O PSDB é o fiel da balança nas eleições do Paraná. Mas, a exemplo do que aconteceu no cenário nacional, os tucanos têm dois pré-candidatos, ambos com bastante peso. O prefeito de Curitiba, Beto Richa, seria o candidato natural. Seu governo tem 84% de aprovação, a maior entre os prefeitos do País, e ele aparece em primeiro lugar nas pesquisas.
“Se o Richa não desistir, ele dará um palanque a Dilma”, Álvaro Dias, senador e pré-candidato ao governo do Paraná pelo PSDB
A ameaça do tucano tem motivos. Seu irmão, Osmar, também senador e pré-candidato do PDT ao governo, aparece encostado em Richa nas pesquisas. Como no Paraná o PT está isolado, o presidente Lula aproveitou a divisão tucana para oferecer a Osmar uma aliança com os petistas.
Ligou para Osmar e o convidou para uma reunião com Dilma Rousseff. Em meio à conversa, Osmar sugeriu o nome da presidente do PT no Paraná, Gleisi Hoffmann, para vice em sua chapa e ouviu de Dilma que Gleisi preferia ser candidata ao Senado. Dilma citou o nome do diretor de Itaipu, Jorge Samek. Osmar ficou de pensar, mas a aliança está quase pronta. Só depende da decisão do PSDB sobre Álvaro. Se ele for o escolhido, Osmar não sairá candidato contra o irmão. “Ele é mais velho e desde que eu nasci temos um acordo: irmão não disputa com irmão”, diz o pedetista.
O imbróglio paranaense surgiu por conta de um racha entre antigos aliados. Em 2006, Richa apoiou Osmar para o governo do Paraná e Álvaro para o Senado. Osmar perdeu por 0,018% para o governador Roberto Requião. Em 2008, Osmar e Álvaro apoiaram Richa paraa Prefeitura de Curitiba. Para este ano, a ideia da família Dias era que Richa continuasse na prefeitura, Álvaro no Senado e Osmar voltasse a disputar o governo com o apoio de todos. O que, por decisão de Richa, não vai acontecer.
Longe de toda essa confusão, o vicegovernador Orlando Pessuti (PMDB) tem o total apoio de Requião para sucedê-lo. Tanto que Requião se licenciará em abril e entregará a máquina paranaense para Pessuti de abril a junho. Ele, que aparece com menos de dois dígitos nas pesquisas, está otimista. Seu trunfo é a estrutura do PMDB, que está presente em todos os municípios paranaenses e é a legenda que possui o maior número de filiados. “Quando eu assumir o governo, ficarei ainda mais conhecido. Como diz o governador Requião, a eleição será plebiscitária. Contra ou a favor de seu governo”, afirma Pessuti.
Fonte: Isto É
Tirado do VERMELHO