quinta-feira, 26 de maio de 2011

Descascando o abacaxi no R.U - parte 2




Na manhã do dia 26 de Maio (quinta-feira), uma estudante do curso de filosofia da UEM foi humilhada no restaurante universitário pelo chefe do R.U durante o café da manhã. Após comprar o ticket do café da manhã a estudante foi para a fila de entrada como de costume e lá, avistou duas amigas, também do curso de filosofia e uma delas, disse que sobrara um pão do café da manhã e ofereceu para a amiga, que é o que geralmente fazem aqueles que freqüentam o R.U para evitar o desperdício, levando em conta que os tambores de lixo sempre ficam cheios de sobras de comida.
Deste modo, a estudante, entrou pela porta de saída do restaurante (como muitos outros estudantes fazem no café da manhã, no almoço ou na janta, para esperar os amigos terminarem de comer enquanto conversam) na qual não existe nenhum aviso dizendo que é proibida a entrada de pessoas. Enquanto a aluna comia o pão e tomava seu café o chefe do restaurante universitário a repreendeu primeiramente dizendo que era proibida a entrada pela porta de saída e que as pessoas necessitam comprar o ticket e enfrentar as filas para comer. Até esse ponto a estudante estava extremamente compreensível em relação ao assunto, se desculpou dizendo que não fez com má intenção, e que o ticket estava com ela, entregando-o mas o chefe do R.U não aceitou e pediu para que a mesma se levantasse e fosse a fila mas a estudante se recusou afirmando que se fosse para sair, ela não iria voltar, e argumentou dizendo que havia entendido sobre o fato de não poder entrar pela porta de traz e disse que estava comendo o pão da sobra do café da manhã de sua amiga e como já estava comendo, não via necessidade de ter que ir a fila pegar mais um café da manhã e pediu para que o chefe do R.U tomasse cautela com suas palavras desde que estava se sentindo constrangida já que todos os estudantes que estavam no R.U dirigiam seus olhares para aquela situação e então, o Chefe do R.U disse a seguinte frase de modo enfático, grosseiro e em alto tom: "Caso você não tenha R$ 0,50 centavos para comprar o ticket pede que lhe dou".
Em seguida o chefe do R.U pegou o R.A da aluna ameaçando abrir um processo administrativo devido o fato de a mesma comer o pão que sobrou do café da manhã da amiga e mais, disse que se a mesma não se retirasse do recinto para se dirigir a fila do R.U naquele momento iria chamar a segurança para que a retirasse, o que é claramente um absurdo e totalmente inadmissível.
Ao pegar o R.A da aluna pediu para que a mesma se retirasse do restaurante e que buscasse seu documento na vigilância, na DCT ou aonde ela quisesse [?]. Ainda zombou da estudante dizendo: 'vai lá chamar o DCE", dando a entender que a entidade representativa dos estudantes é incompetente quanto a defesa do estudante. A estudante tentou conversar com o Chefe do R.U, pedindo calma, mas alguns estudantes, revoltados com sua postura grosseira e autoritária começaram a vaiá-lo por humilhar a estudante por comer um pão que a amiga não havia conseguido comer.
Com o ticket da aluna e seu R.A, o chefe do R.U, se retirou para dentro da cozinha dizendo que ia chamar a segurança para retirar a aluna do restaurante universitário. A aluna permaneceu sentada esperando cerca de dez minutos. Como tinham compromisso as 8hs, as duas amigas, seguida de alguns estudantes que estavam comovidos com a situação foram até a cozinha pedir para que o Chefe do R.U devolvesse seu documento e o mesmo pediu para que se retirassem da cozinha que era de acesso restrito aos funcionários para que conversassem no recinto comum aos estudantes. A estudante fortemente constrangida com toda a situação começou a chorar dizendo que não ia sair para ser humilhada novamente na frente de todos os estudantes. O Chefe do R.U expulsou-as de dentro da cozinha dizendo: "Eu sou o chefe do R.U, eu coordeno tudo aqui". e começou a falar novamente na frente dos alunos que estavam no restaurante que acompanhavam a situação que, tomados por solidariedade, começaram a vaiar o chefe do R.U novamente.

