domingo, 7 de agosto de 2011

A UNE somos nós...

Se propor a representar os estudantes da sua escola, do seu curso, da sua universidade, do seu Estado ou do seu país, é assumir um compromisso com o povo brasileiro, no combate a desigualdade social.
Muitas pessoas ficam em frente a sua televisão falando que a política é uma merda, que o movimento estudantil está defasado e que a UNE não é de luta. Que a sociedade do espetáculo, do entretenimento e do lazer tem alienado cada vez mais as pessoas, disso não se pode duvidar. 
Mas nós, que assumimos o compromisso de defender os direitos dos estudantes dessa universidade, não podemos abaixar a cabeça e aceitar que estudantes que passem no vestibular e não possam cursar o curso escolhido, sendo obrigados a abandonar as salas de aulas, por não terem condições de se manterem durante a graduação.
Se a UNE não tem conseguido mobilizar passeatas como a dos Cem Mil, que aconteceu no Rio de Janeiro, em 26 de junho de 1968, que tinha o intuito de cobrar uma postura do governo, frente aos problemas estudantis, é porque os estudantes não estão preocupados com os problemas atuais. A luta continua, falta a consciência dos estudantes para que venham fazer parte nas reivindicações. A UNE somos nós, nossa força e nossa voz.
A universidade pública tem que ser gratuita, de qualidade e para todos. Mas o que se vê é o contrário. É o descaso com as necessidades dos estudantes carentes, e como consequencia, universidades públicas cada vez mais elitizadas. O que essa instituição de ensino tem para oferecer a esses jovens que não tem condições se manterem durante sua graduação?
Como se manter com uma bolsa-trabalho de R$ 300,00 reais por mês, que não dá nem para as despesas básicas? Levando em consideração que pagamos o aluguel mais caro do Estado do Paraná.
O acesso a educação pública e de qualidade é um direito nosso e dever do Estado.
É necessário que os estudantes se unam na luta por pela democratização do acesso a universidade pública, por uma educação publica de qualidade e pela implementação de um plano de assistência estudantil que garanta a permanência dos estudantes carentes presentes nessa universidade.
Convidamos todos os estudantes e entidades estudantis a se unirem a nós, na luta por uma educação que o povo brasileiro merece. Educação não é mercadoria, e o critério para a pemanência não pode ser o dinheiro.


A UEM nos UNE na luta:



  • Pela construção imediata da Casa do Estudante. - (Levando em consideração que já temos garantido 1 milhão para o inicio das obras, o espaço destinado a construção, as construtoras, os projetos e mais, temos um decreto assinado pelo ex-reitor que liberou o inicio das obras.

  • Pela construção da concha acústica. - (Educação não é somente sala de aula e prova, educação é ter acesso a cultura. E para evitar os atritos entre moradores e estudantes devido o barulho do sarau, necessitamos sim, de um espaço adequado para a realização de atividades culturais dentro da universidade).

  • Pela construção de mais quadras de esportes e pela cobertura das quadras atualmente existentes. - (Sabemos que a maior parte dos jovens se afastam da prática esportiva depois que entram na universidade, entregando-se muitas vezes, a uma vida sedentária. Esporte é saúde e devemos garantir condições para a prática esportiva com a construção de lugares adequados para atender toda a demanda universitária).

  • Por acesso a assistência a saúde do estudante. - (Não é segredo para ninguém que a maior parte dos estudantes da UEM veem de outras cidades, e longe da familia, passam dificuldades em relação ao acesso a saúde. Imagina a vida dos estudantes carentes diante de situações que envolvem problemas de saúde?

  • Pela implementação de bolsas-permanências. - (As bolsas-trabalho e alimentação, na qual o estudante carente necessita vender sua força de trabalho a um valor de R$ 14 reais por dia, nada mais é que resultado da carência de funcionários desta instituição de ensino superior. Vale lembrar que muitos desses estudantes trabalham fazendo coisas que não tem nada haver com sua área de conhecimento, e mesmo assim, são chamados de estagiários.

  • Pelo fim da violência no campus. - (Chega de sequestros, assaltos, queremos ter paz para caminhar pela universidade).