Quantos celulares você já comprou desde seu primeiro? Alguns não?
Aposto que mais de 5 no mínimo para quem tem menos de 40 anos de idade.
Tudo muito normal… “São as novas versões, eu tenho que acompanhar!” Se
fosse só com celulares tava tudo bem, o problema é que essa troca
constante acontece com tudo o que consumimos. Tudo o que compramos é
feito PROPOSITALMENTE para estragar. E isso é novo? Não, não é.
Na década de 20 do século passado, a explosão de consumo gerada pela
revolução industrial começava a desacelerar. As pessoas estavam
comprando menos. Depois que as famílias tiveram suas necessidades
satisfeitas pelas maravilhas da comodidade tecnologica, o sonho
americano começou a perder o brilho. Pense comigo, se já estou
satisfeito não há motivo para comprar mais. Constatando isso, as
industrias previram o seu desaceleramento econômico (perda de dinheiro) e
puseram suas mentes malignas para trabalhar. Foi então que Alfred
Sloan, presidente da General Motors teve uma brilhante idéia (para a
indústria é claro) que nos legou uma escravidão velada. A Obsolescência
Programada.
Essas são as palavras de Victor Lebow, um analista de varejo da época, que articulou todo o processo:
“NOSSA ECONOMIA ALTAMENTE PRODUTIVA EXIGE QUE FAÇAMOS DO CONSUMO NOSSO MEIO DE VIDA. DEVEMOS CONVERTER A COMPRA E O USO DESSES BENS EM RITUAIS. QUE BUSQUEMOS NOSSA SATISFAÇÃO ESPIRITUAL, A SATISFAÇÃO DO NOSSO EGO, EM CONSUMO. PRECISAMOS TER COISAS CONSUMIDAS, QUEIMADAS, SUBSTITUIDAS E DESCARTADAS DE MODO MAIS E MAIS ACELERADO."
Não há necessidade de qualquer comentário sobre essa declaração.
Darei alguns exemplos de produtos que foram pontuais nesse processo.
As meias calças de nylon. Quando foram criadas, foram feitas para não
rasgar. Essa era sua principal propaganda. Em comerciais na TV, um
carro puxava outro com a meia e depois a esposa do motorista a vestia
novamente. O produto foi um sucesso de vendas por um tempo, depois não
vendeu nada. As meias eram boas, não se precisava comprar outra. Foi
então que a industria forçou seus engenheiros a desenvolverem uma fibra
menos resistente, para que as vendas voltassem a acontecer.
Lâmpadas incandescêntes Phillips. Foi retirado das prateleiras dos
mercados estadunidense todo um lote de seu produto. Por que? Por um erro
de fabricação, o filamento da lâmpada era mais espesso do que o padrão.
Resultado, a lâmpada não queimava. (Não consegui conter o riso aqui)
Esses são 2 de outro inúmeros exemplos da obsolescência programada.
Outros estão ocorrendo no exato momento em que você lê estas linhas,
dentro do seu computador, monitor, celular, ventilador, TV, som,
geladeira… Tá tudo estragando. Imagine um contador de tempo acabando com
cada um deles a sua volta… Desesperador não? Isso é justo? Responda
você.
Triste não? Portanto prefira sempre produtos artezanais naquilo que
for possível. São melhores, mais baratos, o dinheiro fica no seu país e
ainda é um artigo exclusivo.
Texto adaptado do camarada Issao Shimamura