Achamos inadmissível que essas coisas aconteçam, principalmente no universo acadêmico, acreditamos que o respeito mútuo é imprescindível para a compreensão do outro e fundamental em todas as relações humanas. Entendemos que qualquer tipo de violência, seja física ou moral, só pode ser capaz de gerar mais violência.
No entanto, um dos requisitos mais importante para a contratação de funcionários na UEM deveria ser de entender que o mesmo terá que trabalhar em uma comunidade acadêmica composta por aproximadamente 10 (dez) mil estudantes e que no mínimo terá que conviver com 4 (quatro) mil estudantes que passam pelo restaurante diariamente. É necessário que o mesmo saiba lidar com esse tipo de situação de maneira madura e respeitosa desde que o respeito, a seriedade e a responsabilidade são fatores fundamentais para o bom convívio e para a preservação harmoniosa do funcionamento do restaurante universitário. E diante de tudo o que foi posto neste post deixamos a pergunta ao leitor: Havia necessidade dessa tempestade num copo de café com leite?


Pautas estudantis de extrema urgência para serem tocadas pelas entidades estudantis da UEM:




Restaurante Universitário
No plano de assistência estudantil construído pela gestão o Bonde do Amor, há uma série de abordagem à vários problemas relacionados a estrutura do restaurante universitário do campus sede que foram levantas pelo antigo chefe do R.U. como por exemplo:


- Necessidade de reforma no banheiro das mulheres que tem a porta frente a cozinha.
- Necessidade de reformas do telhado e do forro devido as goteiras que inviabiliza várias mesas para refeições do alunos e servidores da UEM.
- Necessidade de reformas de mesas e cadeiras.
- Necessidade de reforma na sala de lavagem das bandejas e talheres desde que o lugar é abafado e sem ventilação.
- Contratação de mais funcionários para o restaurante universitário.
- Contratação de mais chefe de cozinha, desde que dos 3 contratados apenas 1 estava a serviço do restaurante.

Neste ano, houve uma paralisação do R.U ocasionada pelos dirigentes do DCE que reivindicavam a exoneração do chefe do R.U e o aumento do salário dos funcionários, segundo esses estudantes, essa paralisação também traria benefícios aos estudantes da UEM.
O Chefe do R.U foi trocado e o salário dos funcionários aumentado e os estudantes, quais benefícios tiveram?


Acreditamos que o DCE pode mais e deve fazer mais, precisamos urgentemente da construção do R.U-2 desde que nesses últimos anos, o número de alunos do campus sede tem aumentado e vai aumentar cada dia mais com a abertura dos novos cursos e conseqüentemente, as filas aumentarão cada vez mais. Uma das propostas seria aproveitar o gancho da construção da Casa do Estudante e construir o restaurante universitário embaixo pois assim, atenderia os estudantes moradores da CEU-UEM e dos que estudam nos blocos próximos aos de Educação Física.


Xerox





No ano passado a UEM foi forrada com vários cartazes comparando os valores de xerox em universidades como USP, UNB, UFPR onde o valor das cópias estão R$ 0,05 centavos e mais, foi afirmado que na UEM havia a possibilidade dessa equiparação de preços e que dependia apenas da negociação das entidades estudantis com quem fosse trabalhar com xerox para seus cursos.
Mas para que os CA´s mudassem a realidade do xerox de seus cursos seria necessário que o DCE os impulsionassem a tomar tal atitude e os mesmos que fizeram até ato em frente ao xerox do DCE, que faz cópia à R$ 0,12 centavos, e que hoje são direção do DCE nada fez para reduzir o valor das cópias do seu próprio xerox que continua sendo cobrado os mesmos R$ 0,12 centavos de sempre.
No entanto, acreditamos que é necessário mais seriedade do que emoção para lidar com o movimento estudantil.

