sexta-feira, 2 de junho de 2017

Quando a intenção do (des)governo é privatizar a universidade

A Reitoria da Universidade Estadual de Maringá comunica a comunidade universitária que, em razão da não liberação de orçamento pelo governo do Estado, a UEM está sem condições de empenhar qualquer tipo de despesa para as atividades do ensino, pesquisa e extensão
A instituição não tem dinheiro para pagar as bolsas dos alunos de graduação, pagar as bolsas aos estudantes indígenas, empenhar qualquer material de consumo, pagar os serviços prestados por empresas, comprar rações para os animais, alimentos servidos no Restaurante Universitário, kits de reagentes para o Lepac (laboratório de Ensino e Pesquisa em Análises Clínicas) e insumos utilizados em outros laboratórios, e impossibilitada de fazer a manutenção de equipamentos, bem como adquirir novos equipamentos para desenvolver projetos internos, tanto de prestação de serviços ou de ensino.

Os recursos usados para estas despesas são oriundos da fonte 250, gerados pela própria universidade. Para o reitor Mauro Baesso, "é uma situação insustentável e pode levar ao fechamento da Universidade". A Reitoria vai agendar uma reunião com o governador Beto Richa para discutir o assunto.

O reitor convocou o Conselho de Administração (CAD) para uma reunião que ocorre, amanhã (2), às 9 horas. A pauta, única, será a discussão sobre as restrições orçamentárias impostas pela Secretaria de Estado da Fazenda às universidades públicas estaduais.