segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Conjuntura - Proposta 04:



O 13º CONEB da UNE acontece em um momento muito frutífero para a consolidação de um projeto nacional de desenvolvimento democrático e popular. A crise da economia global só traz incertezas ao futuro da humanidade. Os Estados Unidos insistem numa agenda imperialista e de ameaças a diversos povos e nações.
Enquanto isso na Europa uma onda conservadora e neoliberal persiste nos governos. A América-latina, ao contrário, segue uma proposta mais determinada, altiva e soberana. No Brasil, mais uma vez o povo foi às urnas e derrotou o projeto neoliberal daqueles que no passado sucatearam os serviços públicos e venderam o país a preço de liquidação.
A vitória de Dilma Rousseff representa uma vitória para o povo, com a continuidade do projeto político em curso iniciado no governo Lula.  O governo que inicia em 2011 traz uma característica que já vimos antes. Se de um lado a primeira presidente mulher eleita no Brasil carrega um sentimento de desenvolvimento econômico com justiça social e integração latinoamericana aliado a novas perspectivas às mulheres; do outro, setores reacionários da política se organizam para impedir estes avanços, muitas vezes usando os meios de comunicação que difundem o conservadorismo e a criminalização das lutas populares.
O nosso papel nesta situação é fazer pressão pelas mudanças do Brasil. Devemos manter independência face ao governo e mobilizar os estudantes para lutar por medidas que combatam a pressão dos setores conservadores que tentam impor uma agenda regressiva ao governo: uma política econômica favorável ao desenvolvimento, democratização da mídia, eficiência do sistema de saúde, educação pública, gratuita e de qualidade em todos os níveis, reforma agrária e reforma urbana para superar as mazelas da especulação imobiliária que testemunhamos hoje.

Devemos intensificar a cobrança por uma reforma política que supere o domínio econômico que vigora no processo eleitoral de hoje, assim como a exclusão das minorias oprimidas, possibilite o fortalecimento da participação popular, fortaleça os partidos políticos e sua democracia interna e não o personalismo político-eleitoral.
Este é o grande chamamento que este CONEB deve fazer: estudantes nas ruas para garantir direitos para o povo, para construir um país mais forte e desenvolvido, com soberania e liberdade ao nosso povo.