sábado, 24 de agosto de 2013

UJS faz ato de recepção aos médicos cubanos em Brasília e Salvador

Nós mal havíamos começado a pensar na Revolução e ainda no Moncada já estávamos falando dos serviços de saúde, e quando estávamos na Serra Maestra já prestávamos serviços de saúde a toda população com que tínhamos contato, desde os médicos, dentistas e enfermeiros que se incorporavam ao movimento. Isso deve ser uma convicção, um dever elementar dos revolucionários. Mas não somente do ponto de vista moral, também na prática política. Devemos dedicar mais atenção, mais recursos materiais e humanos aos serviços de saúde.
Discurso pronunciado por Fidel Castro
no VI Seminário internacional de Atenção Primária em Saúde,
em 28 de Novembro de 1997.

A União da Juventude Socialista defende a saúde pública e de qualidade, por isso desde o início defendemos o programa + médicos do governo federal.
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No Brasil cerca de 700 municípios não tem sequer um único médico disponível para a populção. A saúde cubana é uma das mais avançadas do mundo, com um sistema baseado na prevenção de doenças, Cuba ostenta índices de causar inveja a qualquer país, a média de vida na ilha é de 78,8 anos, o que é considerada uma média alta, a mortalidade infantil é de 5 para cada 1.000 nascimentos.

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A gritaria da grande imprensa e de setores corporativistas não passa de irresponsabilidade com a vida do povo que morre na fila dos hospitais. Os médicos cubanos são altamente qualificados e serão de grande valia para o país.

A UJS apóia a vinda de médicos de todas as nacionalidades que ajudem a tirar o país desta situação vergonhosa na saúde pública. Médicos cubanos e de todas as nacionalidades sejam muito bem vindos, o Brasil precisa de vocês.

Dos 400 médicos cubanos que participarão da primeira etapa, 89% têm mais de 35 anos, sendo 65% do total na faixa etária de 41 a 50 anos. Além disso, 84% têm mais de 16 anos de experiência em medicina, sendo 60% mulheres e 40% homens. Todos os profissionais cubanos já cumpriram missões em outros países, incluindo participação em missões em países de língua portuguesa, e têm especialização em Medicina da Família e da Comunidade. Do total, 20% têm mestrado em Saúde.

Os médicos que irão receber capacitação especial para atuar em municípios com população indígena serão concentrados em Brasília. A segunda etapa de capacitação do Programa Mais Médicos está prevista para ocorrer no mês de setembro.

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Segundo a OPAS, os médicos cubanos participarão de treinamento e avaliação para adaptação do idioma de língua portuguesa e saúde pública brasileira de 26 de agosto a 13 de setembro, totalizando 120 horas. Os aprovados nessa etapa serão deslocados aos municípios onde atuarão para iniciarem o atendimento à população, na segunda quinzena de setembro.

O representante da OPAS no Brasil, Joaquín Molina, ressalta que na negociação com Cuba a organização buscou um perfil de profissional direcionado às necessidades do programa Mais Médicos. “São médicos experientes, que já trabalharam em países de língua portuguesa e com especialização em saúde da família. Com certeza, estamos trazendo um grupo muito preparado ao Brasil”, afirmou.

O acordo de cooperação técnica – cujo objetivo é ampliar o acesso da população brasileira à atenção básica em saúde – foi firmado esta semana pelo Ministério da Saúde do Brasil e a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), representação da Organização Mundial da Saúde (OMS) para as Américas. Pelo acordo, fica definida a vinda de 4 mil profissionais de Cuba para as vagas que não foram escolhidas por brasileiros e estrangeiros na seleção individual do programa

A vinda dos médicos cubanos ira intensificar o debate sobre Cuba e seu modelo socialista, que naturalmente acontecerá em todos os espaços onde um cubano ou uma cubana estiverem trabalhando, assim como um intenso combate de idéias em toda a sociedade brasileira. Outro ponto é que, ainda que não resolva problemas estruturais, permitirá levar algum acesso à saúde para uma população esquecida pelos governos do Estado burguês, elemento que não podemos descartar, mesmo quando pensamos que o conceito de saúde é muito mais amplo do que a mera ausência de doenças. Ainda neste ponto, a presença de médicos de Cuba pode desencadear um debate/mobilização sobre a necessidade de ampliar os recursos à saúde, da formação de recursos humanos e de uma infra-estrutura que permita uma atenção integral e de alta qualidade, somente possível com um sistema 100% público e estatal.

Em Cuba, além da qualidade da formação e o reconhecimento internacional de suas instituições de educação médica, existe uma homogeneidade da formação nas suas diversas instituições de ensino superior, sem as grandes disparidades da formação como existem no Brasil. E para além da inegável qualidade técnica da formação médica, há nos médicos formados em Cuba uma preocupação, como em nenhum outro lugar no mundo, com a questão humanística e a emancipação do ser humano, experiência que é levada por eles aos diversos locais do mundo onde estão presentes. Por esses motivos é imprescindível defender um processo de revalidação imediato dos brasileiros graduados nesse país, com complementação curricular à realidade brasileira e inserção no Sistema Único de Saúde (SUS). O mesmo deve ser defendido para os graduados no exterior em instituições de qualidade reconhecida internacionalmente.