terça-feira, 12 de abril de 2011

Os cem dias do governo neoliberal de Beto Richa

Passados os cem primeiros dias do governo neoliberal do tucano Beto Richa fica a indagação do que ocorreu com as tão prometidas mudanças no estilo e na gestão do governo? Ninguém sabe, ninguém viu! Como diz o adágio popular ‘nem tudo que reluz é ouro’. A frase pode ser aplicada com exatidão para sintetizar os cem dias do governo tucano.

Por Milton Alves*




Até agora nada de novo, porém, as medidas e as ações adotadas até agora sinalizam para um governo conservador – seja pela composição de sua base política, como por algumas medidas adotadas e por outras apenas anunciadas.

Trata-se de um governo pálido, sem marca, a serviço dos velhos consórcios políticos e econômicos dominantes no estado. As indicações para a composição do secretariado reforçam essa análise. Também chama a atenção a falta de eficiência demonstrada na área da educação: O PSS – Processo de Seleção Simplificado- dos professores resultou em desorganização, o programa do Leite foi extinto nas escolas e o reajuste prometido de 27% para o magistério agora virou um “problema de caixa”.


O mais preocupante fica por conta do tratamento dispensado as companhias e empresas do governo. Informações dão conta de amplo processo de terceirizações no interior do Porto de Paranaguá, da Copel e Sanepar, sucateando os serviços e abrindo espaços para intentos privatizantes. Sem falar da Celepar já colocada como alvo de futura privatização.



Além disso, o governo tucano interrompeu o ciclo da política de valorização do salário mínimo regional. Neste ano, o índice estabelecido ficou abaixo de 7%, ou seja, menor que o IPCA do período. Na prática, eliminou a política de valorização do piso regional. Portanto, a política adotada será de arrocho, principalmente para o funcionalismo público. Tudo isso em nome de um ajuste fiscal regressivo.



No tocante às práticas e estilo de governo prevaleceu o conservadorismo: nepotismo, censura e nenhum mecanismo de concertação social e de relações com a cidadania e os movimentos sociais.



De nossa parte faremos o necessário trabalho de fiscalização e vigilância, afinal foi este o papel destinado para a oposição. O caráter da nossa oposição é de cunho programático e mobilizador, visando salvaguardar os interesses da população e os serviços públicos tão essenciais para o povo pobre.



*Milton Alves é presidente estadual do PCdoB-PR e membro da direção nacional do partido.



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