outros. Somos colocados como um problema social, nos perseguindo, nos oferecendo somente espaços privados para lazer e infelizmente para alguns de nós a única saída e refugio com o uso de drogas, e muitos jovens na nossa cidade se entrega ao uso de Crack, que já é uma epidemia nacional e na nossa Cidade não é diferente.
Entendemos ser necessária uma ampla aliança em torno de uma ou mais candidatura a prefeito que represente um novo projeto para Maringá que tenha o ser humano em primeiro lugar, a juventude como protagonista para as mudanças, e que esteja sintonizado com o time das mudanças que vem dando certo no Brasil.
Chamamos a todos os jovens de Maringá a se somar com a gente nessa construção para um projeto renovador, ousado, que impulsione o desenvolvimento da nossa tão querida cidade mais também resolva problemas históricos aqui como à questão do transporte, mais cultura, mais lazer, e menos violência contra a juventude."

                                                                                                                                                     Carta aprovada no 16º da União da                            Juventude Socialista - UJS Maringá




" Se você é capaz de tremer de indignação a cada vez que se comete uma injustiça no mundo, então somos companheiros. Che Guevara"















Saudações Revolucionárias!

Marcos Nascimento - Diretor de Comunicação - UJS Maringá




quarta-feira, 2 de maio de 2012

16º Congresso Municipal UJS Maringá




Nos quatro cantos do mundo, a juventude tem ocupado as redes sociais e as ruas em torno de mobilizações políticas importantes, se revoltando contra as desigualdades e injustiças que o capitalismo nos impõe. É tempo de renovar os nossos conceitos e sonhos e lutar por um mundo mais justo e igualitário.

A cada dois anos, realizamos os Congressos Municipais, Estaduais e Nacional da UJS, em que debatemos e renovamos as nossas idéias. Em todos os cantos do país estamos nos reunindo e debatendo a nossa atuação para culminarmos na 16ª edição do Congresso Nacional da UJS, organização revolucionária com milhões de faces que dão a cara jovem ao Brasil.

Neste dia 05 de Maio (sábado), às 8h no Plenárinho da Câmara Municipal de Maringá, a UJS de Maringá aproveita para fazer o seu Congresso Municipal, em que debateremos Políticas Públicas de Juventude, Meio Ambiente, Movimento Estudantil Universitário e Secundarista, Movimento LGBT, Jovens Mulheres e Cultura. Será um dia de muito debate e construção de um projeto político para os próximos dois anos que acompanharão a nova direção eleita no congresso.

Venha construir com a gente!

domingo, 18 de março de 2012

Nota de repúdio a incineração dos pneus durante a Manifestação de 14/03 na UEM.


Nota de repúdio a incineração dos pneus durante a Manifestação de 14/03 na UEM.

A União da Juventude Socialista de Maringá manifesta através desta moção seu repudio a atitude de alguns estudantes sectários que atearam fogo nas barricadas que fechavam os portões da Universidade Estadual de Maringá (UEM). Este ato de vandalismo aconteceu na manhã de 14/03, durante uma manifestação de estudantes, professores e técnico-universitários que reivindicavam melhorias na educação.
O projeto neoliberal de sucateamento e privatização da educação pública que esta sendo implementado pelo governo Beto Richa no estado do Paraná deve ser combatido pela comunidade acadêmica em ações unificadas de técnico-universitários, professores e acadêmicos. Essa atitude irresponsável prejudicar a imagem do movimento, não contribuir em nada para as conquistas, alem de causar a depredação do patrimônio público.

Maringá, 18 de março de 2012.