quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

Movimentos querem Audiência Pública para discutir tarifa


As organizações do movimento social estão mobilizadas para exigir a realização de uma Audiência Pública sobre o aumento da tarifa do ônibus na cidade de São Paulo (SP). A integrante do Movimento Passe Livre Nina Cappello questiona o fato do aumento ter sido anunciado durante o recesso legislativo.
“Mesmo a Câmara dos Vereadores tendo aprovado, ela não teve o espaço devido para a discussão desse aumento, que é acima da inflação e foi feito mesmo com o aumento do subsídio para as empresas de ônibus. E a gente pede que o secretário de Transportes explique, não só politicamente, mas matematicamente, a justificativa desse aumento para R$ 3.”
A nova tarifa está em vigor desde o dia 5 de janeiro. Um dos objetivos da Audiência é a revogação do reajuste. Em 2010, os gastos com transporte comprometeram 20% do orçamento familiar, segundo o Instituto de Pesquisas Econômicas Aplicadas (IPEA). Nina considera que a alternativa ideal seria o fim das tarifas, pois o transporte garante o acesso a outros direitos sociais como saúde, educação e cultura.
“A gente luta pela revogação de um aumento, mas sabemos que daqui a pouco outro aumento virá se a gente não conseguir pensar toda essa lógica de transporte. O Estado deve desembolsar o dinheiro para manter o transporte público para que ele seja um direito de fato. Isso vai chegar a um valor insustentável. Em São Paulo, na verdade, já chegou.”
O aumento da tarifa do ônibus ocorreu simultaneamente em dezenas de cidades brasileiras, o que gerou uma onda de protestos. Somente em São Paulo, já foram realizados cinco atos desde o anúncio do reajuste. No primeiro deles os manifestantes percorreram as ruas do centro e foram reprimidos com violência pela Polícia Militar. A última manifestação mobilizou aproximadamente quatro mil pessoas.

Ps.: Vale lembrar que no ano passado os militantes da UJS até o terminal panfletar contra os aumento da passagem do ônibus e os militantes foram repreendidos pelos supostos "fiscais" da TCCC que disseram que eles não poderiam se manifestar naquele local.
Uma vez que os manifestantes mostraram resistência para sair do local os mesmos foram ameaçados pelo mesmo ao falar que ia chamar a policia caso continuassem a panfletagem.
Vale lembrar que o monopólio do transporte público de Maringá faz com que não haja outra opção ao passageiro a não ser pagar o valor alto nas passagens. Somos contra o Monopólio da TCCC e suas passagens caras.