Casa do Estudante
Culpar o governo do Estado pela não construção da Casa do Estudante é fácil, o duro é ir até lá reivindicar  a importância da mesma para que os estudantes carentes, da melhor universidade do Estado do Paraná, possam morar.
É necessário correr atras de verdade e com vontade, aproveitando todas as oportunidades para a cobrança desde que ainda falta 4 milhões para a construção sendo que 1 milhão já foi garantido pela gestão anterior que percorreu esse percurso em suas reivindicações.
Não é só levantar faixas em meio a multidão mas, conseguir aproveitar as oportunidades para que possamos dizer cara a cara a respeito da importância da moradia estudantil e mais, exigir da administração o inicio das obras, desde que já existe uma parcela para investimentos além da construtora.
Mas o que é mais ilário é: - como que com 1 milhão de reais garantido pela gestão anterior, com todos os projetos prontos e a construtora contratada, nem ouve-se falar do inicio das obras?
Sabe-se que futuramente, haverá um congresso da ANEL/PSTU que compõe a diretoria do DCE. Será que estão muito ocupados tirando delegados para esse congresso?

No entanto podemos afirmar que:

'Um espectro ronda essa universidade... E esses são aqueles "diferentes" que gritavam chega de "mais" do mesmo.'

O projeto tocado pela atual gestão do DCE - Movimente-se UEM, nada mais é, que a continuação do projeto da gestão anterior, aquele projeto que eles diziam que era muito ruim.

E nesse samba do crioulo doido, a Movimente-se UEM finge que faz, e seus "amigos" fingem que vêem alguma coisa acontecer e os estudantes comum continuam iludidos com a promessa de felicidade dentro da universidade, através de um movimento estudantil combativo e que defenda os interesses dos estudantes mas que, na verdade, nada faz.

Diante de todas as dificuldades apresentadas no decorrer desse post e de outras que possam vir a surgir, convidamos todos para participar das nossas reivindicações:

Acreditamos que a UEM nos UNE diante de cada dificuldade dentro da universidade e que apenas com muita coragem, ousadia e união conseguiremos construir uma universidade com acesso democrático e que garanta a permanência dos estudantes carentes.
Somente com muita seriedade e bom-senso teremos uma gestão que defenda as necessidades dos alunos , que seja representativa e organizada.

Para construir uma UEM para todos temos que nos unir.

A UEM nos UNE no combate a violência no campus e na zona 7, na luta pela moradia, na luta por um programa de bolsas decente que tire o estudante do trabalho, seja no R.U ou nos departamentos onde servem de tapa buracos para o déficit de funcionários.

A UEM nos UNE na reivindicação por um programa de bolsas que incentive a produção de conhecimento e que seja suficiente para ajudar nas despesas do aluno carente durante sua passagem pela universidade para que esse não tenha que largar as salas de aula para trabalhar.

A UEM nos UNE na luta pela meia-entrada e para o passe totalmente livre para que os alunos consigam ir para a universidade quantas vezes for necessário durante o dia.

A UEM nos UNE pela reivindicação do R.U-2 para o campus sede e do R.U para os campis regionais.

A UEM nos UNE na luta por mais laboratórios de aulas práticas, pela reestruturação dos departamentos dos cursos que ainda não existem, por estruturação das entidades estudantis, por mais contratação de professores e funcionários, por mais vagas na UEM.

 A UEM nos UNE na luta pela bolsa-saúde, pela bolsa-esporte e pela bolsa-inclusão-lingüística que é essencial para o emprego do estudante no mercado de trabalho ou para que o mesmo consiga seguir uma carreira acadêmica.

A UEM nos UNE
Venha  você também fazer parte dessa união. 
 Transformando o sonho em realidade.