segunda-feira, 11 de julho de 2011

Fórum de mulheres de partidos políticos discute reforma política

Reforma Política e a participação das mulheres na política é um dos temas da pauta da reunião do Fórum Nacional de Instâncias de Mulheres de Partidos Políticos, que acontece nesta segunda-feira, (11) em Brasília. A reunião, convocada pela Secretaria de Políticas para as Mulheres (SPM), foi aberta pela ministra Iriny Lopes e contou com a participação de representantes dos 27 partidos políticos existentes.
A reunião discute os temas que estão em discussão no Brasil como a Reforma Política; a Lei de Igualdade no mundo do trabalho, que está em tramitação na Câmara dos Deputados; e a importância do fortalecimento da participação das mulheres no âmbito político-partidário.O Fórum Nacional de Instâncias de Mulheres de Partidos Políticos, criado em 2006, é um espaço multipartidário, composto por representantes das Instâncias de Mulheres dos 17 partidos políticos. 

Apoiado pela SPM, o Fórum busca promover a participação das mulheres na política, tanto das que já atuam, são filiadas e concorrem nas eleições, como daquelas que desejam entrar no meio político.

Espaços propícios

A representante do Fórum Nacional de Instâncias de Mulheres de Partidos Políticos, Liége Rocha, observou que a luta pela emancipação das mulheres é uma das mais antigas e que vem crescendo. Mas destacou que a participação feminina na política continuará aquém da representatividade da mulher enquanto as mulheres não se convencerem de que precisam militar naqueles espaços que são propícios à conquista do poder, ou seja, os partidos políticos.

Liége, que também é coordenadora da Secretaria de Mulheres do PCdoB, disse ainda que, segundo o TSE (Tribunal Superior Eleitoral), nenhum partido atingiu a quota de 30% de mulheres candidatas na eleição de 2010. Ela sugeriu que a mobilização comece pelos municípios, para que um grande contingente de mulheres vá até Brasília para pressionar os congressistas e divulgar a luta através da grande mídia.

E lembrou as características das mulheres, que possuem escolaridade maior que os homens, chefiam cerca de 1/3 das famílias brasileiras, mas recebem um salário 30% menor que os homens e têm uma dupla jornada de trabalho.Os números comprovam a sub-representação das mulheres nas instâncias de poder político: as mulheres no Senado são 13% do total; na Câmara, apenas 8,7%; nos governos estaduais, 11%; nos ministérios, 21,6%; nas prefeituras, 9%; nas assembleias, 11,6%; e nas câmaras municipais, 12%.

Em média a participação feminina é de apenas 11%, o que coloca o Brasil na 108ª posição entre as 192 nações que integram a ONU (Organização das Nações Unidas).A proposta da bancada feminina na Câmara, na discussão da reforma política, é favorável ao financiamento público de campanha e a lista fechada com alternância de gênero, para que as mulheres conquistem, no mínimo, 1/3 das cadeiras da Câmara dos Deputados em 2014.

 De Brasília
Com agências