quarta-feira, 12 de outubro de 2011

Chile: Diálogo com governo fracassa. Estudantes retomam protestos



Frente a um novo fracasso na busca de diálogo entre o presidente chileno, Sebastián Piñera, e os estudantes.
Em protesto por políticas educativas, novas barricadas e marchas foram realizadas na segunda (10) na capital Santiago, o que voltou a provocar enfrentamentos entre os manifestantes e as forças de segurança.

De acordo com o site do jornal chileno El Mercurio cerca de 50 jovens encapuzados protagonizaram enfrentamentos com a polícia no município de Providencia, um dos principais bairros da cidade. Segundo o site, um jovem foi preso por carregar pedras em sua mochila.

Com informações da emissora estatal de televisão do Chile, TVN, a Agência Brasil informa que “Santiago, amanheceu em clima de tensão”. Isso porque “jovens encapuzados incendiaram barricadas colocadas na Estação Central e em Providência”.

Direita impede avanço

Porta-vozes da Confederação de Estudantes do Chile (Confech) atribuíram o fracasso de instância de diálogo para destravar o atual conflito à intransigência da ultradireita no governo.

“A questão não está na ultra intransigência da esquerda, mas na ultra intransigência da direita, que entrou no governo e o blindou para satisfazer aos interesses dos setores mais poderosos deste país”, afirmou Guillermo Petersen, presidente da Federação de Estudantes da Universidade de Concepción.

Petersen desqualificou, desse modo, o porta-voz do govenro, Andrés Chadwick, que no final de semana passado, declarou que "os mais duros entre os duros" dentro da direção dos estudantes provocaram a ruptura da mesa de diálogo.

“Ficou claro, disse Chadwick domingo (9) que a Confech tem sido tomada, cooptada e dirigida absolutamente pelos setores mais ultra, mais radicalizados, mais intransigentes".

O porta-voz dos universitários e presidente da Federação de Estudantes da Universidade dos Lagos, Patricio Contreras também rebateu as declarações: "os únicos ultra do país são os de direita que se agarram à defesa do lucro, dos bancos privados e dos interesses econômicos de uma minoritária classe empresarial".
Fonte: Portal Vermelho